sexta-feira, 30 de março de 2012

ALONSO MANTÉM A FERRARI NO PÁREO DA F1*

* Por Jonathan Noble, do AUTOSPORT.com

O que Fernando Alonso deveria estar pensando quando deixava o circuito de Sepang na noite após o GP da Malásia?

Em público, ele dizia todas as coisas corretas – que a corrida não mudava nada e que a Ferrari continuava atrás da concorrência, tendo ainda muito trabalho a ser feito antes de se considerar na luta pelo título.

Mas, de maneira privada, pode ter havido pensamentos diferentes. “Se eu consigo liderar o Mundial com o carro que tenho agora, então imagine o que eu posso fazer quando tiver um equipamento decente”, pode ter murmurado a si mesmo.

Claro, a vitória de Alonso na Malásia não foi nem uma dramática volta por cima da Ferrari, nem algo totalmente isolado como a vitória de Olivier Panis, na chuva, em Mônaco.

Como prova disso, alguns dias depois de Alonso ter ido à caixa de brita de Melbourne com o F2012, não era difícil de imaginar que a equipe de Maranello estivesse na luta pela ponta no início da temporada europeia, em maio, na Espanha.

Foram semanas bastante tumultuadas para a Ferrari. Todo o entusiasmo e otimismo causado pela reestruturação técnica acabaram no primeiro teste, quando o F2012 mostrou ser problemático.

Alonso e Felipe Massa tiveram dificuldades para encontrar o equilíbrio ideal, enquanto a equipe estava correndo atrás do próprio rabo. Quando se solucionava o equilíbrio nas entradas de curva, era um pesadelo no meio e nas saídas; quando se resolvia as saídas e as freadas, as entradas de curva eram um desastre.

Os problemas foram acentuados pelo fato de o carro atingir somente em alguns momentos a janela ideal de performance dos pneus. Por vezes, o ritmo em longa distância não era tão ruim e os pilotos encontravam velocidade e consistência. Quando eles tentavam repetir essas voltas em uma condição climática levemente diferente, o carro simplesmente não andava.

Além de tentar resolver o que havia de errado, também houve mais complicações causadas pelo esforço da equipe em tentar modificar o desenho de seu escapamento. O conceito que a Ferrari adotou deste o início não funcionou, então o time perdeu terreno ao ter de fazer um novo desenho.

É só juntar todos esses dramas – além do fato de a concorrência parecer ter melhorado consideravelmente – que indubitavelmente a equipe iria para a primeira corrida do ano esperando pelo pior.

No fundo, havia a esperança de que os testes mostrassem um cenário completamente errado e que a equipe estaria logo atrás de Red Bull e McLaren. Foi quando nem Massa nem Alonso conseguiram chegar ao Q3 em Albert Park. Era iminente um domingo sem pontos na abertura da temporada.

A bela performance de Alonso em Melbourne, onde o espanhol foi perfeito e conseguiu marcar uma boa quantia de pontos, foi o primeiro sinal de que nem tudo estava ruim como parecia. Especialmente porque isso aconteceu em uma pista que demanda boa tração – algo que a F2012 não tem.

O teste de fogo para a Ferrari viria na Malásia, uma pista com alta exigência aerodinâmica (outro ponto em que o carro é fraco no momento) e cujas altas temperaturas poderia evidenciar ainda mais deficiências.

A classificação foi animadora para a equipe e sugeriu que os problemas não eram tão graves quanto pareciam. No Q2, Alonso ficou a seis décimos do tempo de Kimi Raikkonen, enquanto, no Q3, um problema no Kers fez com que não desse para ver exatamente o quão próximo o espanhol estava do restante do pelotão.

Mesmo assim, talvez uma melhoria de alguns décimos do segundo por conta das revisões planejadas pela Ferrari possa ser o suficiente para colocar a equipe de volta no jogo.

Muita coisa na F1 se trata de aproveitar as oportunidades que surgem em seu caminho e as circunstâncias certamente favoreceram Alonso. As esperanças de Lewis Hamilton, favorito antes da prova, evaporaram após a Ferrari decidir antecipadamente que faria um troca-troca nos boxes com Alonso e Massa, atrasando a entrada da McLaren no pitlane.

Mais tarde, quando Sergio Pérez perseguia a Ferrari, dois momentos se mostraram fundamentais: a Sauber chamou seu piloto para os boxes uma volta mais tarde do que Alonso para colocar os pneus slick, e depois, o mexicano fez uma excursão pela área de escape. Juntos, os dois erros provavelmente custaram 10 segundos para Pérez – quase a diferença entre o vencedor e o segundo colocado.

Mas apesar da vitória de Alonso e da situação no campeonato, a Ferrari não ignora sua situação: o pacote de atualização para o F12 – com revisão nos defletores laterais, na carenagem traseira e nos radiadores – será fundamental para a equipe saber se poderá fazer uma temporada acima da expectativa para 2012.

O potencial para melhorar uma base de referência ruim será um impulso para o moral da equipe – isto é, o time poderá arrancar mais tempo de volta do carro do que, dizem, a McLaren, que pareceu ter um chassi bastante competitivo desde o início.

