terça-feira, 15 de abril de 2014
Ferrari resolve continuar arriscando*
* Por Luis Fernando Ramos
Stefano Domenicali foi embora. Se pediu demissão, como anunciado oficialmente, ou foi mandado prá rua, pouco importa. Com ele, encerra-se uma era em que a Ferrari conquistou apenas um título em cinco temporadas, o de Construtores em 2008. Mas não dá para dizer que foi uma gestão fracassada. Em três deste cinco campeonatos, um piloto da Ferrari disputou o título até a última corrida, coisa que a McLaren, a Brawn/Mercedes e a Lotus, vencedoras de múltiplas corridas neste período, não conseguiram.
Mas Ferrari é Ferrari e o início ruim do time nessa nova era V6 custou o cargo de Domenicali. Ele havia cometido alguns erros em sua gestão - a demissão de Aldo Costa em 2011 julgo ter sido o pior deles - e sobrevivera a anos difíceis como este mesmo 2011 ou 2013. Foi um chefe de equipe simpático no trato com as pessoas e muito habilidoso na intrincada política interna de Maranello.
Eu acho que a responsabilidade das mazelas da Ferrari neste ano seja do chefe de motores Luca Marmorini e sua equipe - e não vejo muito sentido em mandar o chefe do time embora depois de apenas três corridas. Mas a mudança no comando do time já se desenhava há tempos e uma hora tinha que acontecer. Embora tenha sido o time que mais conseguiu desafiar a Red Bull nos últimos anos, os italianos sempre deram a impressão de ficar no “quase”. Faziam carros eficientes, mas com uma abordagem conservadora, impedindo que o modelo tivesse aquele algo a mais que garantisse uma fileira de títulos como na era Todt/Byrne/Brawn/Schumacher.
A nomeação de Marco Mattiacci é um passo arriscado nos lados de Maranello - o segundo em poucos meses, depois da decisão de colocar Kimi Raikkonen, um campeão do mundo, para correr com Fernando Alonso. Mattiacci é jovem, gestor competente da marca Ferrari na América do Norte, mas sem nenhum tipo de experiência na gestão esportiva. Pode ser um fracasso total, já que a história recente da F-1 premiou com vitórias chefes que vieram de dentro do automobilismo como Christian Horner, Eric Boullier, Martin Whitmarsh e o próprio Stefano Domenicali.
Mas não vamos esquecer de um tal Flavio Briatore, polêmico até o último fio de cabelo branco, mas que desembarcou na Fórmula 1 sabendo apenas como se geria uma cadeia que confeccionava roupas e amealhou um punhado de títulos e vitórias pouco mais de uma década comandando equipes na categoria.
Stefano Domenicali foi embora. Se pediu demissão, como anunciado oficialmente, ou foi mandado prá rua, pouco importa. Com ele, encerra-se uma era em que a Ferrari conquistou apenas um título em cinco temporadas, o de Construtores em 2008. Mas não dá para dizer que foi uma gestão fracassada. Em três deste cinco campeonatos, um piloto da Ferrari disputou o título até a última corrida, coisa que a McLaren, a Brawn/Mercedes e a Lotus, vencedoras de múltiplas corridas neste período, não conseguiram.
Mas Ferrari é Ferrari e o início ruim do time nessa nova era V6 custou o cargo de Domenicali. Ele havia cometido alguns erros em sua gestão - a demissão de Aldo Costa em 2011 julgo ter sido o pior deles - e sobrevivera a anos difíceis como este mesmo 2011 ou 2013. Foi um chefe de equipe simpático no trato com as pessoas e muito habilidoso na intrincada política interna de Maranello.
Eu acho que a responsabilidade das mazelas da Ferrari neste ano seja do chefe de motores Luca Marmorini e sua equipe - e não vejo muito sentido em mandar o chefe do time embora depois de apenas três corridas. Mas a mudança no comando do time já se desenhava há tempos e uma hora tinha que acontecer. Embora tenha sido o time que mais conseguiu desafiar a Red Bull nos últimos anos, os italianos sempre deram a impressão de ficar no “quase”. Faziam carros eficientes, mas com uma abordagem conservadora, impedindo que o modelo tivesse aquele algo a mais que garantisse uma fileira de títulos como na era Todt/Byrne/Brawn/Schumacher.
A nomeação de Marco Mattiacci é um passo arriscado nos lados de Maranello - o segundo em poucos meses, depois da decisão de colocar Kimi Raikkonen, um campeão do mundo, para correr com Fernando Alonso. Mattiacci é jovem, gestor competente da marca Ferrari na América do Norte, mas sem nenhum tipo de experiência na gestão esportiva. Pode ser um fracasso total, já que a história recente da F-1 premiou com vitórias chefes que vieram de dentro do automobilismo como Christian Horner, Eric Boullier, Martin Whitmarsh e o próprio Stefano Domenicali.
Mas não vamos esquecer de um tal Flavio Briatore, polêmico até o último fio de cabelo branco, mas que desembarcou na Fórmula 1 sabendo apenas como se geria uma cadeia que confeccionava roupas e amealhou um punhado de títulos e vitórias pouco mais de uma década comandando equipes na categoria.
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