quarta-feira, 20 de junho de 2012
O alvo certo?*
* Por Luis Fernando Ramos
São tempos de crise econômica brava na Espanha, uma boa chance para o povo esquecer as angústias festejando o sucesso de sua seleção nacional na Eurocopa ou o de Fernando Alonso na Fórmula 1. Mas enquanto os craques bem pagos do ludopédio contam com o apoio praticamente irrestrito de seu povo, o piloto da Fórmula 1 recebeu nesta semana uma carta aberta de um movimento contra a corrida nas ruas de Valência.
Basicamente, o documento contesta a necessidade de uma corrida no entorno do porto da cidade se há um autódromo apto a receber a Fórmula 1 a menos de 30 quilômetros dali. Cita o transtorno que o bloqueio de vias causa aos moradores da região (uma reclamação que eu escuto de taxistas e cidadãos desde a primeira edição do GP, em 2008) e, principalmente, o sentido de um gasto tão grande para um evento esportivo numa cidade e num país que precisa ser criterioso no emprego do dinheiro público, especialmente na conjuntura atual.
Colocar Alonso, que é extremamente popular na Espanha, como símbolo de um evento que divide opiniões é injusto. Me lembro de quando surgiram os primeiros rumores de uma corrida no porto de Valência, Alonso declarou não gostar muito da ideia, já que havia um circuito permanente perto dali. Mas a imposição de Bernie Ecclestone e a ganância dos políticos locais trataram de tocar a ideia adiante. São eles quem deveriam ser os alvos dos descontentes.
Com a prova confirmada, Alonso foi político como sempre é e destacou o prazer que sentia pela chance de correr uma segunda vez por ano diante dos espanhóis. Algo que é uma meia verdade, já que, com exceção de 2008, a corrida em Valência é uma das de menor público na Europa. De fato, os locais não amam a corrida como acontece em Barcelona.
Apesar de adorar a cidade, realmente não vejo o menor sentido de um evento caro, que gera transtornos e, pior, uma corrida que costuma ser chatíssima. Tudo aponta que a partir do ano que vem, os GPs espanhóis se alternarão entre Barcelona e Valência. Pela situação do país, uma decisão lógica. E, já que é assim, não custa nada colocar a segunda prova no Circuito Ricardo Tormo. Sai mais barato para os cofres públicos - e nós não perdemos a chance de visitar uma das cidades mais legais da temporada.
São tempos de crise econômica brava na Espanha, uma boa chance para o povo esquecer as angústias festejando o sucesso de sua seleção nacional na Eurocopa ou o de Fernando Alonso na Fórmula 1. Mas enquanto os craques bem pagos do ludopédio contam com o apoio praticamente irrestrito de seu povo, o piloto da Fórmula 1 recebeu nesta semana uma carta aberta de um movimento contra a corrida nas ruas de Valência.
Basicamente, o documento contesta a necessidade de uma corrida no entorno do porto da cidade se há um autódromo apto a receber a Fórmula 1 a menos de 30 quilômetros dali. Cita o transtorno que o bloqueio de vias causa aos moradores da região (uma reclamação que eu escuto de taxistas e cidadãos desde a primeira edição do GP, em 2008) e, principalmente, o sentido de um gasto tão grande para um evento esportivo numa cidade e num país que precisa ser criterioso no emprego do dinheiro público, especialmente na conjuntura atual.
Colocar Alonso, que é extremamente popular na Espanha, como símbolo de um evento que divide opiniões é injusto. Me lembro de quando surgiram os primeiros rumores de uma corrida no porto de Valência, Alonso declarou não gostar muito da ideia, já que havia um circuito permanente perto dali. Mas a imposição de Bernie Ecclestone e a ganância dos políticos locais trataram de tocar a ideia adiante. São eles quem deveriam ser os alvos dos descontentes.
Com a prova confirmada, Alonso foi político como sempre é e destacou o prazer que sentia pela chance de correr uma segunda vez por ano diante dos espanhóis. Algo que é uma meia verdade, já que, com exceção de 2008, a corrida em Valência é uma das de menor público na Europa. De fato, os locais não amam a corrida como acontece em Barcelona.
Apesar de adorar a cidade, realmente não vejo o menor sentido de um evento caro, que gera transtornos e, pior, uma corrida que costuma ser chatíssima. Tudo aponta que a partir do ano que vem, os GPs espanhóis se alternarão entre Barcelona e Valência. Pela situação do país, uma decisão lógica. E, já que é assim, não custa nada colocar a segunda prova no Circuito Ricardo Tormo. Sai mais barato para os cofres públicos - e nós não perdemos a chance de visitar uma das cidades mais legais da temporada.
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