quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Sem liga*
* Por Victor Martins
Notícia de Felipe Paranhos hoje no Grande Prêmio dá conta do que já era óbvio: a Superliga não vem mais ao Brasil, principalmente pela absoluta falta de condições do autódromo de Goiânia.
Sério: o que faz a Confederação Brasileira de Automobilismo? A pergunta é em torno de sua função. Existe uma cartilha das funções e obrigações da douta entidade? Por exemplo, que palha ela move para que uma categoria — seja ela do peso da Superliga ou ainda de um GT1, chancela FIA no peito — repense e não saia simplesmente cancelando provas que estão marcadas há um bom tempo? O quanto a CBA trabalha, se é que o faz, para a realização das corridas?
Não tem GT1 e não tem Superliga mais. A Argentina tem Dacar e vai voltar a ter a MotoGP a partir de 2013. Aqui, nada. O GP do Brasil só está aqui pela relação de Bernie Ecclestone com Tamas Rohonyi e a Globo (e as partes estão em cisão com a CBA) e a Indy é meramente um interesse direto dos organizadores locais e de uma empresa, a Apex, ligados ao fornecimento de etanol. O Brasil, enquanto praça automobilística, é um zero à esquerda, é quase uma nação africana, inexpressiva para o mundo.
Vejo o caríssimo amigo Bruno Mantovani falar que a razão está no fato de que brasileiro não gosta de automobilismo e só gosta de F1. Não é verdade. Brasileiro, como qualquer outro povo no mundo, gosta de coisa bem feita e organizada. Como é que as provas da F-Truck estão sempre cheias? Há um trabalho de promoção e cuidado — até mesmo com as pistas — feito pela entidade. O resto é meramente um espetáculo de desfiles de patrocinadores com fundo automotivo.
Um país com mais de 40 montadoras no território não pode ser simplesmente chacota para a Argentina, onde a situação é inviável economicamente e o esporte é fortíssimo. Quem é o nego que não goste de carro e de competição? É que aqui a coisa descamba e desvia, em todos os sentidos e bolsos, e nisso se incluem alguns tão caros colegas, mais preocupados com troca de favores do que cobertura em si.
É engraçado como na maioria das vezes, a gente se vê obrigado a olhar para a Argentina para descobrir qual é o caminho certo do esporte. O basquete só vai voltar a uma Olimpíada graças a um técnico de lá, Ruben Magnano. Seria a solução trazer algum dirigente de lá para comandar o automobilismo brasileiro? Não seria de todo mal. Porque por estes lados, o presidente pensa na reeleição de um poder tão valoroso quanto uma peso argentino.
Notícia de Felipe Paranhos hoje no Grande Prêmio dá conta do que já era óbvio: a Superliga não vem mais ao Brasil, principalmente pela absoluta falta de condições do autódromo de Goiânia.
Sério: o que faz a Confederação Brasileira de Automobilismo? A pergunta é em torno de sua função. Existe uma cartilha das funções e obrigações da douta entidade? Por exemplo, que palha ela move para que uma categoria — seja ela do peso da Superliga ou ainda de um GT1, chancela FIA no peito — repense e não saia simplesmente cancelando provas que estão marcadas há um bom tempo? O quanto a CBA trabalha, se é que o faz, para a realização das corridas?
Não tem GT1 e não tem Superliga mais. A Argentina tem Dacar e vai voltar a ter a MotoGP a partir de 2013. Aqui, nada. O GP do Brasil só está aqui pela relação de Bernie Ecclestone com Tamas Rohonyi e a Globo (e as partes estão em cisão com a CBA) e a Indy é meramente um interesse direto dos organizadores locais e de uma empresa, a Apex, ligados ao fornecimento de etanol. O Brasil, enquanto praça automobilística, é um zero à esquerda, é quase uma nação africana, inexpressiva para o mundo.
Vejo o caríssimo amigo Bruno Mantovani falar que a razão está no fato de que brasileiro não gosta de automobilismo e só gosta de F1. Não é verdade. Brasileiro, como qualquer outro povo no mundo, gosta de coisa bem feita e organizada. Como é que as provas da F-Truck estão sempre cheias? Há um trabalho de promoção e cuidado — até mesmo com as pistas — feito pela entidade. O resto é meramente um espetáculo de desfiles de patrocinadores com fundo automotivo.
Um país com mais de 40 montadoras no território não pode ser simplesmente chacota para a Argentina, onde a situação é inviável economicamente e o esporte é fortíssimo. Quem é o nego que não goste de carro e de competição? É que aqui a coisa descamba e desvia, em todos os sentidos e bolsos, e nisso se incluem alguns tão caros colegas, mais preocupados com troca de favores do que cobertura em si.
É engraçado como na maioria das vezes, a gente se vê obrigado a olhar para a Argentina para descobrir qual é o caminho certo do esporte. O basquete só vai voltar a uma Olimpíada graças a um técnico de lá, Ruben Magnano. Seria a solução trazer algum dirigente de lá para comandar o automobilismo brasileiro? Não seria de todo mal. Porque por estes lados, o presidente pensa na reeleição de um poder tão valoroso quanto uma peso argentino.
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Um comentário:
em relação a superliga, não fará falta aqui, acho que é muito barulho por nada... sobre o resto, é aquilo de sempre, ou seja, nada tb!!!
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