terça-feira, 8 de abril de 2014
Thriller*
* Por Julianne Cerasoli
Ninguém teve tempo para reclamar da falta de barulho desta vez. Em uma corrida em que os pneus duraram na medida certa para provocar excelentes brigas estratégicas e os companheiros de equipe não quiseram saber de “levar os carros para casa”, o GP do Bahrein foi épico – e deu uma bem-vinda sensação de que, pelo menos enquanto ninguém conseguir competir com as Mercedes, seus pilotos não têm a intenção de tirar o pé.
Lewis Hamilton errou na classificação, mas se recuperou com juros e correção para se defender de Nico Rosberg mesmo com os pneus mais lentos. A diferença ocorreu por uma inteligente tática da equipe de colocá-los em estratégias diferentes para separar os dois quando a briga estava pesada demais, logo antes do primeiro pit stop. Ali, Rosberg fizera o que se espera dele, demonstrando ter poupado mais seus pneus, e Hamilton respondia com suas armas: uma tocada agressiva e com muita raça. No final, a sobrevivência do inglês foi importante para o campeonato, com mais sete pontos da vantagem do alemão descontados.
Um duelo que traz ecos da batalha de Senna e Prost no campeonato de 1988. Com um carro muito superior, um piloto agressivo contra outro mais racional. No final das contas, um segundo separando-os. Pelo menos agora sabemos que, enquanto as Mercedes forem superiores, ainda assim temos um belo campeonato nas mãos.
Falando em superioridade, assustou a vantagem que Hamilton e Rosberg abriram em 10 voltas – e ainda por cima brigando por posição! Foram 23s na provavelmente única vez até agora em que os carros prateados mostraram todo o seu potencial.
Mais atrás, as brigas foram garantidas pelo undercut (estratégia de antecipar a parada para andar rápido e voltar na frente), que ganha outro ingrediente importante neste ano: o ERS-K. Segundo as regras, o carro pode usar 4 megajaules de potência por volta, mas só pode armazenar 2. O que temos observado é que o carro que antecipou a parada e está com pneus mais novos, acaba ganhando ainda mais tempo do que ano passado em relação ao rival que permanece com os pneus velhos devido à gestão desta energia adicional.
Por isso vimos Bottas ganhar de Massa no meio da corrida e o inverso (uma ordem de equipe inteligente por parte da Williams, após o fiasco de execução da Malásia) ocorrendo no final da prova, vimos Vettel ganhando de Ricciardo no decorrer do GP e outras situações do tipo. Tudo isso movimentou a prova e fomentou a intensa troca de posições.
Para a Williams, fica cada vez mais clara a deficiência aerodinâmica. Se foi a chuva que escancarou os problemas de um carro que voa na reta nas primeiras duas etapas, agora foi o alto consumo de pneus, principalmente em uma pista tão “traseira” como do Bahrein. Outra coisa que ficou comprovada é como a aerodinâmica é o ponto forte da Red Bull, que não teve um ritmo tão bom em um circuito mais de motores. E mesmo assim Ricciardo foi o terceiro no grid.
Agora sim, podemos dizer que a temporada que todos esperavam começou de verdade.
Ninguém teve tempo para reclamar da falta de barulho desta vez. Em uma corrida em que os pneus duraram na medida certa para provocar excelentes brigas estratégicas e os companheiros de equipe não quiseram saber de “levar os carros para casa”, o GP do Bahrein foi épico – e deu uma bem-vinda sensação de que, pelo menos enquanto ninguém conseguir competir com as Mercedes, seus pilotos não têm a intenção de tirar o pé.
Lewis Hamilton errou na classificação, mas se recuperou com juros e correção para se defender de Nico Rosberg mesmo com os pneus mais lentos. A diferença ocorreu por uma inteligente tática da equipe de colocá-los em estratégias diferentes para separar os dois quando a briga estava pesada demais, logo antes do primeiro pit stop. Ali, Rosberg fizera o que se espera dele, demonstrando ter poupado mais seus pneus, e Hamilton respondia com suas armas: uma tocada agressiva e com muita raça. No final, a sobrevivência do inglês foi importante para o campeonato, com mais sete pontos da vantagem do alemão descontados.
Um duelo que traz ecos da batalha de Senna e Prost no campeonato de 1988. Com um carro muito superior, um piloto agressivo contra outro mais racional. No final das contas, um segundo separando-os. Pelo menos agora sabemos que, enquanto as Mercedes forem superiores, ainda assim temos um belo campeonato nas mãos.
Falando em superioridade, assustou a vantagem que Hamilton e Rosberg abriram em 10 voltas – e ainda por cima brigando por posição! Foram 23s na provavelmente única vez até agora em que os carros prateados mostraram todo o seu potencial.
Mais atrás, as brigas foram garantidas pelo undercut (estratégia de antecipar a parada para andar rápido e voltar na frente), que ganha outro ingrediente importante neste ano: o ERS-K. Segundo as regras, o carro pode usar 4 megajaules de potência por volta, mas só pode armazenar 2. O que temos observado é que o carro que antecipou a parada e está com pneus mais novos, acaba ganhando ainda mais tempo do que ano passado em relação ao rival que permanece com os pneus velhos devido à gestão desta energia adicional.
Por isso vimos Bottas ganhar de Massa no meio da corrida e o inverso (uma ordem de equipe inteligente por parte da Williams, após o fiasco de execução da Malásia) ocorrendo no final da prova, vimos Vettel ganhando de Ricciardo no decorrer do GP e outras situações do tipo. Tudo isso movimentou a prova e fomentou a intensa troca de posições.
Para a Williams, fica cada vez mais clara a deficiência aerodinâmica. Se foi a chuva que escancarou os problemas de um carro que voa na reta nas primeiras duas etapas, agora foi o alto consumo de pneus, principalmente em uma pista tão “traseira” como do Bahrein. Outra coisa que ficou comprovada é como a aerodinâmica é o ponto forte da Red Bull, que não teve um ritmo tão bom em um circuito mais de motores. E mesmo assim Ricciardo foi o terceiro no grid.
Agora sim, podemos dizer que a temporada que todos esperavam começou de verdade.
Marcadores:
Formula 1,
GGOO,
GP Bahrein,
Lewis Hamilton,
Nico Rosberg,
temporada 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário