quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Iceman: "Paixão, desilusão e amor."
GP Brasil 2007
Nos últimos anos a Ferrari teve a dupla de pilotos Felipe Massa e Kimi Raikkonen, este último substituído em 2010 por Fernando Alonso. Pois bem. Ao me deparar com o cenário da equipe do cavalinho rampante coloquei esses três pilotos nos atuais degraus de liderança que falávamos.
Em seguida vamos falar sobre o piloto mais completo do grid, depois de Michael Schumacher, sim, Fernando Alonso das Astúrias deixa a capenga Renault e enfim volta a pilotar em uma equipe de ponta. Espera-se muito que Alonso coloque ordem na casa, já que muitos dizem que o título de Raikkonen foi circunstancial e que a administração ainda tinha resquícios do trio Schumacher, Brawn e Todt. A Ferrari perdeu o título para ela mesma em 2008, devido a enorme quantidade de erros que acabou tirando Felipe Massa da briga, e cabe ao bicampeão mundial Fernando Alonso, fazer as honras da casa. Curioso é que Alonso deu um salto de qualidade na Renault em 2003 e 2004 para ser campeão em 2005 e 2006, e deu um salto de qualidade na McLaren em 2007, visto que a mesma não obteve nenhuma vitória em 2006, depois deu um salto na mesma Renault em 2008, que teve duas vitórias nas quatro últimas corridas do ano. Em 2009 foi um fiasco, e a pergunta é, será que Fernandinho já sabia que iria para a Ferrari e parou de se preocupar com o projeto falido da Renault? Perguntas que só ele pode responder. Enfim, Fernando Alonso está no estágio de paixão ferrarista, que pode virar desilusão em 2010, e depois se tornar amor, como foi com Schumacher, apaixonado em 1996 e desiludido de 1997 a 1999.
Por fim, Felipe Massa, o brasileiro que chega a sua sexta temporada pela Ferrari tem pela frente mais um campeão mundial para dividir a equipe. Em circunstancias diferentes. Contra Schumacher, Massa era o jovem promissor que precisava amadurecer e aprender o máximo que podia sobre como estruturar e liderar uma equipe. Aprendeu e muito bem com Schumacher, fez da equipe uma família em 2005 e 2006, acostumou-se as vitórias, aos tropeços e aprendeu a ser politicamente correto. Quando Schumacher se aposentou seria a vez de Massa entrar no páreo por um título. Mas veio Kimi Raikkonen e roubou a cena, ganhando logo em sua corrida de estréia e venceu o campeonato. Mas nem tudo foi perdido, Massa disputou o título até a antepenúltima corrida, enfrentou o mimado Alonso com o famoso “Va Cagare”, ganhou a simpatia da torcida ferrarista e de quebra abriu caminho para que a Ferrari ganhasse o título de pilotos com Raikkonen deixando o mesmo ganhar o GP do Brasil. Caiu nas graças da torcida em um ano perdido. Em 2008, Massa teve sua chance real de título, chegando a última corrida em condições de vencer Lewis Hamilton, mais um ano perdido, mas mais um desfecho inesquecível para Massa, foi campeão por alguns segundos e perdeu o título diante de sua torcida e ergueu o troféu com lágrimas de herói, de lutador. Firmou ainda mais a sua condição de piloto apaixonado, bravo e guerreiro. Em 2009, quando tudo parecia rumar para um ano apático para ambos os pilotos da esquadra vermelha, eis que surge uma mola para que o mundo todo voltasse os olhos, mais uma vez, para o paulista de 27 anos. Massa foi afastado e ganhou novamente o carinho da torcida da Ferrari, e de quebra, dos apaixonados pelo automobilismo. Agora ele era um herói, um bravo, um guerreiro, e um tremendo sortudo. Virou papai e agora tem Fernando Alonso pela frente. Colocando Massa na tabela de liderança, ele passou pela paixão de 2005 a 2006, pela desilusão de 2007 a 2009, e agora devido a tantos acontecimentos em sua carreira, Felipe Massa é amado pela Ferrari. Conhece a todos, conversa com todos, tem um relacionamento excepcional com toda a equipe, com a imprensa, com jornalistas, chefes de equipe, enfim, é o famoso boa praça que conquistou a maior torcida de Fórmula 1 do planeta.
Se eu fosse apostar entre Massa e Alonso, apostaria Alonso, como apostei em Raikkonen nos dois anos, mas creio que Felipe Massa não ligará para a minha opinião, nem para a de ninguém, porque no final, Massa apostará em Massa e a sua autoconfiança e seu jeitinho “come quieto” conquistou o mundo.
Amigos leitores, amantes do automobilismo, há pouco tempo atrás estava em um curso de liderança com foco em resultados quando nos deparamos com a seguinte pergunta: "Como extrair o máximo do nosso funcionário?". Depois de uma acalorada discussão com direito até de uma exclusão do termo “extrair”, chegamos a três fases de como um funcionário olha a empresa: A paixão, a desilusão e o amor.
Nos últimos anos a Ferrari teve a dupla de pilotos Felipe Massa e Kimi Raikkonen, este último substituído em 2010 por Fernando Alonso. Pois bem. Ao me deparar com o cenário da equipe do cavalinho rampante coloquei esses três pilotos nos atuais degraus de liderança que falávamos.
Começando pelo ex-ferrarista finlandês, Raikkonen entrou e em sua primeira corrida venceu de ponta a ponta o GP de Melbourne, na Austrália, em 2007. A Ferrari teve pelo Iceman, que fora trazido da McLaren a peso de ouro, a paixão fugaz de que a escolha havia sido acertada, e foi. Em um campeonato de escândalos de espionagem e competitividade entre Raikkonen, Massa, Alonso e Hamilton, o homem de gelo levou a melhor, em uma virada histórica. Kimi Mathias Raikkonen foi campeão mundial pela Ferrari em 2007. A paixão, que os italianos muito gostam, havia nascido e esperava-se muito do sucessor de Hakkinen em 2008. E a paixão foi para o segundo estágio, a desilusão. Raikkonen teve problemas com a Ferrari 2008, e fora acusado, inúmeras vezes de estar sem foco nenhum no campeonato. De fato, houve alguns erros como em Mônaco e Spa-Francorchamps, mas acusá-lo de falta de comprometimento, acho um pouco demais. Coube a Massa brigar pelo título em 2008. E como em carro ruim não há redenção, Raikkonen deixou a F1 para enveredar o mundo do Rali, mas saiu com a cabeça erguida, com uma vitória impecável em Spa, que ninguém sabe como ele conseguiu fazer a Ferrari vencer.
Em seguida vamos falar sobre o piloto mais completo do grid, depois de Michael Schumacher, sim, Fernando Alonso das Astúrias deixa a capenga Renault e enfim volta a pilotar em uma equipe de ponta. Espera-se muito que Alonso coloque ordem na casa, já que muitos dizem que o título de Raikkonen foi circunstancial e que a administração ainda tinha resquícios do trio Schumacher, Brawn e Todt. A Ferrari perdeu o título para ela mesma em 2008, devido a enorme quantidade de erros que acabou tirando Felipe Massa da briga, e cabe ao bicampeão mundial Fernando Alonso, fazer as honras da casa. Curioso é que Alonso deu um salto de qualidade na Renault em 2003 e 2004 para ser campeão em 2005 e 2006, e deu um salto de qualidade na McLaren em 2007, visto que a mesma não obteve nenhuma vitória em 2006, depois deu um salto na mesma Renault em 2008, que teve duas vitórias nas quatro últimas corridas do ano. Em 2009 foi um fiasco, e a pergunta é, será que Fernandinho já sabia que iria para a Ferrari e parou de se preocupar com o projeto falido da Renault? Perguntas que só ele pode responder. Enfim, Fernando Alonso está no estágio de paixão ferrarista, que pode virar desilusão em 2010, e depois se tornar amor, como foi com Schumacher, apaixonado em 1996 e desiludido de 1997 a 1999.
