Foi impressionante como a Fórmula 1 em peso reservou um horário na sempre massacrante rotina de um final de semana de corrida para comparecer ao motorhome da Williams na tarde de ontem e reverenciar Rubens Barrichello. Dentro do paddock, o brasileiro goza de imenso respeito e prestígio não só por ser um divertido e amigável colega de trabalho, mas acima de tudo por aliar toda a experiência que sua impressionante marca implica com velocidade e arrojo. Ninguém possui a sensação de estar diante de um veterano decadente que está apenas ocupando o lugar que deveria ser de um jovem talento, como aconteceu com vários de seus contemporâneos.
Mas o que mais me chamou a atenção na bonita homenagem, com direito a charge, bicicleta e um emocionante vídeo, foi olhar para o momento atual do piloto. De como, em pouco mais de dez meses de trabalho em conjunto, ele conseguiu plantar seu nome no coração de uma equipe com tanta tradição e história como a Williams.
O velho Frank era uma das pessoas mais felizes com o evento. Depois de dizer que Rubinho era “tranqüilamente um dos melhores pilotos que passaram em minha equipe”, emendou sua admiração pela recente disputa com Michael Schumacher: “Foi a demonstração mais incrível de determinação e coragem que eu vi pelo menos nos últimos dez anos”. E encerrou agradecendo ao piloto “por tudo o que você fez para a Fórmula 1”. Depois de dezoito temporadas na Fórmula 1, fica a sensação de que o piloto finalmente encontrou a sua casa na categoria.
É interessante ver também outro aspecto desse “Barrichello 300”. As alusões à bandeira brasileira no capacete, carenagem e macacão demonstram como ele valoriza a sua origem – característica comum, aliás, a vasta maioria dos atletas do país em qualquer modalidade. E, depois de uma relação complicada e cheio de conflitos como toda longa relação, a impressão que eu fico é de que ele finalmente está recebendo o respeito e a admiração dos torcedores de seu próprio país. É justamente o melhor presente que ele poderia receber no momento de uma marca tão especial.
2 comentários:
Há tempos falamos isso, essa nossa cultura que só quem ganha presta, e o resto é um inútil, infelizmente é lamentável.
Eu concordo que o Rubinho não tem algumas qualidades que gostaríamos, mas nem por isso devemos deixar de respeita-lo.
São 300 GPs, uma carreira ilibada e numa profissão que o ambiente é, infelizmente um antro. Principalmente depois que a categoria virou negócio puro.
Ele é unanimidade entre pilotos e equipes, pelo seu carisma e respeito.
Parabéns Rubinho!!!
aonde assino, presidente???
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