sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
AFOGANDO EM NÚMEROS*
* Por Luis Fernando Ramos
A obscura AutoGP - uma categoria que usa os chassis da defunta A1GP e também tem cara de lavanderia de cédulas - resolveu inovar neste ano e liberar a escolha dos números para seus participantes. Com exceção do número 1, reservado ao campeão, cada um pode escolher o(s) algarismo(s) que mais lhe apetece.
A idéia é criar uma identificação a mais para o piloto, quase uma marca registrada. Isso acontece na MotoGP e o caso mais famoso é o 46 de Valentino Rossi. Acontece também na Nascar, onde os números ocupam lugares proeminentes nos carros. E, por caminhos diversos, aconteceu também na Fórmula 1.
Numa época em que a numeração era mais ou menos fixa (apenas a equipe campeã trocava de números com a campeã do ano anterior), tivemos a criação de pelo menos duas lendas: o 27, identificado com a Ferrari de Gilles Villeneuve; e o Red Five, o 5 na cor vermelha que acompanhava a Williams de Nigel Mansell.
Em 1996, tudo isso acabou: as equipes passaram a ser numeradas de acordo com suas colocações no Mundial de Construtores do ano anterior, com o piloto campeão mantendo o privilégio de levar o número 1 ao seu time. Tudo dentro da filosofia de ordem absoluta que rege a cabeça de Bernie Ecclestone.
O triste efeito disso foi que os números praticamente sumiram dos carros. Hoje, eles estão escondidos no meio de um mar de patrocinadores - e a maneira encontrada para diferenciar pilotos da mesma equipe está em cores distintas do espelho retrovisor, da entrada de ar superior ou da câmera onboard. No caso de pilotos com capacetes parecidos (como Rubens Barrichello e Nico Hülkenberg no ano passado), identificá-los num primeiro olhar era uma tarefa ingrata.
Eu acho que a Fórmula 1 faria um grande favor a si mesma se tomasse o mesmo caminho da insignificante AutoGP. Identificar as estrelas do espetáculo com números - e estampar estes números bem grande nos carros - é uma maneira infalível de mexer com a paixão dos torcedores. Até porque cada um deles tem um número favorito, muitas vezes surgido da época do kart.
Aposto que muitos sabem que Ayrton Senna adorava o 42. Rubens Barrichello, em 2011, terá novamente a chance de correr na F-1 com seu número favorito - o 11, que usou na Jordan em 1996. O de Felipe Massa, para quem não sabe, seria o 19 ou o 91 - a combinação dos algarismos 1 e 9 lhe dava sorte na época do kart e foi com ela que ele ganhou títulos na Fórmula Chevrolet, na F-Renault e na F-3000 Italiana.
A obscura AutoGP - uma categoria que usa os chassis da defunta A1GP e também tem cara de lavanderia de cédulas - resolveu inovar neste ano e liberar a escolha dos números para seus participantes. Com exceção do número 1, reservado ao campeão, cada um pode escolher o(s) algarismo(s) que mais lhe apetece.
A idéia é criar uma identificação a mais para o piloto, quase uma marca registrada. Isso acontece na MotoGP e o caso mais famoso é o 46 de Valentino Rossi. Acontece também na Nascar, onde os números ocupam lugares proeminentes nos carros. E, por caminhos diversos, aconteceu também na Fórmula 1.
Numa época em que a numeração era mais ou menos fixa (apenas a equipe campeã trocava de números com a campeã do ano anterior), tivemos a criação de pelo menos duas lendas: o 27, identificado com a Ferrari de Gilles Villeneuve; e o Red Five, o 5 na cor vermelha que acompanhava a Williams de Nigel Mansell.
Em 1996, tudo isso acabou: as equipes passaram a ser numeradas de acordo com suas colocações no Mundial de Construtores do ano anterior, com o piloto campeão mantendo o privilégio de levar o número 1 ao seu time. Tudo dentro da filosofia de ordem absoluta que rege a cabeça de Bernie Ecclestone.
O triste efeito disso foi que os números praticamente sumiram dos carros. Hoje, eles estão escondidos no meio de um mar de patrocinadores - e a maneira encontrada para diferenciar pilotos da mesma equipe está em cores distintas do espelho retrovisor, da entrada de ar superior ou da câmera onboard. No caso de pilotos com capacetes parecidos (como Rubens Barrichello e Nico Hülkenberg no ano passado), identificá-los num primeiro olhar era uma tarefa ingrata.
Eu acho que a Fórmula 1 faria um grande favor a si mesma se tomasse o mesmo caminho da insignificante AutoGP. Identificar as estrelas do espetáculo com números - e estampar estes números bem grande nos carros - é uma maneira infalível de mexer com a paixão dos torcedores. Até porque cada um deles tem um número favorito, muitas vezes surgido da época do kart.
Aposto que muitos sabem que Ayrton Senna adorava o 42. Rubens Barrichello, em 2011, terá novamente a chance de correr na F-1 com seu número favorito - o 11, que usou na Jordan em 1996. O de Felipe Massa, para quem não sabe, seria o 19 ou o 91 - a combinação dos algarismos 1 e 9 lhe dava sorte na época do kart e foi com ela que ele ganhou títulos na Fórmula Chevrolet, na F-Renault e na F-3000 Italiana.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
o roque usaria o 13...
sera que o nico rosberg pediria o 24? kkkkk IGOR,O NUMERO 13 SERIA POR DIREITO DO BARRICHELLO(AZAR) KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
igor zoações a parte,ja tem alguma noticia sobre as vendas dos ingressos para 2011?
Pois é, seu Luis Fernando, seu alguém fuçar nos arquivos aqui do blog, eu já falei disso aqui há muito tempo.
Além dos números, os capacetes mudam conforme o dinheiro que o patrocinador paga, foi-se aquele tempo que a identidade valia mais do que qualquer coisa.
Dane-se a identidade, a marca registrada do capacete, os números preferidos, a paixão da torcida, dane-se tudo!
E a gente ainda continua viciado nisso, o que é pior ainda!!
Cada um escolher seu número? Não concordo. Gosto assim, organizado.
Postar um comentário