Por fim, Felipe Massa, o brasileiro que chega a sua sexta temporada pela Ferrari tem pela frente mais um campeão mundial para dividir a equipe. Em circunstancias diferentes. Contra Schumacher, Massa era o jovem promissor que precisava amadurecer e aprender o máximo que podia sobre como estruturar e liderar uma equipe. Aprendeu e muito bem com Schumacher, fez da equipe uma família em 2005 e 2006, acostumou-se as vitórias, aos tropeços e aprendeu a ser politicamente correto. Quando Schumacher se aposentou seria a vez de Massa entrar no páreo por um título. Mas veio Kimi Raikkonen e roubou a cena, ganhando logo em sua corrida de estréia e venceu o campeonato. Mas nem tudo foi perdido, Massa disputou o título até a antepenúltima corrida, enfrentou o mimado Alonso com o famoso “Va Cagare”, ganhou a simpatia da torcida ferrarista e de quebra abriu caminho para que a Ferrari ganhasse o título de pilotos com Raikkonen deixando o mesmo ganhar o GP do Brasil. Caiu nas graças da torcida em um ano perdido. Em 2008, Massa teve sua chance real de título, chegando a última corrida em condições de vencer Lewis Hamilton, mais um ano perdido, mas mais um desfecho inesquecível para Massa, foi campeão por alguns segundos e perdeu o título diante de sua torcida e ergueu o troféu com lágrimas de herói, de lutador. Firmou ainda mais a sua condição de piloto apaixonado, bravo e guerreiro. Em 2009, quando tudo parecia rumar para um ano apático para ambos os pilotos da esquadra vermelha, eis que surge uma mola para que o mundo todo voltasse os olhos, mais uma vez, para o paulista de 27 anos. Massa foi afastado e ganhou novamente o carinho da torcida da Ferrari, e de quebra, dos apaixonados pelo automobilismo. Agora ele era um herói, um bravo, um guerreiro, e um tremendo sortudo. Virou papai e agora tem Fernando Alonso pela frente. Colocando Massa na tabela de liderança, ele passou pela paixão de 2005 a 2006, pela desilusão de 2007 a 2009, e agora devido a tantos acontecimentos em sua carreira, Felipe Massa é amado pela Ferrari. Conhece a todos, conversa com todos, tem um relacionamento excepcional com toda a equipe, com a imprensa, com jornalistas, chefes de equipe, enfim, é o famoso boa praça que conquistou a maior torcida de Fórmula 1 do planeta.
Se eu fosse apostar entre Massa e Alonso, apostaria Alonso, como apostei em Raikkonen nos dois anos, mas creio que Felipe Massa não ligará para a minha opinião, nem para a de ninguém, porque no final, Massa apostará em Massa e a sua autoconfiança e seu jeitinho “come quieto” conquistou o mundo.
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4 comentários:
Justamente pelo que aconteceu com o Massa em 2007 e 2008 onde falavam que ele iria ser engolido pelo Raikkonen, acho que ele já adquiriu maturidade suficiente para enfrentar esse tipo de situação.
Como ainda não sei em quem apostar, dado à bela análise de cada piloto, ainda acredito no Massa para esse ano!!!
Caraca, Ice, cada coluna uma surpresa, que beleza de análise!
Mas ainda aposto no Zaca, pela vontade e perseverança dele, e com certeza por ele já estar de saco cheio de bater na trave.
Tomara que acerte a pontaria esse ano.
Resta saber se o carro vai ser competitivo. Ou se os outros serão mais.
vou torcer pelo massa pq não vou com a cara do alonso... mas concordo que o alonso é o melhor do grid (até que o schumacher prove que é o mesmo de antes) e por isso aposto nele nessa "guerra" interna da ferrari 2010!!!
Aposto em Alonso também, sempre! rsrs!
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