domingo, 14 de junho de 2009
NO TEMPO DO CARBURADOR: A Formula 1, sua evolução ou o que faz a grana...
Em agosto poderemos relembrar os F1 “antigos” e o pessoal mais carburador relembrar alguns bólidos, como eram chamados naquele tempo. Difícil vai ser não lembrar Interlagos velho, ver a negrinha (Lotus 72 D) do Emerson fazendo a 1 e 2, flap, ou seja de pé em baixo, contra-esterçando, ou o pessoal maluco que ficava de costas para a pista tentando descobrir se o próximo carro era uma Ferrari, um Matra ou um simples Cosworth. Acampar de quinta a noite até domingo, sem banho, comida, banheiro... Às vezes em treino o pessoal fazia o anel externo para economizar a volta, só que com aceleração plena! Lembrar 75, quando em pleno retão a UOP Shadow de Jarrier quebra deixando a vitória a Brabham de Pace e o segundo com a McLaren M23 de Emerson. Bons tempos?
Os carros duravam algumas temporadas, a Lotus durou de 72 a 76, a McLaren de 73 a 78, sendo o primeiro carro do Piquet, alguns carros eram alugados aos melhores pilotos locais que disputavam a prova local, os montadores da F1, eram malucos que compravam motor, freio, suspensão e cambio e com muita intuição, improvisação e TESÃO pela coisa metiam a cara e a pouca grana nos carros. Nos testes de pneus em Interlagos, quem conseguia entrar na área dos boxes, auxiliava da maneira que podia, sendo empurrando o Copersucar da fábrica até a entrada do portão principal ou, imagine a cena hoje, parando o transito para o carro amarelo passar.
A improvisação para os PADRÕES DE HOJE, eram totais, em 72 a Lotus pegou fogo e foi restaurada de sexta para sábado com fibra de vidro e pintura do Sidnei Mosca, peças de reserva? Muito poucas. Quando o Emerson testou o Copersucar em túnel de vento na Embraer todos achavam coisa de maluco, o comum era encher o carro com fitas adesivas e andar com ele pela pista com alguns carros filmando e/ou fotografando para ver o fluxo de ar. E olha os carros que saíram...
Hoje, o pessoal (as empresas) não brinca mais se fica uma temporada sem fazer nada, gastam uma nota absurda, vejam a briga atual para teto de gastos, tem mil engenheiros, estrategistas, metereologistas, massagistas, o cara que só troca o pneu esquerdo dianteiro, o que só abastece e vem um time pequeno que só tem grana para correr a temporada e enfia 6 corridas em 7 e mais uma equipe pequena faz a outra vitória.
Honda desiste, Ford desiste, Renault ameaça assim como a Toyota, em Interlagos veremos o que alguns abnegados fizeram e acabaram fazendo história.
Para quem viveu, presenciou a certeza de que a Copersucar, Emerson, Divila e companhia foram pessoas atemporais adiante de seu tempo, isso sem contar uma nova geração de engenheiros, projetistas que até hoje estão na moda.
Talvez este pessoal foi o último a ter TESÃO naquilo que fazia, dinheiro não era obrigatoriamente tudo.
Talvez em agosto poderemos resgatar ainda alguma coisa daqueles tempos, Interlagos já não é o mesmo, a corrida já não é mais no verão, nós não somos mais os mesmos, porém a chama ainda persiste e o máximo que podemos fazer atualmente é passá-la para algum outro doido e este dar continuação a história.
Um grande abraço e até a próxima, Dr. Roque
Os carros duravam algumas temporadas, a Lotus durou de 72 a 76, a McLaren de 73 a 78, sendo o primeiro carro do Piquet, alguns carros eram alugados aos melhores pilotos locais que disputavam a prova local, os montadores da F1, eram malucos que compravam motor, freio, suspensão e cambio e com muita intuição, improvisação e TESÃO pela coisa metiam a cara e a pouca grana nos carros. Nos testes de pneus em Interlagos, quem conseguia entrar na área dos boxes, auxiliava da maneira que podia, sendo empurrando o Copersucar da fábrica até a entrada do portão principal ou, imagine a cena hoje, parando o transito para o carro amarelo passar.
A improvisação para os PADRÕES DE HOJE, eram totais, em 72 a Lotus pegou fogo e foi restaurada de sexta para sábado com fibra de vidro e pintura do Sidnei Mosca, peças de reserva? Muito poucas. Quando o Emerson testou o Copersucar em túnel de vento na Embraer todos achavam coisa de maluco, o comum era encher o carro com fitas adesivas e andar com ele pela pista com alguns carros filmando e/ou fotografando para ver o fluxo de ar. E olha os carros que saíram...
Hoje, o pessoal (as empresas) não brinca mais se fica uma temporada sem fazer nada, gastam uma nota absurda, vejam a briga atual para teto de gastos, tem mil engenheiros, estrategistas, metereologistas, massagistas, o cara que só troca o pneu esquerdo dianteiro, o que só abastece e vem um time pequeno que só tem grana para correr a temporada e enfia 6 corridas em 7 e mais uma equipe pequena faz a outra vitória.
Honda desiste, Ford desiste, Renault ameaça assim como a Toyota, em Interlagos veremos o que alguns abnegados fizeram e acabaram fazendo história.
Para quem viveu, presenciou a certeza de que a Copersucar, Emerson, Divila e companhia foram pessoas atemporais adiante de seu tempo, isso sem contar uma nova geração de engenheiros, projetistas que até hoje estão na moda.
Talvez este pessoal foi o último a ter TESÃO naquilo que fazia, dinheiro não era obrigatoriamente tudo.
Talvez em agosto poderemos resgatar ainda alguma coisa daqueles tempos, Interlagos já não é o mesmo, a corrida já não é mais no verão, nós não somos mais os mesmos, porém a chama ainda persiste e o máximo que podemos fazer atualmente é passá-la para algum outro doido e este dar continuação a história.
Um grande abraço e até a próxima, Dr. Roque
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3 comentários:
Sábias palavras, Dr. Roque.
Este assunto tem sido uma tônica ultimamente, diante do "circo" que o circo da F-1 virou!
Mas meu ingresso já está comprado e em agosto estaremos lá, podendo reviver um pouquinho disso.
troco ingresso do GP Brasil F1 2009 pelo ingresso da Historic F1!!!
ah, escreva sempre dr. roque... seus textos fazem falta aqui nesse louco e humilde blog!!!
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