segunda-feira, 26 de março de 2012
POR QUE FELIPE MASSA JÁ ESTÁ SOB PRESSÃO*
* Por Edd Straw, do AUTOSPORT.com
Quando a Ferrari falha, a situação inevitavelmente provoca um frenesi na imprensa italiana. Felipe Massa terá muito tempo para admitir o fato de que, salvo uma milagrosa reviravolta em seu desempenho, ele será deixado de lado no fim da temporada. Sem contrato, ele não poderá se queixar se o nível de sua performance em 2012 refletir o das duas temporadas anteriores. Mas graças ao mau desempenho da Ferrari, as regras do jogo mudaram.
Novamente, o brasileiro se vê sob forte pressão, com a mídia italiana sugerindo todos os tipos de candidato para pegar sua vaga. Como Massa apontou ao enfrentar a imprensa nesta quinta-feira, esta não é uma situação inusitada para ele.
“Quando cheguei aqui em 2008, estava fora da Ferrari porque não terminei o GP da Austrália. Mas foi minha melhor temporada. As coisas mudam muito rapidamente”, disse.
Na verdade, elas mudam, mas é preciso algo realmente extraordinário para tirar Massa do buraco. Com os abutres ao redor e a estressante vida na Ferrari, é difícil afirmar que a pressão não chegará a ele apesar do brasileiro alegar o contrário. No paddock, nesta quinta-feira, ele pareceu uma figura um tanto abandonada apesar de se esforçar em mostrar uma aparência mais confiante. Caso a mudança de chassi não provoque uma virada de jogo no desempenho do brasileiro, ele enfrentará um momento difícil após a corrida.
Inevitavelmente, a Ferrari tenta transparecer uma vibração positiva sobre progresso, mas Fernando Alonso pouco fez para renovar as esperanças, com o que pode ser descrito como uma dose de realismo.
“Testamos em pistas diferentes: Jerez, Barcelona, e então na Austrália, com o mesmo carro e os problemas semelhantes. Os carros serão quase idênticos para todos em comparação com a Austrália, então acho que não haverá nenhuma surpresa aqui.”
Isto só pode ser uma má notícia para Massa, que precisa marcar pontos para garantir que o mau desempenho do time, em vez de sua falta de performance, seja o tema a ser debatido nas duas semanas entre os GPs da Malásia e da China. Não deve ser uma má coisa para a Ferrari que o foco se vire para o segundo piloto em vez do carro problemático, especialmente se Alonso não mostrar um bom desempenho em Sepang, como fez na semana passada.
A única coisa que ele concordou é que um suposto problema de visibilidade para os pilotos da Ferrari – o que explicaria o fato de ambos escaparem para a brita durante o GP da Austrália – é falso.
“Não”, respondeu profundamente Massa, quando questionado sobre isso por Paolo Ianieri, da “La Gazzetta dello Sport”.
Enquanto a má situação da Ferrari e a apertada batalha no pelotão intermediário dominaram as discussões, há pouco mistério sobre a situação na frente. A McLaren teve o melhor carro na Austrália, isso era claro, mas ainda restam algumas dúvidas sobre onde a Red Bull está em comparação com o time de Woking.
“Estamos motivados e ansiosos para garantir que a McLaren não dominará [a temporada]. Por agora, temos que aceitar que eles se prepararam melhor no inverno, um fim de semana muito bom na Austrália, então vamos ver o que acontece neste fim de semana”, disse Sebastian Vettel.
“Não acho que temos um problema com o carro, é só ajustar ali e aqui. Isso pode fazer uma grande diferença se você sabe o que precisa ser ajustado no carro. Não é segredo que, se você se sente à vontade no carro, se você tem confiança, você se permite a alcançar o limite [do carro].”
Se isso soa como uma velada ameaça de Vettel, então é. Enquanto a McLaren tem a vantagem no momento, apenas um idiota poderia descartar a equipe que teve o melhor carro em boa parte das três temporadas anteriores.
O que podemos concluir é que será difícil a Red Bull estabelecer a vantagem desfrutada no passado. É uma boa notícia para a competitividade no Mundial.
Não que o líder do Mundial Jenson Button esteja muito preocupado com isso. Ele simplesmente está feliz por saber que a McLaren, pela primeira vez desde sua entrada no time, não precisará correr atrás do prejuízo. Não admira que ele tenha parecido ultrarrelaxado nesta quinta-feira. Já o seu derrotado companheiro de equipe, Lewis Hamilton, quer refutar os rumores de que o que aconteceu na semana passada representou uma continuação do mau desempenho no ano passado.
“Não tem nada a ver com o ano passado. Apenas não foi um bom início de temporada”, disse Hamilton.
E você pode apostar que, se a McLaren garantir sua segunda vitória consecutiva neste domingo, Hamilton estará determinado a ser o piloto no degrau mais alto do pódio. Se isso não acontecer, Felipe Massa não será o único piloto a ter de lidar com a pressão.