Há outro fator que trabalha a favor da Ferrari: as características únicas dos pneus deste ano. O alto desgaste visto até agora tem dificultado a vida das equipes, com um desequilíbrio enorme entre os carros bons nos sábados e não nos domingos (Mercedes) e vice-versa (Sauber).

Parece também que, se você não tem caminho livre para andar com seu próprio ritmo, os pneus não aguentam. Você acaba correndo abaixo da velocidade máxima, com a temperatura dos pneus saindo da janela ideal. E aí o desgaste aumenta.

Aprender a lidar com este fator é vital, quer dizer, mesmo as equipes com carro de melhor desempenho sofrerão com o comportamento dos pneus na corrida.

Se há um fator que a Ferrari não precisa se preocupar, porém, é o homem no cockpit. Alonso foi sensacional nas duas corridas, principalmente ao comparar o desempenho dele com os erros e as frustrações vivenciadas por Jenson Button, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel.

Onde isso levará a Ferrari só ficará claro quando Alonso desligar o motor no fim do GP da Espanha. Se ele estacionar o carro no parque fechado, a caminho do pódio, sem perder muito terreno ao longo das duas próximas corridas (um molhado GP da China poderia ser uma bênção ao espanhol), e o grid ainda estiver à procura da melhor forma de trabalhar os pneus, a equipe entrará no jogo.

Mas lembre-se: na cabeça de Alonso, provavelmente já entrou.

GP BRASIL: 40 ANOS DE HISTÓRIA

No início dos anos 70, a campanha do governo era “Este é um país que vai prá frente...” A recessão no mundo por causa do petróleo era grande (hoje temos marolinha, pré-sal...) e a gente andava de Ford Galaxie, Dodge Dart..., éramos campeões do mundo com o futebol, éramos campeões de F-Ford, Fórmula 3, tínhamos o piloto que conseguiu a 1ª vitória na F1 para o Brasil e com muito empenho do Antonio Carlos Scavone, o dinossauro da rede plin-plin (TV Paulista, canal 5), e aproveitando a influência do Emerson e da corrida no país dos “hermanos”, teríamos a 1ª prova de Fórmula 1 no Brasil.

Ah, em tempo, era o ano do Sesquicentenário da Independência!!! E no dia 31 (de março) comemorava-se 8 anos da revolução de 1964!

A prova foi disputada em uma quinta feira, dia 30 de março, com os pilotos brasileiros, Emerson (Lotus), Wilsinho (Brabham) e Luis Pereira Bueno com uma March alugada pela equipe Hollywood e José Carlos Pace com a Williams-Iso.

O público foi recorde, aproximadamente 30.000 pessoas em plena quinta feira!

Naqueles tempos, só se chegava de carro ou de ônibus, e o público se espalhava por todo o circuito, o clima era parecido com piquenique, e adivinhem: Invasão de pista para ver os carros. A novidade era que ninguém das equipes ligava muito, era só não querer pegar um suvenir diferente como uma roda, um bico...Adesivo até que podia.

Mais novidade, Luis Pereira Bueno, com a March, quebra o recorde de velocidade do anel externo de Interlagos, com 211, 963 Km/h.

Na corrida houve a liderança de Wilsinho nas primeiras voltas e depois a liderança de Emerson. Pena que a 5 voltas do fim, quebra a suspensão traseira da “negrinha” como ele chamava a Lotus 72 D, com patrocínio da JPS.

E a primeira decepção em GP’s Brasil, vitória de um argentino, Carlos Reutmann, com a Brabham.

A classificação final foi: 1º Carlos Reutmann; 2º Ronnie Peterson, 3º Wilsinho Fittipaldi; 4º Helmut Marko, 5º Dave Walker e 6º Luis Pereira Bueno.

Como a prova era extra-campeonato, não contava pontos para o mundial, seria para checar a organização, etc... E neste ponto quase que o povão coloca tudo a perder com o lançamento de copos, latinhas na pista, fora a quantidade de papel picado o que atrapalhou a vida de alguns pilotos, entre eles José Carlos Pace.

Já nesta corrida se checava quem era piloto e fazia a curva 1 e 2 flap (de pé em baixo)_ são as curvas que estão logo após a entrada do “S” do Senna, seguindo pela reta dos boxes_, faziam todo o retão, onde ficamos sofrendo hoje, curva 3... Reta oposta, curva do Sol, Sargento, Laranjinha, Ferradura, Pinheirinho...



Hoje se sente falta da curva do Sol e principalmente a Ferradura, ver os carros saindo de traseira e a correção em sobresterço dos pilotos era coisa prá gente grande, acho que a maioria dos pilotos de hoje não conseguiriam fazê-las sem este monte de equipamentos eletrônicos.

No final da corrida, o calor era de uns 30 graus, mas nada que um Guaraná Champagne da Antarctica, vendida na frente do Autódromo, não resolvesse.

