terça-feira, 17 de setembro de 2013
O que acontece na McLaren? *
* Por Luis Fernando Ramos
Não vi, claro, mas li o que foi dito na entrevista de Felipe Massa com Galvão Bueno. O brasileiro se mostrou animado sobre a negociação com a equipe Lotus e, ao citar a realidade econômica do time, deu a entender que um acordo pode depender de trazer algum tipo de apoio financeiro que garanta a competitividade do time.
“Na minha opinião, a Lotus tem um carro competitivo, que é o que eu quero. É uma equipe que tem uma história muito importante para o Brasil também. Eles tiveram um momento difícil até financeiramente. Estamos tendo muitas conversas para tentar achar um caminho também, não só para mim, mas para a Lotus continuar com um bom carro”.
E quem ouviu a última edição do “Credencial” não se surpreendeu com ele citando que houve um contato com a McLaren. Ainda que Massa tenha dito que “não consegue avaliar” o interesse do time, é interessante saber que a McLaren conversa com outros pilotos. Desde o fim da pausa de verão que circula no paddock a informação de que o time ainda não exerceu sua opção para renovar o contrato de seus pilotos.
O que está acontecendo?
Na minha avaliação, a McLaren está em dúvidas em relação a Sergio Perez. Ainda que o mexicano tenha mostrado velocidade em classificação (ficou cinco vezes à frente de Jenson Button em doze corridas), não está aproveitando tão bem o potencial do carro em ritmo de corrida. Das nove provas em que os dois carros do time receberam a bandeira quadriculada, Perez ficou à frente do inglês em apenas duas ocasiões, no Bahrein e no Canadá.
Soma-se isto à sua postura no contato com a equipe - os relatos que ouvi da época da Sauber dão conta de um piloto pouco amigável e pouco trabalhador - e é natural que Martin Whitmarsh esteja pesando alternativas. Button parece bem firme no time, é o eixo central depois da saída de Lewis Hamilton e certamente um dos principais motivos para a vinda dos japoneses da Honda em 2015, o inglês tendo deixado uma ótima impressão de profissionalismo nos anos que pilotou pela BAR e pela própria equipe Honda na década passada.
Perez parecia estar bem na fita desde que a Claro entrou como uma das patrocinadores de um time que parece correr o risco de se perder financeiramente - lembrando que a Vodafone está de saída no final deste ano. Mas a McLaren pode estar fazendo outras contas. A Mercedes e a Ferrari vão para o ano que vem com duplas fortíssimas para tentar quebrar o domínio da Red Bull. É de se pensar se a McLaren não deveria fazer o mesmo. Na minha opinião, Nico Hülkenberg e Felipe Massa são alternativas bem melhores do que o errático Sergio Perez.
Em todo caso, postergar a opção de renovação de contrato e conversar com outros nomes também serve como uma tática disciplinar, ainda que o time renove o contrato do mexicano. O primeiro ano de Perez no time não foi horrível, mas também ficou longe de ser uma maravilha. Mas é a McLaren. É fundamental aumentar o nível de performance num time repleto de alternativas para colocar em seu cockpit.
Não vi, claro, mas li o que foi dito na entrevista de Felipe Massa com Galvão Bueno. O brasileiro se mostrou animado sobre a negociação com a equipe Lotus e, ao citar a realidade econômica do time, deu a entender que um acordo pode depender de trazer algum tipo de apoio financeiro que garanta a competitividade do time.
“Na minha opinião, a Lotus tem um carro competitivo, que é o que eu quero. É uma equipe que tem uma história muito importante para o Brasil também. Eles tiveram um momento difícil até financeiramente. Estamos tendo muitas conversas para tentar achar um caminho também, não só para mim, mas para a Lotus continuar com um bom carro”.
E quem ouviu a última edição do “Credencial” não se surpreendeu com ele citando que houve um contato com a McLaren. Ainda que Massa tenha dito que “não consegue avaliar” o interesse do time, é interessante saber que a McLaren conversa com outros pilotos. Desde o fim da pausa de verão que circula no paddock a informação de que o time ainda não exerceu sua opção para renovar o contrato de seus pilotos.
O que está acontecendo?
Na minha avaliação, a McLaren está em dúvidas em relação a Sergio Perez. Ainda que o mexicano tenha mostrado velocidade em classificação (ficou cinco vezes à frente de Jenson Button em doze corridas), não está aproveitando tão bem o potencial do carro em ritmo de corrida. Das nove provas em que os dois carros do time receberam a bandeira quadriculada, Perez ficou à frente do inglês em apenas duas ocasiões, no Bahrein e no Canadá.
Soma-se isto à sua postura no contato com a equipe - os relatos que ouvi da época da Sauber dão conta de um piloto pouco amigável e pouco trabalhador - e é natural que Martin Whitmarsh esteja pesando alternativas. Button parece bem firme no time, é o eixo central depois da saída de Lewis Hamilton e certamente um dos principais motivos para a vinda dos japoneses da Honda em 2015, o inglês tendo deixado uma ótima impressão de profissionalismo nos anos que pilotou pela BAR e pela própria equipe Honda na década passada.
Perez parecia estar bem na fita desde que a Claro entrou como uma das patrocinadores de um time que parece correr o risco de se perder financeiramente - lembrando que a Vodafone está de saída no final deste ano. Mas a McLaren pode estar fazendo outras contas. A Mercedes e a Ferrari vão para o ano que vem com duplas fortíssimas para tentar quebrar o domínio da Red Bull. É de se pensar se a McLaren não deveria fazer o mesmo. Na minha opinião, Nico Hülkenberg e Felipe Massa são alternativas bem melhores do que o errático Sergio Perez.
Em todo caso, postergar a opção de renovação de contrato e conversar com outros nomes também serve como uma tática disciplinar, ainda que o time renove o contrato do mexicano. O primeiro ano de Perez no time não foi horrível, mas também ficou longe de ser uma maravilha. Mas é a McLaren. É fundamental aumentar o nível de performance num time repleto de alternativas para colocar em seu cockpit.
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