segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Money talks*
* Por Julianne Cerasoli
A pouco mais de 100 dias do início daquele que promete ser um dos campeonatos mais revolucionários em termos de regulamento, a Fórmula 1 vive uma situação que beira o ridículo: apenas 15 pilotos estão assegurados para as 22 vagas no grid – e a confirmação de Maldonado na Lotus dá a medida do quanto o dinheiro influi nessa demora.
O novo time do venezuelano está quebrada e seu futuro parece estar nas mãos de um empresário envolvido em fraudes bancárias. A Sauber buscou dinheiro na Rússia, mas tudo indica que as quantias nunca chegaram. A Force India convive com as incertezas em meio a débitos na casa dos bilhões de outras empresas de seu dono, Vijay Mallya. E não estamos falando de times de fim de pelotão mas, sim, de equipes que estiveram lutando por vitórias – no caso de Lotus e Sauber – e pódios – como a Force India – nas últimas temporadas.
O momento econômico especialmente na Europa realmente não é propício para investimentos tão pesados como os da Fórmula 1, mas a categoria em si está longe de passar por dificuldades financeiras. O lucro operacional da CVC, que controla o esporte, foi de nada menos que 1 bilhão de dólares ano passado e deve ficar na mesma margem nesta temporada. Logo, se vê que o principal problema não é falta de dinheiro, mas má administração.
A entrada da CVC na Fórmula 1 foi uma manobra do octogenário Bernie Ecclestone para continuar com o controle da categoria. É ele quem negocia habilmente os acordos que distribuem apenas 63% dos lucros às equipes, por meio de um sistema que leva em consideração a posição no mundial de construtores e uma subjetiva cláusula de “valor histórico”, que na verdade só serve para proteger os grandes. Na prática, estima-se que 60% do dinheiro destinado às equipes fique com o “G-4”, em uma divisão semelhante ao que ocorre com os direitos de televisão no futebol brasileiro.
O resultado direto disso é a dificuldade de pilotos talentosos e sem patrocínio terem oportunidades. Até agora, apenas dois estreantes estão confirmados, apadrinhados por programas de desenvolvimento de Red Bull e McLaren. Fora desta esfera, e o brasileiro Felipe Nasr convive com isso, o cenário é nebuloso e contado mais em cifras do que em resultados.
Enquanto isso, a Federação Internacional aparece com ideias como números fixos para os carros e prêmio para quem fizer mais pole positions. E para quando ficarão cortes orçamentários, uma divisão mais sustentável dos lucros e um sistema mais democrático para tomada de decisões?
A pouco mais de 100 dias do início daquele que promete ser um dos campeonatos mais revolucionários em termos de regulamento, a Fórmula 1 vive uma situação que beira o ridículo: apenas 15 pilotos estão assegurados para as 22 vagas no grid – e a confirmação de Maldonado na Lotus dá a medida do quanto o dinheiro influi nessa demora.
O novo time do venezuelano está quebrada e seu futuro parece estar nas mãos de um empresário envolvido em fraudes bancárias. A Sauber buscou dinheiro na Rússia, mas tudo indica que as quantias nunca chegaram. A Force India convive com as incertezas em meio a débitos na casa dos bilhões de outras empresas de seu dono, Vijay Mallya. E não estamos falando de times de fim de pelotão mas, sim, de equipes que estiveram lutando por vitórias – no caso de Lotus e Sauber – e pódios – como a Force India – nas últimas temporadas.
O momento econômico especialmente na Europa realmente não é propício para investimentos tão pesados como os da Fórmula 1, mas a categoria em si está longe de passar por dificuldades financeiras. O lucro operacional da CVC, que controla o esporte, foi de nada menos que 1 bilhão de dólares ano passado e deve ficar na mesma margem nesta temporada. Logo, se vê que o principal problema não é falta de dinheiro, mas má administração.
A entrada da CVC na Fórmula 1 foi uma manobra do octogenário Bernie Ecclestone para continuar com o controle da categoria. É ele quem negocia habilmente os acordos que distribuem apenas 63% dos lucros às equipes, por meio de um sistema que leva em consideração a posição no mundial de construtores e uma subjetiva cláusula de “valor histórico”, que na verdade só serve para proteger os grandes. Na prática, estima-se que 60% do dinheiro destinado às equipes fique com o “G-4”, em uma divisão semelhante ao que ocorre com os direitos de televisão no futebol brasileiro.
O resultado direto disso é a dificuldade de pilotos talentosos e sem patrocínio terem oportunidades. Até agora, apenas dois estreantes estão confirmados, apadrinhados por programas de desenvolvimento de Red Bull e McLaren. Fora desta esfera, e o brasileiro Felipe Nasr convive com isso, o cenário é nebuloso e contado mais em cifras do que em resultados.
Enquanto isso, a Federação Internacional aparece com ideias como números fixos para os carros e prêmio para quem fizer mais pole positions. E para quando ficarão cortes orçamentários, uma divisão mais sustentável dos lucros e um sistema mais democrático para tomada de decisões?
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