sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Pela porta dos fundos*
* Por Rafael Lopes
E acabou, meus amigos. Nesta quinta-feira, às 4h52m (de Brasília), Michael Schumacher anunciou sua segunda e definitiva aposentadoria da Fórmula 1. Depois da primeira saída, no fim de 2006, foram três anos fora da maior categoria do automobilismo. O retorno, pela Mercedes, parecia ser uma receita de sucesso, mas não foi. Em três anos, muitos fracassos. A começar pelo companheiro de equipe: Nico Rosberg acabou com a confiança do heptacampeão: superou-o seguidamente em treinos e corridas. Os reflexos também já não eram os mesmos: o acidente com Jean-Eric Vergne em Cingapura prova isso. O fato é que, por mais que os fãs de Schumi neguem, o alemão saiu da F-1 pela porta dos fundos. E nem seu laureado currículo foi capaz de evitar isso.
Ao contrário do que muita gente diz, Schumacher esteve LONGE de estar se divertindo neste retorno à Fórmula 1. A alegria do alemão sempre foi vencer e dominar os adversários. Andar mal, ser ultrapassado por meio grid e ser sempre superado pelo companheiro de equipe, com o mesmo carro, foi um enorme pesadelo para ele. As derrotas, inclusive, foram admitidas pelo heptacampeão em sua coletiva de despedida, realizada nesta quinta-feira em Suzuka. Aliás, a intenção da Mercedes era que o anúncio de Schumi viesse antes da divulgação da notícia da contratação de Lewis Hamilton para 2013, na última sexta. Mas a indecisão do heptacampeão acabou expondo uma verdade dura e que deve ter lhe machucado muito: sua dispensa da equipe alemã.
Sempre quando o fracasso de Schumacher no retorno à Fórmula 1 é tema de discussão, lembro de Michael Jordan em seu retorno à NBA após sua segunda aposentadoria. Pelo Washington Wizards, MJ não chegou nem perto de brilhar como no Chicago Bulls. Além disso, recebeu inúmeras críticas da imprensa americana. É claro que o mau desempenho não apagou seu passado no basquete, com os seis títulos (dois tricampeonatos) pelo time de Illinois. Mas ficou aquela manchinha, de que só o talento do antigo craque não fazia mais a diferença perante aos novos talentos do basquete. E digo isso com tranquilidade: sou fã de Michael “Air” Jordan.
Apesar de Schumacher e Jordan se aproximarem neste ponto, não acho que ambos têm o mesmo histórico incontestável no esporte. Apesar dos números, Schumacher nunca foi uma unanimidade – e não falo apenas do Brasil. Alguns episódios, como o do estacionamento na Rascasse, no treino classificatório do GP de Mônaco de 2006 (quando parou o carro para impedir que Fernando Alonso batesse seu tempo), ficaram marcados negativamente na carreira do alemão. Vejo a situação do heptacampeão mais semelhante àquele jogador de futebol veterano, que está no elenco, quer ser titular, mas não produz nem perto do que já foi capaz. Ainda assim, quer jogar a todo custo e pode fazer a diferença em poucos momentos: o ex-jogador em atividade. Atualmente, Schumi é um ex-piloto em atividade. E terá seis GPs para colocar um ponto final em sua carreira.
Para encerrar, repito meu argumento sobre o retorno de Schumacher. Sempre achei que era uma situação em que o alemão não poderia sair ganhando. Se andasse na frente e brigasse pelo título, não faria mais do que sua obrigação, dados os sete títulos mundiais de seu currículo. Se fosse superado pelo companheiro e não tivesse um bom ritmo, seria um mico. Infelizmente vimos a segunda opção se concretizar em três anos de Schumi na Mercedes. É como disse no título do post: ele se despede pela porta dos fundos da Fórmula 1.
