quinta-feira, 24 de abril de 2014
Um caso perdido*
* Por Luis Fernando Ramos
O final de semana em Xangai mostrou sinais positivos para a Lotus. Romain Grosjean colocou seu carro entre os dez primeiros nos treinos livres de sexta-feira, no seco, e na classificação no sábado, no molhado. Teria conquistado também o primeiro ponto do time no ano não fosse o problema no câmbio - o francês estava em décimo, à frente de Daniil Kvyat, quando abandonou na metade da corrida.
A má notícia para o time de Enstone veio do outro lado da garagem. Se alguém ali ainda tinha dúvidas do preço cobrado pelos petrodólares que Pastor Maldonado traz ao time, elas se dissiparam depois de (mais) um final de semana tenebroso do venezuelano: nos treinos livres, escapou da pista quando mexia distraído no volante e bateu na entrada dos boxes por pura imperícia.
Quando um vazamento no motor foi notado antes da classificação, a decisão de deixá-lo nos boxes foi natural: Maldonado já perderia cinco posições pelo acidente que havia provocado no Bahrein, não havia porque correr o risco dele demolir o carro novamente nas condições difíceis da pista na classificação. Na corrida, depois de largar em último fez uma prova discreta para terminar em 14º lugar. Ao menos não causou confusão.
Mas a pior manobra de Maldonado veio fora das pistas. O mundo inteiro achou leve demais sua punição pelo acidente com Gutierrez no Bahrein. Ele não, e resolveu atacar os comissários da FIA. “Foi leve, um contato normal de corrida. As regras são as mesmas para todos, então você precisa evitar incidentes. Mas ao mesmo tempo, não dá para disputar. Se você atacar e sua manobra não for clara ou o cara que está se defendendo a posição e você arriscam, você pode ser penalizado”, reclamou.
O sempre tranquilo Gutierrez foi quem melhor resumiu a atitude do colega. “Ele foi punido, então isso já diz tudo. E nem preciso discutir as imagens da televisão, porque são claras. O mais importante é saber reconhecer seus erros para analisar o que aconteceu e cuidar para que não se repita. Esse é o problema: ao que parece, Pastor não está reconhecendo seus erros, só vê as coisas de seu lado e não acho que isso é certo”.
É um problema grave. Velocidade, Maldonado tem. Mas sua história na Fórmula 1 é recheada demais de acidentes inexplicáveis, batidas de roda com colegas por estar de cabeça quente, a acusação estúpida de sabotagem feita à Williams no final do ano passado. Sua atitude é a de uma criança mimada e a esperança de que isso possa mudar diminui a cada lambança.
O final de semana em Xangai mostrou sinais positivos para a Lotus. Romain Grosjean colocou seu carro entre os dez primeiros nos treinos livres de sexta-feira, no seco, e na classificação no sábado, no molhado. Teria conquistado também o primeiro ponto do time no ano não fosse o problema no câmbio - o francês estava em décimo, à frente de Daniil Kvyat, quando abandonou na metade da corrida.
A má notícia para o time de Enstone veio do outro lado da garagem. Se alguém ali ainda tinha dúvidas do preço cobrado pelos petrodólares que Pastor Maldonado traz ao time, elas se dissiparam depois de (mais) um final de semana tenebroso do venezuelano: nos treinos livres, escapou da pista quando mexia distraído no volante e bateu na entrada dos boxes por pura imperícia.
Quando um vazamento no motor foi notado antes da classificação, a decisão de deixá-lo nos boxes foi natural: Maldonado já perderia cinco posições pelo acidente que havia provocado no Bahrein, não havia porque correr o risco dele demolir o carro novamente nas condições difíceis da pista na classificação. Na corrida, depois de largar em último fez uma prova discreta para terminar em 14º lugar. Ao menos não causou confusão.
Mas a pior manobra de Maldonado veio fora das pistas. O mundo inteiro achou leve demais sua punição pelo acidente com Gutierrez no Bahrein. Ele não, e resolveu atacar os comissários da FIA. “Foi leve, um contato normal de corrida. As regras são as mesmas para todos, então você precisa evitar incidentes. Mas ao mesmo tempo, não dá para disputar. Se você atacar e sua manobra não for clara ou o cara que está se defendendo a posição e você arriscam, você pode ser penalizado”, reclamou.
O sempre tranquilo Gutierrez foi quem melhor resumiu a atitude do colega. “Ele foi punido, então isso já diz tudo. E nem preciso discutir as imagens da televisão, porque são claras. O mais importante é saber reconhecer seus erros para analisar o que aconteceu e cuidar para que não se repita. Esse é o problema: ao que parece, Pastor não está reconhecendo seus erros, só vê as coisas de seu lado e não acho que isso é certo”.
É um problema grave. Velocidade, Maldonado tem. Mas sua história na Fórmula 1 é recheada demais de acidentes inexplicáveis, batidas de roda com colegas por estar de cabeça quente, a acusação estúpida de sabotagem feita à Williams no final do ano passado. Sua atitude é a de uma criança mimada e a esperança de que isso possa mudar diminui a cada lambança.
Marcadores:
Formula 1,
GGOO,
PASTOR MALDONADO
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário