terça-feira, 3 de setembro de 2013
Felipe e Felipe*
* Por Victor Martins
O futuro do automobilismo brasileiro na F1, que responde por 2014, passa impreterivelmente por um Felipe – ou dois. Nome protagonista da movimentação do mercado de pilotos nos últimos anos, Massa parecia longe da vida dura com os primeiros desempenhos no ano, mas a oscilação apresentada ao longo da temporada voltou a transformar suas férias num martírio, principalmente psicológico, ainda mais complicado diante do gêiser de informações e rumores que brotaram desde que se fez conhecida a decisão de aposentadoria de Mark Webber. De lá pra cá, um circuito de nomes e possibilidades se formou, chegando nesta semana ao xará Nasr.
Nasr começa a aparecer no furacão da ‘silly season’ com uma bagagem forte. Ainda que tenha vindo de seu pior fim de semana na GP2, em que se afobou ao tentar ultrapassar o companheiro Jolyon Palmer no início da primeira prova em Spa-Francorchamps, provocando um acidente e um consequente abandono que também afetou suas chances para a segunda, o brasileiro permanece bem colocado na luta pelo título contra o monegasco Stefano Coletti. Ainda pesa sobre os ombros do brasiliense não ter vencido no ano. Mas do outro lado da balança conta um fator que abre olhos e portas: o aporte financeiro que tem sobre suas costas.
Pelo menos Banco do Brasil e SKY estão garantidos como apoiadores da carreira de Nasr. A terceira empresa seria a OGX, a do decadente Eike Batista, coitado, com a qual não se pode muito contar. Mas só as duas primeiras sólidas companhias bastam para que Nasr elimine de cara negociações desesperadas com as nanicas e parta de uma base muito mais promissora. A primeira informação que surge é de uma conversa com a Toro Rosso, segundo a ‘Auto Motor und Sport’, mas é fato que Nasr está falando “com praticamente todo mundo”, segundo fontes. O Felipe da GP2 está em compasso de espera: vai tentar abocanhar o que sobrar de vaga nas mudanças que se ensaiam entre os que já estão no grid da F1, em especial os lugares de Daniel Ricciardo e Kimi Räikkönen.
Além de toda a boataria que corre solta e provoca uma série de intrigas, começam a surgir alguns indícios de um fato importante nesta história: o de que a Renault está estudando voltar à F1 assumindo o controle da Lotus. A equipe mais despojada do grid tem sofrido com o orçamento, e o Grupo Genii só vai conseguir respirar um pouco mais graças ao investimento que vai entrar do mundo árabe de Brunei Darussalam. Por outro lado, incomoda à Renault o pouco mérito e reconhecimento nas títulos e vitórias da Red Bull e nas conquistas da Lotus. A cabeça do grupo de Carlos Ghosn muda rapidamente, mas já há quem defenda o retorno da montadora como equipe aproveitando a leva das mudanças técnicas que serão introduzidas no ano que vem aproveitando que o teto para cobrança dos motores foi eliminado e mais dinheiro vai entrar nos cofres do grupo francês.
Uma possível volta da Renault daria todo sentido ao cenário apresentado pela MTV3, TV finlandesa, de uma troca de lugares entre Räikkönen e Fernando Alonso. O espanhol foi bicampeão pela equipe (2005 e 2006) e para lá voltou depois do malogro vivido na McLaren. É nítido que há um desconforto na Ferrari, vide as imagens da chegada na Bélgica – em que Alonso, segundo, faz questão de passar longe da mureta dos boxes na chegada e sequer recebe um apoio de comemoração pelo belo desempenho, além da cara de pouquíssimos amigos no pódio. E já há quem dê como iminente o anúncio de Kimi voltando a Maranello.
A Ferrari, por sua vez, concentra suas declarações em Massa e demonstra um apoio umbilical. Pelo que tem feito, chega a ser no mínimo curioso ver o quanto Stefano Domenicali e Luca di Montezemolo se debruçam para manter Felipe na equipe, e diante deste impasse com o outro carro, o brasileiro tende a ser o grande beneficiado – porque começa a parecer impossível um casamento Alonso-Räikkönen. A única ameaça de Massa, além de si mesmo, seria a de Nico Hülkenberg – e daí se entende a garantia de que seu futuro não depende necessariamente do movimento de Kimi.
Como as peças são muitas neste jogo de interesses, o GP da Itália da semana que vem acaba sendo uma data de prazo muito curta para que a visão de 2014 seja completamente nítida. Que Daniel Ricciardo há de ser o novo australiano da Red Bull já não há muitas dúvidas – até porque a Tia Cagueta que vai dar lugar dedou. Aí é questão de ver o que Räikkönen quer da vida e de como Alonso vai se comportar daqui para frente. No zero, o Brasil não deve ficar: o mercado nacional é deveras importante para que fique sem nenhum representante da F1, e Bernie Ecclestone vai mexer seus velhos paus para articular que um deles, ao menos, se garanta.
Massa e Nasr, Massa ou Nasr. Para quem tem nome de rei, a vida de expectativa com pires na mão está longe de ser majestosa.
