quarta-feira, 30 de setembro de 2009
ESPECIAL GP BRASIL: O MUNDO VIP DA F-1 EM 1997
Em 1997, em pleno período de expansão da economia brasileira o dolar pareava o real, o poder de compra era enorme, consequentemente os ingressos, em termos proporcionais, eram mais caros do que hoje.
Na fórmula 1, o Brasil vivia um momento inusitado, Barrichello havia mudado da Jordan para a estreante Stewart, Ricardo Rossetti corria pela Tyrrell e Pedro Paulo Diniz corria pela Arrows como companheiro do campeão mundial, Damon Hill. Não havia, portanto, muitas esperanças de vitórias, nem de boas colocações.
Por um momento pensamos em desistir de irmos, a falta de dinheiro para os ingressos pesava e a falta de interesse pela corrida também. O jeito era ver a corrida pela TV, aguentando a narração do Galvão Bueno. Porém, na quarta feira antes do GP, recebo um telefonema de um parente próximo dizendo que havia ganho 2 ingressos para corrida e que, por compromissos profissionais, não poderia comparecer e que, sabendo que como gostávamos de corrida, faríamos melhor proveito deles.
Este tipo de pedido nunca deve ser recusado. Lá fomos nós buscar os ingressos. Quando abrimos os envelopes, a surpresa: os ingressos eram para o Paddock Club. Sim, aquele lugar em que ficamos no ar condicionado, que não precisaríamos dormir na fila e que a cerveja era servida gelada e em abundância.
E assim fomos nós, desde sexta feira (não poderíamos deixar de aproveitar um segundo sequer essas beneces) acompanhar toda rotina de treinos e atividades extra pistas. Ao chegar no ponto combinado, uma surpresa, um ônibus especial nos levaria até o autódromo, com direito a cafezinho e lanchinho de boas vindas.
Continuando o tratamento diferenciado, ao pisar no circuto recebemos uma mala com todas as informações do GP, informações dos patrocinadores, adesivos da Ferrari e uma camiseta exclusiva da Ferrari de 1996.
Procurei o lugar marcado no ingresso e o que vi foi uma televisão com todas as informações de tempo (uma super novidade, pois não tínhamos naquela época acesso a esses dados como temos hoje) e outra televisão com as imagens da geração comum. Pera aí, venho até aqui para ver o carros, para ouvir os barulhos, para ver a movimentação e eu vou ficar sentado no ar condicionado, não, não...não farei isso.
Assim dito, assim feito...fui procurar os melhores ângulos e não achei. A única coisa que dava pra ver legal era os treinos de parada de boxes. Me posicionei em cima do boxe de Barrichello e fiquei acompanhando a diversão. Assim passou a sexta, sem grandes atrativos, a não ser uma conversa animada com Nelson Piquet (pai) sobre as chances de volta dele às pistas.
No sábado a fartura aumentou, a comida farta era distribuida sem concentimento nenhum, o cardápio tinha até lagosta, o fluxo de modelos aumentou consideravalmente, os pilotos subiam para falar com os patrocionadores. De perto vi Barrichello (que peguei um autógrafo), Piquet, Moreno, Schumacher e Villeneuve.
No domingo, em meio a distribuição de sorvetes e energéticos, a hora da corrida foi se aproximando e só quando faltava uma hora para a corrida é que o local ficou completamente cheio. Escolhi 2 lugares para acompanhar a corrida, um com vista para o S do Senna para ver a largada e o outro em cima do boxes de Barrichello para ver o restante da corrida e as trocas de pneus e rebastecimento. Mais do que isso não se consegue ver por lá.
E assim foi, na largada uma surpresa no S do Senna com a saída de vários carros e o carro de Barrichello parado no grid. Na segunda, tudo correu dentro da normalidade e o resultado da corrida já faz parte da história.
A volta foi cheia de interrogações e uma dúvida pairava na minha cabeça. Porque pagar tudo isso, se você pode ficar no G e se divertir muito mais?
Na fórmula 1, o Brasil vivia um momento inusitado, Barrichello havia mudado da Jordan para a estreante Stewart, Ricardo Rossetti corria pela Tyrrell e Pedro Paulo Diniz corria pela Arrows como companheiro do campeão mundial, Damon Hill. Não havia, portanto, muitas esperanças de vitórias, nem de boas colocações.
Por um momento pensamos em desistir de irmos, a falta de dinheiro para os ingressos pesava e a falta de interesse pela corrida também. O jeito era ver a corrida pela TV, aguentando a narração do Galvão Bueno. Porém, na quarta feira antes do GP, recebo um telefonema de um parente próximo dizendo que havia ganho 2 ingressos para corrida e que, por compromissos profissionais, não poderia comparecer e que, sabendo que como gostávamos de corrida, faríamos melhor proveito deles.
Este tipo de pedido nunca deve ser recusado. Lá fomos nós buscar os ingressos. Quando abrimos os envelopes, a surpresa: os ingressos eram para o Paddock Club. Sim, aquele lugar em que ficamos no ar condicionado, que não precisaríamos dormir na fila e que a cerveja era servida gelada e em abundância.
E assim fomos nós, desde sexta feira (não poderíamos deixar de aproveitar um segundo sequer essas beneces) acompanhar toda rotina de treinos e atividades extra pistas. Ao chegar no ponto combinado, uma surpresa, um ônibus especial nos levaria até o autódromo, com direito a cafezinho e lanchinho de boas vindas.
Continuando o tratamento diferenciado, ao pisar no circuto recebemos uma mala com todas as informações do GP, informações dos patrocinadores, adesivos da Ferrari e uma camiseta exclusiva da Ferrari de 1996.
Procurei o lugar marcado no ingresso e o que vi foi uma televisão com todas as informações de tempo (uma super novidade, pois não tínhamos naquela época acesso a esses dados como temos hoje) e outra televisão com as imagens da geração comum. Pera aí, venho até aqui para ver o carros, para ouvir os barulhos, para ver a movimentação e eu vou ficar sentado no ar condicionado, não, não...não farei isso.
Assim dito, assim feito...fui procurar os melhores ângulos e não achei. A única coisa que dava pra ver legal era os treinos de parada de boxes. Me posicionei em cima do boxe de Barrichello e fiquei acompanhando a diversão. Assim passou a sexta, sem grandes atrativos, a não ser uma conversa animada com Nelson Piquet (pai) sobre as chances de volta dele às pistas.
No sábado a fartura aumentou, a comida farta era distribuida sem concentimento nenhum, o cardápio tinha até lagosta, o fluxo de modelos aumentou consideravalmente, os pilotos subiam para falar com os patrocionadores. De perto vi Barrichello (que peguei um autógrafo), Piquet, Moreno, Schumacher e Villeneuve.
No domingo, em meio a distribuição de sorvetes e energéticos, a hora da corrida foi se aproximando e só quando faltava uma hora para a corrida é que o local ficou completamente cheio. Escolhi 2 lugares para acompanhar a corrida, um com vista para o S do Senna para ver a largada e o outro em cima do boxes de Barrichello para ver o restante da corrida e as trocas de pneus e rebastecimento. Mais do que isso não se consegue ver por lá.
E assim foi, na largada uma surpresa no S do Senna com a saída de vários carros e o carro de Barrichello parado no grid. Na segunda, tudo correu dentro da normalidade e o resultado da corrida já faz parte da história.
A volta foi cheia de interrogações e uma dúvida pairava na minha cabeça. Porque pagar tudo isso, se você pode ficar no G e se divertir muito mais?
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3 comentários:
pra quem gosta de corrida, o paddock é uma merda... se é pra ver na tv, melhor ficar em casa, hehe!!!
Pra quem pode pagar, e ter a chance de ver de perto algumas celebridades, pegar autógrafos, fotos, visitar boxes, ouvir de pertinho o ronco...até vale como experiência.
Mas ver o bicho pegar mesmo, é nas arquibancadas.
Setor G, de preferência!!
Belo texto!!! Como nunca fui ao paddock não posso comparar, mas que ver os carros na placa de 50m do G é sensacional, ah isso é!!!!
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