segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Cabeça fria, pneus quentes*
* Por Luis Fernando Ramos
A chuva que caiu em Barcelona atrapalhou bastante o último dia de trabalho das equipes da Fórmula 1 neste semana. Com pista molhada, os times perderam a chance de aprender mais sobre o comportamento dos pneus para seco que, nos dias anteriores, foram o foco principal de preocupação dos pilotos.
“O único momento em que a chuva deu uma trégua eu completei uma sequência de voltas com os pneus médios, mas a pista estava fria e escorregadia demais para aquecê-los e fazer uma comparação correta entre performance e desgaste”, apontou o brasileiro Felipe Massa.
E foi justamente o desgaste elevado que preocupou muitos pilotos. O mexicano Sergio Perez fez soar o alarme ao apostar em uma corrida com “sete a dez paradas” para cada piloto na abertura da temporada em Melbourne. De fato, em Barcelona ficou claro que o tempo de volta subia rapidamente à cada volta. Mas, como no ano passado, as preocupações (seja dos pilotos como de alguns torcedores) parecem ser precipitadas.
O asfalto frio do inverno espanhol, mais do que o observado em anos anteriores, pode ser a única causa do que vimos esta semana. A aposta do diretor-técnico da Pirelli, Paul Hembery, é que a situação volte à normalidade na Austrália. “As condições que tivemos em Barcelona são distintas do que teremos no resto da temporada, o que levou a problemas como a granulação da borrada. Quando chegarmos em Melbourne, os pneus estarão mais dentro da faixa de temperatura ideal de trabalho, o que vai eliminar este desgaste incomum que algumas equipes estão sofrendo”.
Com apenas mais quatro dias de testes antes da abertura da temporada - e a previsão de chuva em boa parte deles -, fica a impressão que os times da F-1 chegarão cheio de incertezas na Austrália. Um quadro que pode levar a algumas surpresas, pelo menos nas primeiras corridas do ano. Como no ano passado, quem entender mais rapidamente como a borracha vai se comportar levará vantagem.
Há quem não goste dessa tamanha influência dos pneus na competitividade. Eu acho normal. O produto é o mesmo para todos. E a F-1 já teve diversas temporadas que o pneu teve influência decisiva na disputa esportiva. Claro, se a previsão pessimista de Perez se confirmar, tudo será uma grande farsa e a Pirelli mereceria todas as críticas que eventualmente receberia.
Mas eu acredito que Hembery tem razão e que teremos na abertura do ano uma boa corrida, com a maioria fazendo uma estratégia de duas paradas, como no ano passado. E com chances de surpresas, o que é sempre muito bom. Numa categoria que restringe cada vez mais o escopo de atuação dos engenheiros, pelo menos a borracha está aí para fazer eles quebrarem a cabeça.
A chuva que caiu em Barcelona atrapalhou bastante o último dia de trabalho das equipes da Fórmula 1 neste semana. Com pista molhada, os times perderam a chance de aprender mais sobre o comportamento dos pneus para seco que, nos dias anteriores, foram o foco principal de preocupação dos pilotos.
“O único momento em que a chuva deu uma trégua eu completei uma sequência de voltas com os pneus médios, mas a pista estava fria e escorregadia demais para aquecê-los e fazer uma comparação correta entre performance e desgaste”, apontou o brasileiro Felipe Massa.
E foi justamente o desgaste elevado que preocupou muitos pilotos. O mexicano Sergio Perez fez soar o alarme ao apostar em uma corrida com “sete a dez paradas” para cada piloto na abertura da temporada em Melbourne. De fato, em Barcelona ficou claro que o tempo de volta subia rapidamente à cada volta. Mas, como no ano passado, as preocupações (seja dos pilotos como de alguns torcedores) parecem ser precipitadas.
O asfalto frio do inverno espanhol, mais do que o observado em anos anteriores, pode ser a única causa do que vimos esta semana. A aposta do diretor-técnico da Pirelli, Paul Hembery, é que a situação volte à normalidade na Austrália. “As condições que tivemos em Barcelona são distintas do que teremos no resto da temporada, o que levou a problemas como a granulação da borrada. Quando chegarmos em Melbourne, os pneus estarão mais dentro da faixa de temperatura ideal de trabalho, o que vai eliminar este desgaste incomum que algumas equipes estão sofrendo”.
Com apenas mais quatro dias de testes antes da abertura da temporada - e a previsão de chuva em boa parte deles -, fica a impressão que os times da F-1 chegarão cheio de incertezas na Austrália. Um quadro que pode levar a algumas surpresas, pelo menos nas primeiras corridas do ano. Como no ano passado, quem entender mais rapidamente como a borracha vai se comportar levará vantagem.
Há quem não goste dessa tamanha influência dos pneus na competitividade. Eu acho normal. O produto é o mesmo para todos. E a F-1 já teve diversas temporadas que o pneu teve influência decisiva na disputa esportiva. Claro, se a previsão pessimista de Perez se confirmar, tudo será uma grande farsa e a Pirelli mereceria todas as críticas que eventualmente receberia.
Mas eu acredito que Hembery tem razão e que teremos na abertura do ano uma boa corrida, com a maioria fazendo uma estratégia de duas paradas, como no ano passado. E com chances de surpresas, o que é sempre muito bom. Numa categoria que restringe cada vez mais o escopo de atuação dos engenheiros, pelo menos a borracha está aí para fazer eles quebrarem a cabeça.
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