E acabou, meus amigos. Nesta quinta-feira, às 4h52m (de Brasília), Michael Schumacher anunciou sua segunda e definitiva aposentadoria da Fórmula 1. Depois da primeira saída, no fim de 2006, foram três anos fora da maior categoria do automobilismo. O retorno, pela Mercedes, parecia ser uma receita de sucesso, mas não foi. Em três anos, muitos fracassos. A começar pelo companheiro de equipe: Nico Rosberg acabou com a confiança do heptacampeão: superou-o seguidamente em treinos e corridas. Os reflexos também já não eram os mesmos: o acidente com Jean-Eric Vergne em Cingapura prova isso. O fato é que, por mais que os fãs de Schumi neguem, o alemão saiu da F-1 pela porta dos fundos. E nem seu laureado currículo foi capaz de evitar isso.
Ao contrário do que muita gente diz, Schumacher esteve LONGE de estar se divertindo neste retorno à Fórmula 1. A alegria do alemão sempre foi vencer e dominar os adversários. Andar mal, ser ultrapassado por meio grid e ser sempre superado pelo companheiro de equipe, com o mesmo carro, foi um enorme pesadelo para ele. As derrotas, inclusive, foram admitidas pelo heptacampeão em sua coletiva de despedida, realizada nesta quinta-feira em Suzuka. Aliás, a intenção da Mercedes era que o anúncio de Schumi viesse antes da divulgação da notícia da contratação de Lewis Hamilton para 2013, na última sexta. Mas a indecisão do heptacampeão acabou expondo uma verdade dura e que deve ter lhe machucado muito: sua dispensa da equipe alemã.
Sempre quando o fracasso de Schumacher no retorno à Fórmula 1 é tema de discussão, lembro de Michael Jordan em seu retorno à NBA após sua segunda aposentadoria. Pelo Washington Wizards, MJ não chegou nem perto de brilhar como no Chicago Bulls. Além disso, recebeu inúmeras críticas da imprensa americana. É claro que o mau desempenho não apagou seu passado no basquete, com os seis títulos (dois tricampeonatos) pelo time de Illinois. Mas ficou aquela manchinha, de que só o talento do antigo craque não fazia mais a diferença perante aos novos talentos do basquete. E digo isso com tranquilidade: sou fã de Michael “Air” Jordan.
Apesar de Schumacher e Jordan se aproximarem neste ponto, não acho que ambos têm o mesmo histórico incontestável no esporte. Apesar dos números, Schumacher nunca foi uma unanimidade – e não falo apenas do Brasil. Alguns episódios, como o do estacionamento na Rascasse, no treino classificatório do GP de Mônaco de 2006 (quando parou o carro para impedir que Fernando Alonso batesse seu tempo), ficaram marcados negativamente na carreira do alemão. Vejo a situação do heptacampeão mais semelhante àquele jogador de futebol veterano, que está no elenco, quer ser titular, mas não produz nem perto do que já foi capaz. Ainda assim, quer jogar a todo custo e pode fazer a diferença em poucos momentos: o ex-jogador em atividade. Atualmente, Schumi é um ex-piloto em atividade. E terá seis GPs para colocar um ponto final em sua carreira.
Para encerrar, repito meu argumento sobre o retorno de Schumacher. Sempre achei que era uma situação em que o alemão não poderia sair ganhando. Se andasse na frente e brigasse pelo título, não faria mais do que sua obrigação, dados os sete títulos mundiais de seu currículo. Se fosse superado pelo companheiro e não tivesse um bom ritmo, seria um mico. Infelizmente vimos a segunda opção se concretizar em três anos de Schumi na Mercedes. É como disse no título do post: ele se despede pela porta dos fundos da Fórmula 1.
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Um comentário:
E tem ainda a fechada em cima do Hill. em 94, que lhe custou a desclassificação do mundial.
Na volta, a fechada em cima do Massa no Canadá, e a famosa em cima do Rubinho na Hungria, entre outras q não lembro agora.
Dick antes, Dick depois, isso ele não desaprendeu!!
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