quinta-feira, 27 de agosto de 2009
F-1 2010: O MERCADO DE PILOTOS*
* Por Rodrigo Mattar
A partir do GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, espera-se que o mercado de pilotos para 2010 comece a se mexer. Nesta época, em outras e saudosas temporadas, a movimentação da “rádio paddock” já abalava as estruturas da Fórmula 1. E enquanto algumas equipes mantém um temeroso silêncio, outras apontam que pouco ou nada mudarão para o próximo ano.
Dentro das possibilidades, vamos ver como as equipes poderão ficar no próximo campeonato:
Brawn GP
Atual líder do campeonato e possível campeã mundial de Construtores em 2009, a Brawn GP fechou um acordo de três anos de contrato com um patrocinador ainda não revelado - mas que com plena certeza não será a Virgin. Ross Brawn ainda não tem o fornecedor de motor para o próximo ano e esta talvez seja a principal dúvida que paira sobre sua cabeça, pois quanto aos pilotos tudo indica que a formação será a mesma: Jenson Button e Rubens Barrichello, que está a caminho de sua 18ª temporada e da impressionante marca de 300 GPs disputados!
Red Bull
A paciência de Dietrich Mateschitz, Helmut Marko e dos demais engenheiros e técnicos chegou ao fim. A parceria com a Renault não se repetirá em 2010 e para o próximo campeonato já foram iniciadas tratativas com a Mercedes-Benz. E fica a pergunta: será que Norbert Haug e sua turma vão virar fornecedores de motor de quase meio grid? Quanto aos pilotos, tudo na mesma: Sebastian Vettel e Mark Webber tiveram seus contratos renovados e lá ficarão.
Ferrari
A tradicional escuderia de Maranello só promoveu uma mudança para 2010: a ascensão de Nicholas Tombazis ao posto de aerodinamicista da equipe de Fórmula 1. E nada mais. Um contrato com o Banco Santander deve ser anunciado por ocasião do GP da Itália e a imprensa espanhola, por seu turno, não se cansa de dizer que o futuro de Fernando Alonso é vermelho. Só que o campeão de 2007 Kimi Räikkönen tem contrato até o fim do ano que vem, assim como Felipe Massa. A permanência do brasileiro é certa. Já o finlandês…
McLaren
Martin Whitmarsh diz que a McLaren não está negociando com nenhum piloto para 2010. Mas Norbert Haug o desmente: a equipe tem interesse claro em Nico Rosberg e fará o possível e o impossível para tê-lo na próxima temporada. Uma outra solução no mercado seria Adrian Sutil, que faria como ninguém o papel de segundo piloto de Lewis Hamilton, é rápido e já trabalhou com o britânico na Fórmula 3, quando dividiam a antiga escuderia ASM. Certo é que Heikki Kövalainen não terá seu contrato renovado.
Toyota
Os japoneses são tidos como uma dúvida tremenda para 2010. A Toyota nunca venceu na Fórmula 1 e a equação de investimentos altíssimos com resultados irregulares levou até à notícia de que o time presidido por John Howett tem interesse no concurso de Jenson Button, que seria tirado da Brawn a peso de ouro - provavelmente para a vaga de Jarno Trulli, que não deve ficar por lá. Timo Glock, caso a Toyota continue, será um dos pilotos. O outro é incógnita.
Williams
Treze anos depois, a Williams pode reviver a parceria com a Renault, que rendeu títulos mundiais a Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill e Jacques Villeneuve. Mesmo sem a força de outrora, a equipe vai colecionando bons resultados graças a Nico Rosberg, que deve ir embora. Outro Nico, o Hülkenberg, tem boa cotação no mercado e o título da GP2 pode ajudá-lo a chegar na Fórmula 1. Fontes confirmam que Nelson Ângelo Piquet é outro nome com boa possibilidade de conquistar uma vaga de titular para 2010.
Renault
A exemplo da Toyota, é outra montadora que tem situação incerta na Fórmula 1. Para 2010, terá que buscar um novo patrocinador: a ING cai fora no fim do contrato. E Fernando Alonso também pode abandonar o barco e assinar com a Ferrari. Caso continue, Romain Grosjean é nome certo. O outro, que ganhou força no mercado pois está livre e é uma boa aquisição é o polonês Robert Kubica - ironicamente demitido do Renault Driver Development (RDD) há alguns anos.
BMW Sauber / nova equipe
A BMW Sauber está fora em 2010. Uma equipe inteira fica desempregada e muitos profissionais sem dúvida serão aproveitados em outras equipes da Fórmula 1. Os dois pilotos, Robert Kubica e Nick Heidfeld, serão liberados dos seus contratos e são peças importantes no mercado. A FIA deve anunciar brevemente a substituta do time bávaro: fala-se em Epsilon Euskadi, equipe espanhola sediada no País Basco e também na Prodrive, de David Richards.