O futuro do automobilismo brasileiro na F1, que responde por 2014, passa impreterivelmente por um Felipe – ou dois. Nome protagonista da movimentação do mercado de pilotos nos últimos anos, Massa parecia longe da vida dura com os primeiros desempenhos no ano, mas a oscilação apresentada ao longo da temporada voltou a transformar suas férias num martírio, principalmente psicológico, ainda mais complicado diante do gêiser de informações e rumores que brotaram desde que se fez conhecida a decisão de aposentadoria de Mark Webber. De lá pra cá, um circuito de nomes e possibilidades se formou, chegando nesta semana ao xará Nasr.
Nasr começa a aparecer no furacão da ‘silly season’ com uma bagagem forte. Ainda que tenha vindo de seu pior fim de semana na GP2, em que se afobou ao tentar ultrapassar o companheiro Jolyon Palmer no início da primeira prova em Spa-Francorchamps, provocando um acidente e um consequente abandono que também afetou suas chances para a segunda, o brasileiro permanece bem colocado na luta pelo título contra o monegasco Stefano Coletti. Ainda pesa sobre os ombros do brasiliense não ter vencido no ano. Mas do outro lado da balança conta um fator que abre olhos e portas: o aporte financeiro que tem sobre suas costas.
Pelo menos Banco do Brasil e SKY estão garantidos como apoiadores da carreira de Nasr. A terceira empresa seria a OGX, a do decadente Eike Batista, coitado, com a qual não se pode muito contar. Mas só as duas primeiras sólidas companhias bastam para que Nasr elimine de cara negociações desesperadas com as nanicas e parta de uma base muito mais promissora. A primeira informação que surge é de uma conversa com a Toro Rosso, segundo a ‘Auto Motor und Sport’, mas é fato que Nasr está falando “com praticamente todo mundo”, segundo fontes. O Felipe da GP2 está em compasso de espera: vai tentar abocanhar o que sobrar de vaga nas mudanças que se ensaiam entre os que já estão no grid da F1, em especial os lugares de Daniel Ricciardo e Kimi Räikkönen.
Além de toda a boataria que corre solta e provoca uma série de intrigas, começam a surgir alguns indícios de um fato importante nesta história: o de que a Renault está estudando voltar à F1 assumindo o controle da Lotus. A equipe mais despojada do grid tem sofrido com o orçamento, e o Grupo Genii só vai conseguir respirar um pouco mais graças ao investimento que vai entrar do mundo árabe de Brunei Darussalam. Por outro lado, incomoda à Renault o pouco mérito e reconhecimento nas títulos e vitórias da Red Bull e nas conquistas da Lotus. A cabeça do grupo de Carlos Ghosn muda rapidamente, mas já há quem defenda o retorno da montadora como equipe aproveitando a leva das mudanças técnicas que serão introduzidas no ano que vem aproveitando que o teto para cobrança dos motores foi eliminado e mais dinheiro vai entrar nos cofres do grupo francês.
Uma possível volta da Renault daria todo sentido ao cenário apresentado pela MTV3, TV finlandesa, de uma troca de lugares entre Räikkönen e Fernando Alonso. O espanhol foi bicampeão pela equipe (2005 e 2006) e para lá voltou depois do malogro vivido na McLaren. É nítido que há um desconforto na Ferrari, vide as imagens da chegada na Bélgica – em que Alonso, segundo, faz questão de passar longe da mureta dos boxes na chegada e sequer recebe um apoio de comemoração pelo belo desempenho, além da cara de pouquíssimos amigos no pódio. E já há quem dê como iminente o anúncio de Kimi voltando a Maranello.
A Ferrari, por sua vez, concentra suas declarações em Massa e demonstra um apoio umbilical. Pelo que tem feito, chega a ser no mínimo curioso ver o quanto Stefano Domenicali e Luca di Montezemolo se debruçam para manter Felipe na equipe, e diante deste impasse com o outro carro, o brasileiro tende a ser o grande beneficiado – porque começa a parecer impossível um casamento Alonso-Räikkönen. A única ameaça de Massa, além de si mesmo, seria a de Nico Hülkenberg – e daí se entende a garantia de que seu futuro não depende necessariamente do movimento de Kimi.
Como as peças são muitas neste jogo de interesses, o GP da Itália da semana que vem acaba sendo uma data de prazo muito curta para que a visão de 2014 seja completamente nítida. Que Daniel Ricciardo há de ser o novo australiano da Red Bull já não há muitas dúvidas – até porque a Tia Cagueta que vai dar lugar dedou. Aí é questão de ver o que Räikkönen quer da vida e de como Alonso vai se comportar daqui para frente. No zero, o Brasil não deve ficar: o mercado nacional é deveras importante para que fique sem nenhum representante da F1, e Bernie Ecclestone vai mexer seus velhos paus para articular que um deles, ao menos, se garanta.
Massa e Nasr, Massa ou Nasr. Para quem tem nome de rei, a vida de expectativa com pires na mão está longe de ser majestosa.
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