quinta-feira, 17 de abril de 2014
Um tapa na cara dos grandes*
* Por Julianne Cerasoli
Com menos da metade do orçamento de equipes como Red Bull, Ferrari e McLaren, a Force India vem conseguindo se manter em segundo lugar no mundial de construtores. Tudo bem que estamos apenas na terceira etapa do campeonato e o carro de Nico Hulkenberg e Sergio Perez não é o segundo mais rápido, de fato, mas ainda assim trata-se de um feito e tanto.
São várias as nuances que vêm fazendo da Force India a equipe mais consistente do meio do pelotão nos últimos anos. O time pode não ter tido os pódios da Sauber ou uma vitória, como a Williams, mas vem ficando entre a sexta e sétima colocações nos últimos quatro anos. Talvez seja esse sucesso relativo e constante que mantenha a equipe viva mesmo que empresas ligadas a seu dono, Vijay Mallya tenha sofrido fortes abalos desde 2011, incluindo problemas com a justiça indiana por débitos na casa de 1 bilhão de dólares.
Finanças obscuras à parte, é interessante como a equipe apostou em duplas de pilotos com boa relação custo/patrocínio/benefício, e viu o lucro disso.
Outro trunfo do time é o motor Mercedes, claro, e a eficiência de uma fábrica que aprendeu a se virar com orçamentos sempre abaixo dos 100 milhões de euros – este é o primeiro ano em que a quantia chegou aos nove dígitos, graças ao dinheiro trazido por Perez – 340 funcionários e uma fábrica bem menos paramentada que dos times grandes. O resultado são projetos conservadores, cuja função primordial é garantir confiabilidade, e toda e qualquer novidade é muito estudada antes de ser colocada em prática – simplesmente porque não se pode jogar dinheiro fora.
Isso, é claro, tem seu lado negativo e limita o nível de desenvolvimento ao longo da temporada. Por isso, é irreal neste momento pensar na Force India sequer no top 4 ao final do ano, mas todo e qualquer ganho de visibilidade, se possível com pódios, é bem-vindo.
Depois de conseguir reduzir em 10kg o peso do carro desde o início da temporada, o foco agora é ganhar em performance aerodinâmica e, no papel, as novidades que o time trará para as próximas duas etapas devem gerar 15 pontos em downforce. Talvez isso não fique tão claro na China, pois o carro se comporta melhor no calor, mas o certo é que, enquanto os grandes continuarem falhando, eles estarão por perto para aproveitar.
Com menos da metade do orçamento de equipes como Red Bull, Ferrari e McLaren, a Force India vem conseguindo se manter em segundo lugar no mundial de construtores. Tudo bem que estamos apenas na terceira etapa do campeonato e o carro de Nico Hulkenberg e Sergio Perez não é o segundo mais rápido, de fato, mas ainda assim trata-se de um feito e tanto.
São várias as nuances que vêm fazendo da Force India a equipe mais consistente do meio do pelotão nos últimos anos. O time pode não ter tido os pódios da Sauber ou uma vitória, como a Williams, mas vem ficando entre a sexta e sétima colocações nos últimos quatro anos. Talvez seja esse sucesso relativo e constante que mantenha a equipe viva mesmo que empresas ligadas a seu dono, Vijay Mallya tenha sofrido fortes abalos desde 2011, incluindo problemas com a justiça indiana por débitos na casa de 1 bilhão de dólares.
Finanças obscuras à parte, é interessante como a equipe apostou em duplas de pilotos com boa relação custo/patrocínio/benefício, e viu o lucro disso.
Outro trunfo do time é o motor Mercedes, claro, e a eficiência de uma fábrica que aprendeu a se virar com orçamentos sempre abaixo dos 100 milhões de euros – este é o primeiro ano em que a quantia chegou aos nove dígitos, graças ao dinheiro trazido por Perez – 340 funcionários e uma fábrica bem menos paramentada que dos times grandes. O resultado são projetos conservadores, cuja função primordial é garantir confiabilidade, e toda e qualquer novidade é muito estudada antes de ser colocada em prática – simplesmente porque não se pode jogar dinheiro fora.
Isso, é claro, tem seu lado negativo e limita o nível de desenvolvimento ao longo da temporada. Por isso, é irreal neste momento pensar na Force India sequer no top 4 ao final do ano, mas todo e qualquer ganho de visibilidade, se possível com pódios, é bem-vindo.
Depois de conseguir reduzir em 10kg o peso do carro desde o início da temporada, o foco agora é ganhar em performance aerodinâmica e, no papel, as novidades que o time trará para as próximas duas etapas devem gerar 15 pontos em downforce. Talvez isso não fique tão claro na China, pois o carro se comporta melhor no calor, mas o certo é que, enquanto os grandes continuarem falhando, eles estarão por perto para aproveitar.
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