quinta-feira, 7 de outubro de 2010
ESPECIAL GP BRASIL: 1990 E O NOVO INTERLAGOS
A temporada de 1990 começava sob a égide da desconfiança e, para os brasileiros, do temor de que Ayrton Senna poderia não correr esta temporada em virtude dos seus desentendimentos com Jean-Marie Balestre, por conta da polêmica decisão do campeonato de 1989.
Após a vitória em Phoenix, Senna aparecia como um dos favoritos à vitória no GP Brasil, que enfim voltava a São Paulo, em um novo Interlagos renovado (e mutilado), que ainda guardava marcas da pista antiga.
Assim, com 10 anos, seria minha primeira corrida de Fórmula 1 presencialmente, graças a ingressos conseguidos com parentes influentes na época. No sábado ficaríamos em um dos setores VIP e no domingo no setor B, em frente aos boxes e a linha de chegada.
O que eu menos queria era ficar na área vip, meu sonho era ouvir aquele som diferente, conhecer os carros e, se der falar com os pilotos. Os brasileiros eram Senna, Piquet, Gugelmim e Moreno.
Logo que chegamos à Interlagos, um susto. Um tropicão, uma queda e lá fomos nós estrear o ambulatório do autódromo. Mas nada do que um curativo não resolvesse. Logo em seguida xingamentos, palavrões e palavras de ordem, era Balestre chegando e sendo bem recebido pela torcida brasileira.
Ao chegar no local, uma visão panorâmica nos aguardava. De lá, víamos toda a bagunça do setor G, e nossos olhos acompanhavam os carros da saída do S do Senna, a nova curva do autódromo, até por quase toda a pista, excetuando-se a largada.
Os treinos livres foram repletos de rodadas no Laranjinha e no S do Senna, quem mais deu trabalho para a equipe foi justamente Ayrton Senna que deu um passei pela terra no S do Senna, gerando um trabalho extra para a equipe Mclaren, a mangueira, a água e o sabão entraram em cena atrás dos boxes da equipe inglesa.
Assim que terminou o treino livre de sábado, os convidados puderam andar pelos concorridos boxes. Admirando os carros, tentando visualizar os detalhes, me deparo com um baixinho, andando sozinho, sem que ninguém o reconhecesse, era Roberto Moreno. De posse do livrinho oficial do GP, pude conversar com ele por alguns instantes, cerca de 10 minutos, desejei boa sorte, e que (apesar de não ter passado da pré-qualificação), o final de semana e o ano fossem bons.
Peregrinando pelos boxes, era legal ver o ambiente sisudo das grandes equipes como Mclaren, Ferrari, Williams e Benneton contrastando com o ambiente alegre e pouco preocupado da Brabham, Osella e Minardi. A turma da Brabham até deixou eu ir lá perto do carro e, claro, tirar uma foto.
Voltando, paramos no boxes da Mclaren e ai, o Senna estava em reunião com Ron Dennis...queria tirar uma foto ou pegar um autógrafo, mas não quis atrapalhar o momento, mesmo com os incentivos do pessoal. Quando decidi, o horário de visitas acabara, e o sonho de falar com Senna, se desfez (até porque, naquele momento, não imaginaria o que iria acontecer dali a 4 anos).
Fui embora feliz, ciente que no dia seguinte uma vitória veria, ainda mais com a pole de Senna. A corrida que começou animada, com boas disputas e o narigudo francês (que largara em 6º) passava a todos.
No final uma decepção, ao forçar a barra para ultrapassar Nakajima no bico de pato, um toque entre os dois acontece e o bico de Senna precisa ser trocado. Sua vitória escapava pelos dedos.
Ao voltar em terceiro, Senna tentava de todas as formas se aproximar de Berger, mas não deu.
Vitória francesa no Brasil. O Rei do Rio, Alain Prost ganhava mais uma, a sua última vitória em terras brasileiras.
Após a vitória em Phoenix, Senna aparecia como um dos favoritos à vitória no GP Brasil, que enfim voltava a São Paulo, em um novo Interlagos renovado (e mutilado), que ainda guardava marcas da pista antiga.
Assim, com 10 anos, seria minha primeira corrida de Fórmula 1 presencialmente, graças a ingressos conseguidos com parentes influentes na época. No sábado ficaríamos em um dos setores VIP e no domingo no setor B, em frente aos boxes e a linha de chegada.
O que eu menos queria era ficar na área vip, meu sonho era ouvir aquele som diferente, conhecer os carros e, se der falar com os pilotos. Os brasileiros eram Senna, Piquet, Gugelmim e Moreno.
Logo que chegamos à Interlagos, um susto. Um tropicão, uma queda e lá fomos nós estrear o ambulatório do autódromo. Mas nada do que um curativo não resolvesse. Logo em seguida xingamentos, palavrões e palavras de ordem, era Balestre chegando e sendo bem recebido pela torcida brasileira.
Ao chegar no local, uma visão panorâmica nos aguardava. De lá, víamos toda a bagunça do setor G, e nossos olhos acompanhavam os carros da saída do S do Senna, a nova curva do autódromo, até por quase toda a pista, excetuando-se a largada.
Os treinos livres foram repletos de rodadas no Laranjinha e no S do Senna, quem mais deu trabalho para a equipe foi justamente Ayrton Senna que deu um passei pela terra no S do Senna, gerando um trabalho extra para a equipe Mclaren, a mangueira, a água e o sabão entraram em cena atrás dos boxes da equipe inglesa.
Assim que terminou o treino livre de sábado, os convidados puderam andar pelos concorridos boxes. Admirando os carros, tentando visualizar os detalhes, me deparo com um baixinho, andando sozinho, sem que ninguém o reconhecesse, era Roberto Moreno. De posse do livrinho oficial do GP, pude conversar com ele por alguns instantes, cerca de 10 minutos, desejei boa sorte, e que (apesar de não ter passado da pré-qualificação), o final de semana e o ano fossem bons.
Peregrinando pelos boxes, era legal ver o ambiente sisudo das grandes equipes como Mclaren, Ferrari, Williams e Benneton contrastando com o ambiente alegre e pouco preocupado da Brabham, Osella e Minardi. A turma da Brabham até deixou eu ir lá perto do carro e, claro, tirar uma foto.
Voltando, paramos no boxes da Mclaren e ai, o Senna estava em reunião com Ron Dennis...queria tirar uma foto ou pegar um autógrafo, mas não quis atrapalhar o momento, mesmo com os incentivos do pessoal. Quando decidi, o horário de visitas acabara, e o sonho de falar com Senna, se desfez (até porque, naquele momento, não imaginaria o que iria acontecer dali a 4 anos).
Fui embora feliz, ciente que no dia seguinte uma vitória veria, ainda mais com a pole de Senna. A corrida que começou animada, com boas disputas e o narigudo francês (que largara em 6º) passava a todos.
No final uma decepção, ao forçar a barra para ultrapassar Nakajima no bico de pato, um toque entre os dois acontece e o bico de Senna precisa ser trocado. Sua vitória escapava pelos dedos.
Ao voltar em terceiro, Senna tentava de todas as formas se aproximar de Berger, mas não deu.
Vitória francesa no Brasil. O Rei do Rio, Alain Prost ganhava mais uma, a sua última vitória em terras brasileiras.
Marcadores:
Ayrton Senna,
GGOO,
GP BRASIL 2010,
INTERLAGOS,
São Paulo,
Setor G
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
e a GGOO tb estava presente na volta do GP Brasil à interlagos (mas nem sabia disso)
Postar um comentário