sexta-feira, 10 de maio de 2013
Alonso, 10*
* Por Fábio Seixas
Faz dez anos que conhecemos Alonso. Ou melhor, faz uma década que sabemos que ele tem aquele quê especial, aquele brilho de campeão.
Aconteceu em Barcelona, no GP da Espanha de 2003.
O asturiano já tinha disputado uma temporada pela Minardi e enfrentado outra como piloto de testes de Jaguar e Renault. Esta o promoveu a titular, e, pela primeira vez, ele chegava à sua corrida de casa em condições de mostrar algo.
Pressão?
Se houve, ele não sentiu.
Alonso largou em terceiro, atrás das Ferraris de Schumacher e Barrichello. Ultrapassou o brasileiro, levou o troco, mas reassumiu a segunda posição nos pit stops.
Com 20 GPs nas costas, partiu para cima do então pentacampeão, que fazia sua 182ª corrida. Foi reduzindo a diferença volta após volta…
Não chegou no alemão. Terminou em segundo, o que era, àquela altura, o melhor resultado de um piloto espanhol desde 1956. Mais do que estatísticas históricas, porém, deixou sinais para o futuro.
Este colunista estava na corrida. No dia seguinte, a Folha publicou:
“Ele tem 21 anos, é filho de um especialista em explosivos e de uma balconista do El Corte Inglés, rede de loja de departamentos. E ontem foi o rei do GP. Correndo pela primeira vez em casa com um carro competitivo, Fernando Alonso, da Renault, levou 96 mil torcedores ao autódromo e não os decepcionou”.
Já foi dito aqui algumas vezes: pilotos bons mostram serviço logo de cara. Alonso foi mais um exemplo. Três meses depois, na Hungria, ele conseguiria a primeira vitória na carreira. Nos dois anos seguintes, seria campeão.
E o que vimos de Alonso nestes dez anos?
Um piloto de muito talento, de tocada arrojada, temperamento explosivo… E, a exemplo da maioria dos grandes campeões, com algumas manchas no currículo.
O espanhol foi pivô dos dois maiores escândalos dos últimos anos: o caso de espionagem da McLaren sobre a Ferrari e a batida proposital de Nelsinho em Cingapura. Na Ferrari, cumpre um roteiro que, de certa forma, pode ser comparado ao desafio encarado por Schumacher.
Ok, a escuderia não está há tanto tempo na fila. Mas não foi tarefa fácil, nos três últimos Mundiais, superar o fosso em relação à Red Bull.
Seu vice em 2012 foi heroico. Em 2013, é o quarto colocado no campeonato, mas é preciso lembrar que, no ano passado, após quatro etapas, ele era apenas o quinto.
Piloto que mais tempo havia esperado entre o bi e o tri, Lauda o classifica de “mais esperto, mais duro e mais talentoso” do grid. Alonso já superou sua marca: tenta o terceiro título há sete anos. Pode ser que nunca consiga. Mas, nesses dez anos, Alonso mostrou o suficiente: é dos maiores da história.
Faz dez anos que conhecemos Alonso. Ou melhor, faz uma década que sabemos que ele tem aquele quê especial, aquele brilho de campeão.
Aconteceu em Barcelona, no GP da Espanha de 2003.
O asturiano já tinha disputado uma temporada pela Minardi e enfrentado outra como piloto de testes de Jaguar e Renault. Esta o promoveu a titular, e, pela primeira vez, ele chegava à sua corrida de casa em condições de mostrar algo.
Pressão?
Se houve, ele não sentiu.
Alonso largou em terceiro, atrás das Ferraris de Schumacher e Barrichello. Ultrapassou o brasileiro, levou o troco, mas reassumiu a segunda posição nos pit stops.
Com 20 GPs nas costas, partiu para cima do então pentacampeão, que fazia sua 182ª corrida. Foi reduzindo a diferença volta após volta…
Não chegou no alemão. Terminou em segundo, o que era, àquela altura, o melhor resultado de um piloto espanhol desde 1956. Mais do que estatísticas históricas, porém, deixou sinais para o futuro.
Este colunista estava na corrida. No dia seguinte, a Folha publicou:
“Ele tem 21 anos, é filho de um especialista em explosivos e de uma balconista do El Corte Inglés, rede de loja de departamentos. E ontem foi o rei do GP. Correndo pela primeira vez em casa com um carro competitivo, Fernando Alonso, da Renault, levou 96 mil torcedores ao autódromo e não os decepcionou”.
Já foi dito aqui algumas vezes: pilotos bons mostram serviço logo de cara. Alonso foi mais um exemplo. Três meses depois, na Hungria, ele conseguiria a primeira vitória na carreira. Nos dois anos seguintes, seria campeão.
E o que vimos de Alonso nestes dez anos?
Um piloto de muito talento, de tocada arrojada, temperamento explosivo… E, a exemplo da maioria dos grandes campeões, com algumas manchas no currículo.
O espanhol foi pivô dos dois maiores escândalos dos últimos anos: o caso de espionagem da McLaren sobre a Ferrari e a batida proposital de Nelsinho em Cingapura. Na Ferrari, cumpre um roteiro que, de certa forma, pode ser comparado ao desafio encarado por Schumacher.
Ok, a escuderia não está há tanto tempo na fila. Mas não foi tarefa fácil, nos três últimos Mundiais, superar o fosso em relação à Red Bull.
Seu vice em 2012 foi heroico. Em 2013, é o quarto colocado no campeonato, mas é preciso lembrar que, no ano passado, após quatro etapas, ele era apenas o quinto.
Piloto que mais tempo havia esperado entre o bi e o tri, Lauda o classifica de “mais esperto, mais duro e mais talentoso” do grid. Alonso já superou sua marca: tenta o terceiro título há sete anos. Pode ser que nunca consiga. Mas, nesses dez anos, Alonso mostrou o suficiente: é dos maiores da história.
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