A Epsilon Euskadi tem excepcional estrutura técnica, Joan Villadelprat na chefia e possivelmente usará o “power train padrão” da FIA: câmbio X-Trac e motor Cosworth. A Prodrive, que já negociara com a McLaren para ser uma espécie de time B, não esconde que se chegar à F-1 deve entrar com motores Mercedes. Nenhum piloto foi cogitado por ambos os times - por enquanto.
Toro Rosso
O time dirigido por Franz Tost é hoje o pior da categoria. Seus carros, mesmo com a evolução recente implementada pela Red Bull, já levam “couro” da Force India e deram um passo pra trás do início do ano pra cá. O pacote técnico com motor Ferrari deve ser mantido, mas a equipe precisa de um nome com experiência de Fórmula 1 para evoluir. Não é com Sébastien Buemi e Jaime Alguersuari que isso irá acontecer.
Force India
O time de Vijay Malliya experimentou uma boa evolução ao longo do campeonato, com um novo pacote aerodinâmico que corrigiu em parte as falhas de projeto do VMJ02. Para 2010, espera-se um carro ainda melhor. Os motores são incerteza e os pilotos também. Giancarlo Fisichella (em fim de carreira) e seu companheiro de equipe Adrian Sutil dificilmente ficarão. Fala-se em Vitantonio Liuzzi voltando depois de um tempo ausente e até em Karum Chandhok, notório desafeto do proprietário da Force India. A ver.
Manor Motorsport
A equipe de John Booth, com Nick Wirth no comando técnico, já tem contrato com a Virgin de Richard Branson e por conta do acordo poderá mudar de nome para Virgin Racing (xiii…) no campeonato de 2010. Ainda não falou-se em pacote técnico, mas os pilotos começam a ser alvo de boatos no mercado. Três nomes surgem vinculados a esta equipe: Adam Carroll, Paul Di Resta e Lucas Di Grassi, todos estreantes na Fórmula 1.
Campos Meta
Adrián Campos, antigo piloto de Fórmula 1 entre 1987 e 1988, não quer entrar pela porta dos fundos e terá o auxílio luxuoso da Dallara para fazer valer seu projeto. Se a Epsilon Euskadi não for confirmada na vaga da BMW Sauber, ele terá o primeiro time espanhol da história da categoria. Ninguém fala no uso do motor Cosworth e do câmbio X-Trac para 2010, isto é um mero detalhe.
Mas os pilotos são, assim como na Manor, alvo de uma intensa boataria. Ao mesmo tempo em que se cogita uma dupla formada pelo experiente Pedro de la Rosa - “o grande esquecido da categoria”, nas palavras do dono da equipe - e por Vitaly Petrov, atual piloto do time na GP2, Adrián Campos dá uma tremenda bandeira sobre o brasileiro Bruno Senna. “É uma opção muito boa no mercado”, disse. O mexicano Sérgio Perez também é considerado, em razão do forte patrocínio que traz consigo - Telmex, do bilionário Carlos Slim Helu.
US F1
A equipe de Ken Anderson e Peter Windsor, com sua base montada em Winston-Salem, na Carolina do Norte (EUA), já tem dinheiro: o aporte financeiro para 2010 vem do bolso de Chad Hurley, co-fundador do Youtube, hoje associado ao Google, um dos maiores portais de busca da internet. E eles já se conformaram que não poderão contar com pilotos 100% nascidos nos EUA para os dois cockpits - não existem boas opções no mercado.
Uma delas é Jonathan Summerton, que vem sendo cotado pela imprensa internacional junto a outros nomes com experiência, como o austríaco Alex Wurz (informa Luiz Fernando Ramos, em seu blog, que Peter Windsor_chefe da equipe_ esteve em Viena para falar com o piloto e também buscar patrocíno da Superfund) e também o britânico Anthony Davidson. Mas a última bomba sobre o futuro da US F1 está vinculada a um grande nome do Rali: Sébastien Loeb quer a Fórmula 1 e não é pra menos: encantado com a categoria depois de um excelente teste no fim do ano passado com um carro da Red Bull, o francês também foi cotado para substituir o xará Bourdais na Toro Rosso e há quem diga que em Abu Dhabi é ele quem estará sentado no carro #11, em vez do espanhol Jaime Alguersuari.
Mas vamos esperar. O mercado de pilotos mal entrou em ebulição. A dança dos cockpits está só começando…
A partir do GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, espera-se que o mercado de pilotos para 2010 comece a se mexer. Nesta época, em outras e saudosas temporadas, a movimentação da “rádio paddock” já abalava as estruturas da Fórmula 1. E enquanto algumas equipes mantém um temeroso silêncio, outras apontam que pouco ou nada mudarão para o próximo ano.
Dentro das possibilidades, vamos ver como as equipes poderão ficar no próximo campeonato:
Brawn GP
Atual líder do campeonato e possível campeã mundial de Construtores em 2009, a Brawn GP fechou um acordo de três anos de contrato com um patrocinador ainda não revelado - mas que com plena certeza não será a Virgin. Ross Brawn ainda não tem o fornecedor de motor para o próximo ano e esta talvez seja a principal dúvida que paira sobre sua cabeça, pois quanto aos pilotos tudo indica que a formação será a mesma: Jenson Button e Rubens Barrichello, que está a caminho de sua 18ª temporada e da impressionante marca de 300 GPs disputados!
Red Bull
A paciência de Dietrich Mateschitz, Helmut Marko e dos demais engenheiros e técnicos chegou ao fim. A parceria com a Renault não se repetirá em 2010 e para o próximo campeonato já foram iniciadas tratativas com a Mercedes-Benz. E fica a pergunta: será que Norbert Haug e sua turma vão virar fornecedores de motor de quase meio grid? Quanto aos pilotos, tudo na mesma: Sebastian Vettel e Mark Webber tiveram seus contratos renovados e lá ficarão.
Ferrari
A tradicional escuderia de Maranello só promoveu uma mudança para 2010: a ascensão de Nicholas Tombazis ao posto de aerodinamicista da equipe de Fórmula 1. E nada mais. Um contrato com o Banco Santander deve ser anunciado por ocasião do GP da Itália e a imprensa espanhola, por seu turno, não se cansa de dizer que o futuro de Fernando Alonso é vermelho. Só que o campeão de 2007 Kimi Räikkönen tem contrato até o fim do ano que vem, assim como Felipe Massa. A permanência do brasileiro é certa. Já o finlandês…
McLaren
Martin Whitmarsh diz que a McLaren não está negociando com nenhum piloto para 2010. Mas Norbert Haug o desmente: a equipe tem interesse claro em Nico Rosberg e fará o possível e o impossível para tê-lo na próxima temporada. Uma outra solução no mercado seria Adrian Sutil, que faria como ninguém o papel de segundo piloto de Lewis Hamilton, é rápido e já trabalhou com o britânico na Fórmula 3, quando dividiam a antiga escuderia ASM. Certo é que Heikki Kövalainen não terá seu contrato renovado.
Toyota
Os japoneses são tidos como uma dúvida tremenda para 2010. A Toyota nunca venceu na Fórmula 1 e a equação de investimentos altíssimos com resultados irregulares levou até à notícia de que o time presidido por John Howett tem interesse no concurso de Jenson Button, que seria tirado da Brawn a peso de ouro - provavelmente para a vaga de Jarno Trulli, que não deve ficar por lá. Timo Glock, caso a Toyota continue, será um dos pilotos. O outro é incógnita.
Williams
Treze anos depois, a Williams pode reviver a parceria com a Renault, que rendeu títulos mundiais a Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill e Jacques Villeneuve. Mesmo sem a força de outrora, a equipe vai colecionando bons resultados graças a Nico Rosberg, que deve ir embora. Outro Nico, o Hülkenberg, tem boa cotação no mercado e o título da GP2 pode ajudá-lo a chegar na Fórmula 1. Fontes confirmam que Nelson Ângelo Piquet é outro nome com boa possibilidade de conquistar uma vaga de titular para 2010.
Renault
A exemplo da Toyota, é outra montadora que tem situação incerta na Fórmula 1. Para 2010, terá que buscar um novo patrocinador: a ING cai fora no fim do contrato. E Fernando Alonso também pode abandonar o barco e assinar com a Ferrari. Caso continue, Romain Grosjean é nome certo. O outro, que ganhou força no mercado pois está livre e é uma boa aquisição é o polonês Robert Kubica - ironicamente demitido do Renault Driver Development (RDD) há alguns anos.
BMW Sauber / nova equipe
A BMW Sauber está fora em 2010. Uma equipe inteira fica desempregada e muitos profissionais sem dúvida serão aproveitados em outras equipes da Fórmula 1. Os dois pilotos, Robert Kubica e Nick Heidfeld, serão liberados dos seus contratos e são peças importantes no mercado. A FIA deve anunciar brevemente a substituta do time bávaro: fala-se em Epsilon Euskadi, equipe espanhola sediada no País Basco e também na Prodrive, de David Richards.
