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terça-feira, 26 de junho de 2012
ALONSO ABRE 100 PONTOS DE VANTAGEM PARA MASSA*
* Por Lucas Berredo
O GP da Europa mais emocionante dos últimos tempos teve finais distintos para a dupla da Ferrari. Com certa dose de sorte, Fernando Alonso contou com o abandono de Sebastian Vettel e a colisão de Lewis Hamilton para assegurar sua segunda vitória na temporada e disparar na liderança do Mundial de Pilotos.
Felipe Massa, em contrapartida, teve outra tarde melancólica. O brasileiro vinha bem na prova até se envolver em um acidente com Kamui Kobayashi, da Sauber, e ter um pneu dianteiro direito estourado, sendo obrigado a realizar uma parada extra nos boxes. Passou a se arrastar na pista, perdeu posição para a Caterham de Vitaly Petrov e cruzou a linha de chegada em 16º lugar, a uma volta de Alonso.
Com isso, a situação na Ferrari chega a um nível abissal: Alonso abre uma vantagem de 100 pontos para o companheiro de equipe no Mundial, uma grande diferença até mesmo para o retrospecto de ambos na Ferrari. Em 2010, à esta altura do campeonato, 27 pontos separavam os dois pilotos, enquanto no ano passado, a vantagem de Alonso subiu para 45. O desnível se estende à performance de classificação, em que o bicampeão mantém uma vantagem de 8 x 0 com uma diferença média de exatos quatro décimos.
A decepção de Massa em Valência surge justamente em um momento no qual o brasileiro demonstrava os primeiros sinais de reação contra o espanhol. O brasileiro, que subiu ao pódio pela última vez na Coreia, em 2010, não deve ter muitas chances em Silverstone, onde historicamente tem desempenhos de medianos para sofríveis.
O feito de Alonso neste domingo também foi notável por ter sido a primeira vez desde Cingapura-2008 (com o próprio espanhol) que um piloto posicionado abaixo do décimo lugar no grid venceu uma prova em um circuito de rua – corridas nas quais o desempenho de classificação costuma ser significativo.
Após 18 anos, um quarentão sobe ao pódio
Neste domingo, em Valência, Michael Schumacher subiu ao pódio pela primeira vez desde seu retorno à F1 em 2010. O heptacampeão, que não experimentava tal honra desde o GP da China, em 2006, se aproveitou do acidente entre Lewis Hamilton e Pastor Maldonado, segurou a pressão de Mark Webber no fim e cruzou a linha de chegada com 12s de desvantagem para Alonso.
Com isso, o alemão se tornou o primeiro piloto com mais de 40 anos a se posicionar entre os três primeiros colocados Desde 1994, quando Nigel Mansell venceu o GP da Austrália, última etapa do campeonato.
Aos 43 anos e 173 dias, Schumi também se tornou o piloto mais velho a se posicionar no top 3 desde Jack Brabham no GP da Inglaterra, em 1970. À época, Jack, “o Velho” – como era chamado pelos competidores –, chegou na segunda colocação atrás de Jochen Rindt, da Lotus, com a tenra idade de 44 anos e 107 dias.
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