Quando a Ferrari falha, a situação inevitavelmente provoca um frenesi na imprensa italiana. Felipe Massa terá muito tempo para admitir o fato de que, salvo uma milagrosa reviravolta em seu desempenho, ele será deixado de lado no fim da temporada. Sem contrato, ele não poderá se queixar se o nível de sua performance em 2012 refletir o das duas temporadas anteriores. Mas graças ao mau desempenho da Ferrari, as regras do jogo mudaram.
Novamente, o brasileiro se vê sob forte pressão, com a mídia italiana sugerindo todos os tipos de candidato para pegar sua vaga. Como Massa apontou ao enfrentar a imprensa nesta quinta-feira, esta não é uma situação inusitada para ele.
“Quando cheguei aqui em 2008, estava fora da Ferrari porque não terminei o GP da Austrália. Mas foi minha melhor temporada. As coisas mudam muito rapidamente”, disse.
Na verdade, elas mudam, mas é preciso algo realmente extraordinário para tirar Massa do buraco. Com os abutres ao redor e a estressante vida na Ferrari, é difícil afirmar que a pressão não chegará a ele apesar do brasileiro alegar o contrário. No paddock, nesta quinta-feira, ele pareceu uma figura um tanto abandonada apesar de se esforçar em mostrar uma aparência mais confiante. Caso a mudança de chassi não provoque uma virada de jogo no desempenho do brasileiro, ele enfrentará um momento difícil após a corrida.
Inevitavelmente, a Ferrari tenta transparecer uma vibração positiva sobre progresso, mas Fernando Alonso pouco fez para renovar as esperanças, com o que pode ser descrito como uma dose de realismo.
“Testamos em pistas diferentes: Jerez, Barcelona, e então na Austrália, com o mesmo carro e os problemas semelhantes. Os carros serão quase idênticos para todos em comparação com a Austrália, então acho que não haverá nenhuma surpresa aqui.”
Isto só pode ser uma má notícia para Massa, que precisa marcar pontos para garantir que o mau desempenho do time, em vez de sua falta de performance, seja o tema a ser debatido nas duas semanas entre os GPs da Malásia e da China. Não deve ser uma má coisa para a Ferrari que o foco se vire para o segundo piloto em vez do carro problemático, especialmente se Alonso não mostrar um bom desempenho em Sepang, como fez na semana passada.
A única coisa que ele concordou é que um suposto problema de visibilidade para os pilotos da Ferrari – o que explicaria o fato de ambos escaparem para a brita durante o GP da Austrália – é falso.
“Não”, respondeu profundamente Massa, quando questionado sobre isso por Paolo Ianieri, da “La Gazzetta dello Sport”.
Enquanto a má situação da Ferrari e a apertada batalha no pelotão intermediário dominaram as discussões, há pouco mistério sobre a situação na frente. A McLaren teve o melhor carro na Austrália, isso era claro, mas ainda restam algumas dúvidas sobre onde a Red Bull está em comparação com o time de Woking.
“Estamos motivados e ansiosos para garantir que a McLaren não dominará [a temporada]. Por agora, temos que aceitar que eles se prepararam melhor no inverno, um fim de semana muito bom na Austrália, então vamos ver o que acontece neste fim de semana”, disse Sebastian Vettel.
“Não acho que temos um problema com o carro, é só ajustar ali e aqui. Isso pode fazer uma grande diferença se você sabe o que precisa ser ajustado no carro. Não é segredo que, se você se sente à vontade no carro, se você tem confiança, você se permite a alcançar o limite [do carro].”
Se isso soa como uma velada ameaça de Vettel, então é. Enquanto a McLaren tem a vantagem no momento, apenas um idiota poderia descartar a equipe que teve o melhor carro em boa parte das três temporadas anteriores.
O que podemos concluir é que será difícil a Red Bull estabelecer a vantagem desfrutada no passado. É uma boa notícia para a competitividade no Mundial.
Não que o líder do Mundial Jenson Button esteja muito preocupado com isso. Ele simplesmente está feliz por saber que a McLaren, pela primeira vez desde sua entrada no time, não precisará correr atrás do prejuízo. Não admira que ele tenha parecido ultrarrelaxado nesta quinta-feira. Já o seu derrotado companheiro de equipe, Lewis Hamilton, quer refutar os rumores de que o que aconteceu na semana passada representou uma continuação do mau desempenho no ano passado.
“Não tem nada a ver com o ano passado. Apenas não foi um bom início de temporada”, disse Hamilton.
E você pode apostar que, se a McLaren garantir sua segunda vitória consecutiva neste domingo, Hamilton estará determinado a ser o piloto no degrau mais alto do pódio. Se isso não acontecer, Felipe Massa não será o único piloto a ter de lidar com a pressão.
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