terça-feira, 16 de outubro de 2012
Quando dois e dois são cinco*
* Por Luis Fernando Ramos
Se você acompanha meu trabalho há algum tempo, sabe que eu não sou do tipo que acha saber tudo o que acontece na Fórmula 1. Talvez me faltam fontes (não acredito) ou a coragem (soberba?) para assumir rumores como verdades. Certamente me sobra o conhecimento e a consciência do quão complexo é o mundo de aparências dentro do paddock. Cansei de ver “certezas” se desintegrarem em mil pedaços como se fossem asas dianteiras de carros de pilotos estabanados numa primeira volta.
Hoje um jornalista inglês (que, confesso, a última vez que eu vi ele num paddock foi em Silverstone, mas pode ser que ele estava presente em provas mais recentes) escreveu que a ida de Sebastian Vettel para a Ferrari em 2014 está consumada. Não é nada novo. Há tempos que isto também já foi escrito na Itália. Tem muita gente aqui dentro que acredita nisso.
Eu não. Pelo meu entendimento da maneira que Vettel e a Ferrari pensam. É até compreensível imaginar que o alemão queira partir para um desafio diferente depois de tanto sucesso que vem alcançando na Red Bull. Entrar no castelo do piloto mais completo do grid para tentar derrubá-lo de seu trono condiz com a personalidade de alguém que tantas vezes já abdicou de garantir uma vitória ganha para tentar fazer a melhor volta da prova na última passagem desta.
Mas acho que o que Vettel preza mesmo é vencer e levantar seu dedo indicador. Por mais atraente que seja imaginar os dois grandes pilotos da atual temporada dividindo a equipe mais tradicional da F-1, eu acredito (e acho que Vettel também) que o vencedor ali não seria decido tanto na pista, mas muito mais nos bastidores de uma equipe cheia de política interna. Essa realidade não condiz nada com o espírito esportivo que o alemão vem demonstrando nessa sua passagem pela F-1. O episódio da classificação no Japão, quando ao invés de comemorar a pole teve de ficar dando explicações aos comissários de prova sobre uma “atrapalhada” que dera a Alonso, não o agradou em nada. Será que ele abraçaria agora esse tipo de postura que o time italiano insiste em praticar? Pelo que converso com colegas alemães que entendem bastante do complicado tabuleiro do paddock, isto jamais aconteceria. Acho a opinião deles bem relevante.
Do lado da Ferrari, também vejo mais contras do que prós. Sim, seria incrível em termos de imagem uma dupla Alonso-Vettel. Mas o espanhol já cansou de demonstrar que rende muito mais quando não precisa se incomodar com o que acontece no outro lado da sua garagem. E de que se perde um pouco quando isso acontece, vide a famosa temporada de 2007 na McLaren.
Sinceramente, não faz o menor sentido.
Se você acompanha meu trabalho há algum tempo, sabe que eu não sou do tipo que acha saber tudo o que acontece na Fórmula 1. Talvez me faltam fontes (não acredito) ou a coragem (soberba?) para assumir rumores como verdades. Certamente me sobra o conhecimento e a consciência do quão complexo é o mundo de aparências dentro do paddock. Cansei de ver “certezas” se desintegrarem em mil pedaços como se fossem asas dianteiras de carros de pilotos estabanados numa primeira volta.
Hoje um jornalista inglês (que, confesso, a última vez que eu vi ele num paddock foi em Silverstone, mas pode ser que ele estava presente em provas mais recentes) escreveu que a ida de Sebastian Vettel para a Ferrari em 2014 está consumada. Não é nada novo. Há tempos que isto também já foi escrito na Itália. Tem muita gente aqui dentro que acredita nisso.
Eu não. Pelo meu entendimento da maneira que Vettel e a Ferrari pensam. É até compreensível imaginar que o alemão queira partir para um desafio diferente depois de tanto sucesso que vem alcançando na Red Bull. Entrar no castelo do piloto mais completo do grid para tentar derrubá-lo de seu trono condiz com a personalidade de alguém que tantas vezes já abdicou de garantir uma vitória ganha para tentar fazer a melhor volta da prova na última passagem desta.
Mas acho que o que Vettel preza mesmo é vencer e levantar seu dedo indicador. Por mais atraente que seja imaginar os dois grandes pilotos da atual temporada dividindo a equipe mais tradicional da F-1, eu acredito (e acho que Vettel também) que o vencedor ali não seria decido tanto na pista, mas muito mais nos bastidores de uma equipe cheia de política interna. Essa realidade não condiz nada com o espírito esportivo que o alemão vem demonstrando nessa sua passagem pela F-1. O episódio da classificação no Japão, quando ao invés de comemorar a pole teve de ficar dando explicações aos comissários de prova sobre uma “atrapalhada” que dera a Alonso, não o agradou em nada. Será que ele abraçaria agora esse tipo de postura que o time italiano insiste em praticar? Pelo que converso com colegas alemães que entendem bastante do complicado tabuleiro do paddock, isto jamais aconteceria. Acho a opinião deles bem relevante.
Do lado da Ferrari, também vejo mais contras do que prós. Sim, seria incrível em termos de imagem uma dupla Alonso-Vettel. Mas o espanhol já cansou de demonstrar que rende muito mais quando não precisa se incomodar com o que acontece no outro lado da sua garagem. E de que se perde um pouco quando isso acontece, vide a famosa temporada de 2007 na McLaren.
Sinceramente, não faz o menor sentido.
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