A Epsilon Euskadi tem excepcional estrutura técnica, Joan Villadelprat na chefia e possivelmente usará o “power train padrão” da FIA: câmbio X-Trac e motor Cosworth. A Prodrive, que já negociara com a McLaren para ser uma espécie de time B, não esconde que se chegar à F-1 deve entrar com motores Mercedes. Nenhum piloto foi cogitado por ambos os times - por enquanto.
Toro Rosso
O time dirigido por Franz Tost é hoje o pior da categoria. Seus carros, mesmo com a evolução recente implementada pela Red Bull, já levam “couro” da Force India e deram um passo pra trás do início do ano pra cá. O pacote técnico com motor Ferrari deve ser mantido, mas a equipe precisa de um nome com experiência de Fórmula 1 para evoluir. Não é com Sébastien Buemi e Jaime Alguersuari que isso irá acontecer.
Force India
O time de Vijay Malliya experimentou uma boa evolução ao longo do campeonato, com um novo pacote aerodinâmico que corrigiu em parte as falhas de projeto do VMJ02. Para 2010, espera-se um carro ainda melhor. Os motores são incerteza e os pilotos também. Giancarlo Fisichella (em fim de carreira) e seu companheiro de equipe Adrian Sutil dificilmente ficarão. Fala-se em Vitantonio Liuzzi voltando depois de um tempo ausente e até em Karum Chandhok, notório desafeto do proprietário da Force India. A ver.
Manor Motorsport
A equipe de John Booth, com Nick Wirth no comando técnico, já tem contrato com a Virgin de Richard Branson e por conta do acordo poderá mudar de nome para Virgin Racing (xiii…) no campeonato de 2010. Ainda não falou-se em pacote técnico, mas os pilotos começam a ser alvo de boatos no mercado. Três nomes surgem vinculados a esta equipe: Adam Carroll, Paul Di Resta e Lucas Di Grassi, todos estreantes na Fórmula 1.
Campos Meta
Adrián Campos, antigo piloto de Fórmula 1 entre 1987 e 1988, não quer entrar pela porta dos fundos e terá o auxílio luxuoso da Dallara para fazer valer seu projeto. Se a Epsilon Euskadi não for confirmada na vaga da BMW Sauber, ele terá o primeiro time espanhol da história da categoria. Ninguém fala no uso do motor Cosworth e do câmbio X-Trac para 2010, isto é um mero detalhe.
Mas os pilotos são, assim como na Manor, alvo de uma intensa boataria. Ao mesmo tempo em que se cogita uma dupla formada pelo experiente Pedro de la Rosa - “o grande esquecido da categoria”, nas palavras do dono da equipe - e por Vitaly Petrov, atual piloto do time na GP2, Adrián Campos dá uma tremenda bandeira sobre o brasileiro Bruno Senna. “É uma opção muito boa no mercado”, disse. O mexicano Sérgio Perez também é considerado, em razão do forte patrocínio que traz consigo - Telmex, do bilionário Carlos Slim Helu.
US F1
A equipe de Ken Anderson e Peter Windsor, com sua base montada em Winston-Salem, na Carolina do Norte (EUA), já tem dinheiro: o aporte financeiro para 2010 vem do bolso de Chad Hurley, co-fundador do Youtube, hoje associado ao Google, um dos maiores portais de busca da internet. E eles já se conformaram que não poderão contar com pilotos 100% nascidos nos EUA para os dois cockpits - não existem boas opções no mercado.
Uma delas é Jonathan Summerton, que vem sendo cotado pela imprensa internacional junto a outros nomes com experiência, como o austríaco Alex Wurz (informa Luiz Fernando Ramos, em seu blog, que Peter Windsor_chefe da equipe_ esteve em Viena para falar com o piloto e também buscar patrocíno da Superfund) e também o britânico Anthony Davidson. Mas a última bomba sobre o futuro da US F1 está vinculada a um grande nome do Rali: Sébastien Loeb quer a Fórmula 1 e não é pra menos: encantado com a categoria depois de um excelente teste no fim do ano passado com um carro da Red Bull, o francês também foi cotado para substituir o xará Bourdais na Toro Rosso e há quem diga que em Abu Dhabi é ele quem estará sentado no carro #11, em vez do espanhol Jaime Alguersuari.
Mas vamos esperar. O mercado de pilotos mal entrou em ebulição. A dança dos cockpits está só começando…
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2 comentários:
chutar de bico tb vale...
Mas não tá ruim essa análise não, tem bastante coisa coerente, mas, concordo o último parágrafo.
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