E no caminho de volta, no ponto de ônibus comentários sobre o ronco dos motores, a corrida, nada diferente dos dias de hoje, os mesmos sentimentos de querer mais na próxima, na próxima, e olha que lá se vão 38 anos, provavelmente a maioria dos futuros dinossauros que fazem parte da GGOO nem havia cogitado vir ao mundo e principalmente gostar de F1...

Grande abraço, Dr. Roque.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Começo de temporada difícil desestabilizou Vettel*

* Por Lívio Oricchio

Na Austrália não foi o caso, mas em Sepang, depois do treino de classificação, li na forma de Sebastian Vettel reagir conosco, na entrevista coletiva, um piloto em claro desconforto. O que, convenhamos, é natural, em especial para um menino de 24 anos que, na temporada passada, era a referência para todos na Fórmula 1.

Por mais que soubesse que a proibição do escapamento aerodinâmico faria a Red Bull perder desempenho, com certeza Vettel não se imaginava fora da luta pelas vitórias e pole positions, como foi até agora, depois de duas etapas disputadas, Austrália e Malásia. Se depois da classificação senti Vettel incomodado, depois da corrida dá para afirmar: irritado e, diante da reação com o incidente envolvendo Narain Kathikeyan, um tanto desestabilizado.

Expor o dedo médio ao indiano, imagem que percorreu o mundo, pode até lhe valer uma punição. Há no documento de cessão da superlicença da FIA um texto em que especifica comportamentos passíveis de punição. Dentre eles está esse, o de fazer gestos obscenos a outro concorrente ou mesmo aos comissários e à torcida. A pena vai da simples advertência a eventual suspensão de uma ou mais etapas do calendário. Apostaria que apenas chamarão a atenção de Vettel. Não faria sentido punição maior, até porque o alemão não é frequês das convocações dos comissários.

Fiquei impressionado, na sala de imprensa, domingo, em Sepang, ao receber o comunicado da FIA informando que o indiano da HRT foi punido com a perda de dez colocações no grid no GP da China, próximo do calendário, dia 15. Dispomos na sala de imprensa das imagens da corrida, repetidas vezes. E vi pelo menos umas três ocasiões a cena em que Vettel e Karthikeyan se tocam.

Tenho uma opinião: o indiano não tem culpa alguma no ocorrido. Vettel o ultrapassou por dentro, na curva, e deslocou a Red Bull para o ponto de saída normal, sem levar em conta que aquela era a trajetória de Karthikeyan. Não foi o piloto da HRT que tocou na Red Bull, mas o carro de Vettel que se deslocou onde vinha passando Karthikeyan. E essa é a visão de vários pilotos que viram a cena ainda no domingo no autódromo, como por exemplo a dupla da Force India, Nico Hulkenberg e Paul Di Resta, e o agora comentarista David Couthard.

Esse estado de instalibilidade do jovem talentoso piloto alemão, não por acaso bicampeão do mundo, gerou o descumprimento de uma ordem da equipe que deve ter, com certeza, lhe custado uma conversa séria com Christian Horner, diretor do seu time. A telemetria acusou temperatura muito elevada nos freios, a ponto de seu engenheiro, Guillaume Rocquelin, definir a situação como “emergência”.

O rádio de Vettel deixou de funcionar no início da prova. Por esse motivo os mecânicos lhe expuseram a placa para entrar nos boxes, abandonar a corrida. E muito provavelmente Vettel a viu. Mas não a cumpriu. Li na internet que ao ser perguntado pelos jornalistas a esse respeito, Horner respondeu que conversaria com seu piloto.

Não deve ser fácil para Vettel sentir-se o centro das atenções, por méritos da Red Bull, que concebeu em 2011 um projeto excepcional, e seus, ao conduzi-lo com maestria tamanha que seus números o colocam ao lado dos grandes da história, e de repente compreender que é, agora, um ator coadjuvante do espetáculo. Ao menos até Adrian Newey introduzir avanços no modelo RB8 que o permita ser tão rápido quando o MP4/27 da McLaren, o mais eficiente neste início de campeonato.
Sobre Newey, vale a pena recordar a frase que me disse, no fim do ano passado: “Da forma como o regulamento foi definido, não há uma única área onde um projetista, usando a critividade, possa desenvolver uma solução que permita a seu carro ser bem mais eficiente que o da concorrência. Nivelaram a Fórmula 1 por baixo. Proibiram a criatividade.”

Foi a primeira vez que vi o engenheiro inglês, a quem conheço desde os testes de pneus realizado em Jacarepaguá, no começo de 1989, portanto há 23 anos, quando era o responsável pelos monopostos da March, assim por dizer revoltado. Na realidade, no ano passado, em Valência, conversei informalmente com ele. Newey quis saber a posição geral da imprensa quanto à eventual proibição do escapamento aerodinâmico durante a temporada.

A FIA o proibiu no GP da Grã-Bretanha, num casuísmo poucas vezes visto, um acinte às regras. Desejavam que a definição do campeonato se estendesse e não que Vettel conquistasse o título com tanta antecedência. Insisto: fruto da competência da Red Bull e de seu piloto. Newey tinha consciência de que, ao projetar o RB7, junto dos técnicos da Renault e Magneti Marelli, ao redor do conceito do escapamento aerodinâmico, seu carro perderia muito desempenho.

Voltando a Vettel. Depois das provas em Melbourne e Sepang, no ano passado, o arrojado piloto havia explorado as enormes potencialidades do RB7 e conquistado duas vitórias, tendo começado as corridas na pole position. Somava 50 pontos diante de 26 de Jenson Button, McLaren, segundo colocado, resultado do sexto lugar na Austrália e o segundo na Malásia. Hoje, depois das mesmas provas, Vettel tem apenas 18 pontos, da segunda colocação em Melbourne, sexto no Mundial, contra 35 de Fernando Alonso Alonso, da Ferrari, quinto e primeiro este ano.

A realidade técnica da Red Bull nesta temporada está fazendo com que Vettel tenha de manter-se entre os primeiros colocados e não necessariamente liderando sempre a competição, como na maioria das etapas em 2011. Tem, agora, de compreender como administrar a corrida de forma a ascender na classificação. É um desafio distinto do que estava acostumado. Veremos como será sua evolução, este ano, nesse quesito.

Para terminar, fiquei com a impressão, ao ler os comentários no blog, que quis dizer que Massa rendeu tão pouco nos GPs da Austrália e Malásia por realizar testes para a Ferrari. Foi isso mesmo que escrevi. Mas o texto é claro, em alguns dos treinos. Não disse que o desempenho abaixo da crítica nas corridas da Austrália e Malásia tinha essa origem. Foi muito mal mesmo por problemas seus.

Não quero justificar nada em relação a Massa. Apenas que, por exemplo, sexta-feira passada, em Sepang, depois de um bom começo, no treino da manhã, saiu para a sessão da tarde com uma série de mudanças no carro. E em vez de melhorá-lo o tornou inguiável. O mesmo ocorreu em Melbourne.
E critiquei o fato de a Ferrari não ter deixado claro que Massa experimentava ajustes ou mesmos componentes novos no carro, o que ajudaria a entender suas enormes dificuldades para pilotar o modelo F2012 e as diferenças maiores das já existentes para Alonso.

Massa já está em Maranello, sede da Ferrari. Vai trabalhar no simulador, visando o GP da China e ganhar mais confiança com o difícil F2012. Tomara que dê resultados.

quarta-feira, 28 de março de 2012

GGOO BOLÃO F1 2012 - RESULTADOS DO GP MALÁSIA

RESULTADO OFICIAL DA CORRIDA:
Pole Position - HAMILTON
Posição no Grid Aleatória (09º) - PEREZ
Volta mais rápida na corrida - RAIKKONEN
01º colocado na corrida - ALONSO
02º colocado na corrida - PEREZ
03º colocado na corrida - HAMILTON
04º colocado na corrida - WEBBER
05º colocado na corrida - RAIKKONEN
06º colocado na corrida - SENNA
07º colocado na corrida - DI RESTA
08º colocado na corrida - VERGNE
09º colocado na corrida - HULKENBERG
10º colocado na corrida - SCHUMACHER

PONTUAÇÃO NO BOLÃO:
+37 pontos - MARCELÃO
+35 pontos - GUSTAVO LUZÓRIO | ANDRÉ ROQUE
+30 pontos - CÁSSIO LEÃO
+27 pontos - DÉBORA LONGEN
+23 pontos - RUDSON | EGIDIO SILVA | SANDRA BARROS | IGOR DPN
+21 pontos - NETO ROX
+20 pontos - FABRICIO | WALISSON | RUI LENHARI R10 | MARCOS | ANDRÉ DE ITU | JOÃO FELICIANO | DUFF | SANDRA TARALLO | RODRIGO CABRAL | RICARDO
+18 pontos - JOÃO SCHUBERT
+12 pontos - RAFAEL FREITAS
+08 pontos - CÁSSIO EDUARDO | CELSO COELHO | RAFAEL SILVA | A. ROQUE | NATÁLIA WENDY | TIO BRUNO | DR. ROQUE | KAKINHU | S | FABIO MAROTTI | RODRIGO PIOIO | CAROLINA | ROSE STABILE | GILDO A. | MILTON NEVES
+00 pontos - GABRIELA ARGENTINA | CARLOS MONTEIRO | RENNER
-10 pontos - EDUARDO ROCHA | STIK | VANUSA FIRMO | WESLEY | MURILO MOURA | INGO GOES | JORGE | XANDÃO

CLASSIFICAÇÃO GERAL:

O futuro te aguarda*

* Por Luiz Fernando Ramos


Os próximos meses nas notícias da Fórmula 1 serão cheios de rumores, desmentidos, chutes jurando que são furos, furos travestidos de chutes. Tanto faz. Estando sacramentado num contrato ou não, ainda, é incrivelmente óbvio que Sergio Perez substituirá Felipe Massa na Ferrari em 2013. Não apenas pelo contraste entre ambos no GP da Malásia, mas por ser uma decisão que se sustenta em uma série de argumentos inabaláveis.

Em primeiro lugar, a Ferrari precisa justificar o seu programa de desenvolvimento de pilotos, o “Ferrari Driving Academy”. A aposta inicial do FDA, Jules Bianchi, acabou derrapando em resultados abaixo do esperado em duas temporadas na GP2 - apenas uma vitória correndo pela ART. A estratégia então mudou neste ano, colocando-o como piloto reserva na Force Índia (onde não começou bem, atolando o carro na brita na primeira vez que foi à pista na pré-temporada) e na World Series para disputar a temporada.

Já Perez impressionou a Ferrari desde que testou pelo time em setembro do ano passado. E demonstrou desde sua estreia na Fórmula 1 uma facilidade tremenda em fazer os pneus trabalharem a seu favor, sendo inclusive muito econômico com a borracha. Justamente o oposto dos problemas que Felipe Massa vem sofrendo nos dois últimos anos. É como aqueles técnicos de futebol que finalmente encontram um jovem ponta-de-lança canhoto para jogar do lado esquerdo do campo no lugar daquele experiente destro, mas que está em má fase há algum tempo.

Os motivos técnicos e políticos para a troca são claros demais. Se é praticamente certo que ela ocorra, o cerne da discussão será quando ela acontece. Honestamente, não vejo sendo antes do final do ano. Com um carro da Ferrari reconhecidamente ruim (em que pese a liderança de Alonso na tabela), seria um risco muito grande de queimar um novato no time. E Massa tem um contrato firme até o fim da temporada. Parece melhor para Ferrari economizar qualquer tipo de multa, trabalhar ao lado do brasileiro para que ele e o F2012 melhorem e partir para uma organização diferente no ano que vem.

Assim, é só esperar sair o anúncio oficial, talvez lá prá Monza. Não estou garantindo isso, portanto sosseguem: você não leu nada aqui primeiro, não há chute nem furo nesse texto. Apenas uma análise em cima do que as tendências apontam. Algo que, ainda bem, costumo fazer bem feito. E esta de Perez na Ferrari é clara demais para ser ignorada.

COMO PÉREZ SURPREENDEU A F1*

* Por Adam Cooper, colaborador do AUTOSPORT.com

O GP da Malásia foi extraordinário. Qualquer corrida onde os caras que largam em oitavo e nono terminam em primeiro e segundo tem de ser algo excepcional - especialmente se houve apenas um abandono entre os competidores que começaram a prova à frente deles.

Foi uma pena não termos visto uma etapa totalmente disputada em pista seca, já que se trata de um traçado mais típico da F1 do que Melbourne, porque havia coisas muito interessantes a serem observadas, especialmente Sebastian Vettel largando com pneus duros. Mas a corrida em si mais do que compensou tudo isso.

As favoritas ao título, McLaren e Red Bull, tiveram uma tarde complicada e alguns espinhos para superar, mas toda a prova de Sepang se resumiu a dois homens: Fernando Alonso e Sergio Pérez não apenas aproveitaram suas chances, como também humilharam totalmente qualquer oponente que pudesse, em teoria, ser mais rápido.

Isso foi possível, em grande parte, por causa dos pneus. Não apenas por causa do momento certo da escolha de trocar um tipo de composto pelo outro, mas também pela indecifrável arte obscura de mantê-los conservados e em uma janela de performance plena, numa situação onde era fácil cometer erros. Um piloto pode passar de herói para um zero à esquerda muito facilmente se seus pneus não funcionam. Nesse caso, começa uma espécie de espiral decadente, porque, se você perde temperatura, não pode andar rápido, perde a confiança e nunca mais consegue recuperar essa janela.

O mais impressionante é que Alonso e Pérez entraram no páreo com pneus de chuva forte, mas se mantiveram no comando da corrida tanto com os intermediários quanto com os de pista seca. Nenhum outro competidor foi capaz de impor qualquer pressão sobre eles.

Para Pérez, a chave para isso foi o primeiro trecho. Chovia antes da largada e todo mundo largou com os intermediários - exceto a HRT, que tomou a brilhante decisão de começar com os compostos de chuva forte. A decisão não funcionou com Pedro de la Rosa, já que o espanhol sequer conseguiu sair com o carro do grid, mas, assim que a chuva começou a apertar na volta de apresentação, Narain Karthikeyan estampou um sorriso de orelha a orelha em seu rosto.

Ninguém mais teve a ideia de adotar tal tática antes da corrida, bem como, igualmente, ninguém mais teve a sacada de entrar nos pits no fim da volta de apresentação, fazer a troca e largar dos boxes. Ninguém ter feito isso foi extraordinário.

No fim da primeira volta, apenas um piloto optou por mudar a estratégia e foi logo Pérez (Bruno Senna também parou, porém forçado, após danificar sua asa dianteira).

"Foi uma boa tática", avalia o projetista chefe da Sauber, Matt Morris. "Temos que dar os créditos ao piloto: ele estava confiante de que a pista estava pronta para os pneus de chuva forte. Foi uma decisão corajosa por parte da equipe também e isso certamente nos colocou em uma boa posição na relargada. Ele [Pérez] é a pessoa que mais sabe como estão as condições. Nós fazemos apenas aquilo que ele nos solicita. Portanto foi uma grande decisão de sua parte".

Na base do "antes tarde do que nunca", os outros competidores lutaram contra uma pista cada vez mais encharcada, enquanto Pérez escalava o pelotão. Quando o safety car entrou, ele estava em terceiro, atrás apenas das McLaren.

Entretanto, antes da bandeira vermelha, Fernando Alonso subiu de oitavo para quinto, ganhando as posições de Sebastian Vettel e Nico Rosberg na pista, herdando outras duas com o incidente entre Romain Grosjean e Michael Schumacher e perdendo um posto para Pérez.

Aqueles que perderam a hora certa de trocar os intermediários por compostos de chuva forte tiveram a chance de reparar a situação quando surgiu a oportunidade de seguir o caminho inverso. Durante o safety car que sucedeu a bandeira vermelha, ouvimos Nico Rosberg confirmando que voltaria aos intermediários. E ele não foi o único: Jenson Button deixou a segunda posição e liderou a fila que entrou nos boxes ao fim da volta 13, quando a bandeira verde foi acionada novamente.

Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Mark Webber estavam entre os que pararam na volta seguinte, deixando Pérez na liderança. O mexicano demorou mais uma passagem para entrar, acompanhado por Vettel.

Assim como no primeiro pitstop, você pode argumentar que a Sauber escolheu um caminho conservador, já que Pérez foi o primeiro a colocar os "mais seguros" pneus de chuva forte e um dos últimos a abandoná-los. Ficar na pista por mais tempo realmente custou tempo ao mexicano e essa filosofia de minimizar os riscos se mostraria ainda mais prejudicial em outro momento da prova.

Enquanto tudo isso acontecia, Button colidia com Karthikeyan e Hamilton perdia tempo em um pitstop ruim, que o forçou a esperar Felipe Massa cruzar pelo pitlane para poder retornar. As situações fizeram com que, na 16ª volta, Alonso e Pérez estivessem em primeiro e segundo lugares.

Em terceiro, Hamilton era a grande ameaça aos dois e parecia ser questão de tempo para que o inglês os devorasse. Mas ele nunca concretizou as previsões e, após algumas voltas, nos demos conta de que aquela prova ficaria realmente entre aqueles caras que já estavam na ponta.

Matt Morris afirma que a Sauber estava ciente de que tinha um bom pacote para aquelas condições. "Sabemos que o carro é bom na chuva e estávamos discutindo isso antes da corrida. Esse era realmente o cenário perfeito para nós. Dadas as características do nosso carro, a pista molhada era o melhor para nós. Sabíamos que tínhamos uma chance realmente boa de estar onde estávamos, ou até de irmos além".

"Quando andamos com os pneus de chuva forte e com os intermediários [nos treinos livres] em Melbourne, vimos o quanto fomos competitivos. Na Malásia, a aderência e o arrasto aerodinâmico que usamos também eram bons para chuva."

Com os pneus intermediários, qualquer deficiência da Ferrari F2012 foi disfarçada pelo talento extremo de Alonso, que fez aquilo que sempre faz quando sente o faro de vitória: atinge outro nível de pilotagem. Dessa forma, a vantagem inicial de 2s4 na 16ª volta subiu para 7s7 na 30ª. Ao mesmo tempo, Pérez, contrariando as expectativas, aumentava a diferença para Hamilton de 6s3 para 15s5. Se o carro se adaptou às condições, também o piloto tem grande parte dos méritos.

"Eu acho que muito disso veio porque Sergio estava em seu ápice, de verdade", relata Morris. "Na comparação com Kamui [Kobayashi], ele estava muito mais confiante no carro. É aquela coisa: quando você está lá em cima, em segundo, perseguindo uma Ferrari, você consegue extrair mais meio segundo do carro".

Com a pista secando volta a volta e alguns competidores começando a ter problemas com os intermediários - Rosberg, Button e Felipe Massa, por exemplo, foram obrigados a fazer uma parada extra -, Pérez começou a se aproximar de Alonso. Foi extraordinário vê-lo fazendo uma volta mais rápida atrás da outra no momento em que a transição para os pneus de pista seca ficava cada vez mais iminente.

Foi Daniel Ricciardo o primeiro a fazer a troca. Os tempos de volta do australiano alertaram todo o pitlane sobre a necessidade de fazer a mudança o mais rápido possível. A decisão fica mais difícil quando você lidera e tem muito a perder, portanto tanto Ferrari quanto Sauber hesitaram. Alonso veio na volta 40 e, para espanto de todos, Pérez ficou por mais uma volta (algo que, para sermos justos, Hamilton também fez).

Novamente, a equipe suíça pecou pela cautela, já que havia uma dúvida coletiva: correr o risco podia representar o triunfo, ao mesmo tempo que poderia terminar em desastre se o piloto passasse por uma área molhada com os pneus de pista seca. Além disso, havia previsão de mais chuva no radar da FIA, algo que deixou todos receosos.

A questão é que a volta a mais certamente custou a vitória de Pérez. Ele estava 1s3 atrás de Alonso antes dos pits e diminuindo rapidamente a vantagem. Imediatamente após sua parada, ele estava a 7s1 do espanhol, tendo perdido um pouco mais de tempo ao engasgar o carro enquanto saía dos boxes.

"Ficamos apenas observando Alonso e Hamilton para ver o que eles faziam", explica Morris. "Também ficamos com receio, já que o radar previa mais chuva , por isso ficamos um pouco nervosos em colocar pneus slick antes dos outros", reconheceu.

"Acho que ficamos realmente contentes com o segundo lugar e não queríamos jogar aquilo fora. Você poderia afirmar que fomos muito cautelosos, mas também tivemos um problema durante o pitstop. A embreagem estava escorregando, talvez porque houvesse um pouco de óleo ou algo do tipo, portanto perdemos provavelmente mais um ou dois segundos ali."

Apenas para aumentar a diversão, Pérez optou pelos pneus mais duros, enquanto Alonso escolheu os médios, com os quais a Sauber não se deu muito bem durante a classificação. Nessas configurações, o mexicano tinha 14 voltas para tirar uma vantagem de 7s1 com relação ao espanhol.

E, como todos vimos, ele quase conseguiu completar a missão, mesmo recebendo uma mensagem de "seja cuidadoso" pelo rádio - algo que alguns interpretaram como uma ordem para não bater de frente com a Ferrari. Dada a frustração que a Williams sofreu na Austrália, quando Pastor Maldonado jogou fora um sexto lugar enquanto perseguia Alonso, o alerta da Sauber foi algo justificável. "Você observa os tempos cada vez mais baixos, as fritadas de pneus e o tamanho da distância que ele tinha que tirar", argumenta Matt Morris.

A seis voltas do fim, Pérez estava a meio segundo, mas o piloto tocou uma zebra úmida de forma muito agressiva e escapou da pista. Depois disso, a luta chegou ao fim e restou ao castigado mexicano acompanhar Alonso até a linha de chegada.

"Acho que foi uma grande corrida de Sergio", elogia Morris. "Ok, você pode ser um pouco crítico, pois havia cinco voltas para passar e ele poderia ter escolhido um lugar mais fácil para atacar. Ele vai aprender com isso e não creio que tenha ficado tão preocupado. Não estamos preocupados", acrescenta.

Em meio a tanta empolgação, ficou fácil esquecer o quanto Alonso fez um grande trabalho com um carro longe da perfeição. Embora Pérez não tivesse sua experiência, o espanhol resistiu a uma enorme pressão. O chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, admitiu que, até a bandeira quadriculada, ele não tinha certeza se Alonso realmente ficaria com a vitória.

"Para ser honesto, foi assim até a última curva", disse Domenicali. "Quando Pérez cometeu aquele erro, houve um pouco de alívio. Mas, até a última volta, a volta da chuva ainda era possível", ressaltou.

O resultado deu certo respiro ao time italiano e, se Alonso continuar a marcar pontos e a equipe iniciar a temporada europeia com um carro mais bem desenvolvido, o espanhol pode ser o elemento surpresa deste ano.

E quanto à Sauber? Não há motivos para assumir que o GP da Malásia foi mero acaso. O carro se mostrou bom nos testes e, na Austrália, seu real potencial ficou escondido na classificação, embora pudéssemos ter tido uma amostra de seu real valor na corrida, quando Pérez escalou o pelotão com apenas uma parada.

"Acho que temos um carro competitivo. Em Melbourne, nossa performance foi abaixo do real. Na classificação, Sergio teve um problema de câmbio e Kamui cometeu um erro. Na corrida, os dois carros se tocaram na primeira curva e, enquanto um perdeu aderência na parte dianteira, o outro teve o mesmo problema na parte traseira. Depois, os dois se arrastaram na corrida e ninguém reparou em nós", ressalta Morris.

"Na Malásia, enfrentamos alguns problemas no treino classificatório. Tivemos contratempos na parte mecânica, especialmente com Kamui, que não conseguimos detectar até uma análise posterior dos dados. Acho que isso camuflou um pouco as coisas. Se pudermos extrair um pouco mais de nós mesmos na próxima corrida, não há porque não crer que vamos marcar pontos de novo."

No ano passado, vimos que a Sauber conseguiu atingir o nível máximo de conservação de pneus, o que permitiu ao time adotar estratégias extremas. Neste ano, a situação se mantém. A dificuldade é encontrar o equilíbrio entre o desempenho de classificação e de corrida, conforme a Mercedes já descobriu.

"Estamos perdendo muito tempo nisso", revela Morris. "Nossa performance em corrida é claramente boa e nosso desempenho em classificação melhorou, mas ainda não estamos nos classificando onde sabemos ser as reais posições para o ritmo do nosso carro."

"Na Malásia, tivemos alguns problemas na classificação. Se olharmos para os tempos dos caras que ficaram à nossa frente, exceto Alonso, todos foram muito mais rápidos que nós, portanto essa é uma área onde precisamos fazer um trabalho específico", comenta.

"Esses pneus são muito difíceis de administrar. Eles requerem um tipo diferente de gerenciamento na comparação com os do ano passado e precisamos trabalhar mais neles para a classificação", reconhece.

"Vimos nos testes de inverno que o carro é bom com esses compostos, já que Barcelona é uma pista muito difícil para os pneus. Tudo bem que o carro não se comportou tão bem com os super macios na pista espanhola, mas creio que todos tenham sofrido um pouco com o mesmo problema e que conseguimos lidar bem com todos os tipos de compostos, portanto acho que estamos bem."

Dessa forma, se os carros branco-e-chumbo puderem estar entre os dez primeiros nas classificações, talvez possam proporcionar mais incômodos aos times grandes nas corridas.

MASSA TROCA FOLGA NO BRASIL POR TRABALHO EXTRA EM MARANELLO

Depois de duas atuações muito abaixo do companheiro Fernando Alonso nas etapas de abertura da temporada 2012 da F1, Felipe Massa mudou os planos para esta semana. Em vez de voltar ao Brasil, onde folgaria, o piloto irá à fábrica da Ferrari, em Maranello, para tentar encontrar uma solução para seus problemas de adaptação à F2012. A informação foi passada pelo chefe da equipe, Stefano Domenicalli, no site oficial da escuderia, informa o site Tazio.

No GP da Malásia, Massa voltou a ficar muito atrás de Alonso, especialmente na corrida, terminando em 15º, enquanto o colega espanhol chegou à vitória. Com isso, a imprensa italiana mais uma vez não poupou críticas ao competidor de 30 anos, pedindo sua saída do time antes mesmo do fim do ano.

No entanto, o dirigente ferrarista defendeu novamente o brasileiro, mencionando outra vez o início de 2008, quando Massa também foi bombardeado por críticas após terminar as duas primeiras etapas zerado. "Eu lembro bem que, há quatro anos, exatamente na etapa da Malásia, que foi vencida por nós, com Kimi Raikkonen, Felipe estava mais ou menos na mesma situação de agora", rememorou.

"Os jornais pediam sua saída imediata e ele conseguiu reagir da melhor forma possível, graças ao suporte da equipe, que o viu vencer duas das três corridas seguintes. Todos lembramos como aquela temporada terminou, com o brasileiro chegando a ser campeão, embora por apenas alguns segundos", acrescentou.

Segundo Domenicali, a Ferrari está novamente "pronta a ajudar" Massa a recuperar um nível de pilotagem que, de acordo com o comandante, seria condizente com o talento do brasileiro.

"Felipe mudou seus planos e, em vez de ir para casa com sua família no Brasil, ele vai para Maranello amanhã [quarta-feira], para trabalhar junto com os engenheiros e analisar calmamente tudo o que aconteceu nessas duas corridas", explicou.

"Ele vai tenter identificar porque não conseguiu entregar tudo aquilo que é capaz. Essa é a postura correta e estamos aqui, prontos a ajudá-lo", concluiu.

Com seu outro piloto, Domenicali viveu apenas alegrias em Sepang. Contrariando qualquer prognóstico, Alonso levou a Ferrari a uma inesperada vitória, assumindo também a liderança do campeonato.

Apesar de reconhecer que o resultado representa novo estímulo ao time, o chefe ferrarista manteve um discurso realista. "Ter Fernando liderando a tabela não significa nada e definitivamente não achamos que nossos problemas serão resolvidos em um toque de mágica", ressaltou.

"Eu pedi que todo meu pessoal desse o máximo para tentar viabilizar as atualizações planejadas para as próximas corridas. Balançar as redes em Sepang foi realmente ótimo. Não conseguimos isso com Felipe ainda e temos que fazer mais para garantir que ele também esteja na melhor posição para pontuar", encerrou.

GP DA MALÁSIA: RECORDES, ESTATÍSTICAS E CURIOSIDADES*

* Por Michele Merlino, do AUTOSPORT.com

O indubitável ponto de discussão no GP da Malásia foi o desempenho de Sergio Pérez, que se tornou o primeiro mexicano a subir ao pódio da F1 desde Pedro Rodríguez, detentor de um resultado idêntico – 2º lugar – no GP da Holanda de 1971.

Aos 22 anos, um mês e 28 dias, Pérez é o sexto piloto mais jovem na história a liderar um GP, desbancando Lewis Hamilton da posição. Hamilton, aliás, era 13 dias mais velho quando assumiu a dianteira de um GP na Austrália, em sua estreia na F1, na temporada de 2007. Pérez também é o oitavo piloto mais jovem a subir no pódio. Ambos os recordes pertencem a Sebastian Vettel.

A Sauber também teve motivos para celebrar seu primeiro pódio desde o GP do Brasil de 2009. Excluindo o período da parceria com a BMW, no entanto, precisamos retornar ao terceiro lugar de Heinz-Harald Frentzen no GP dos Estados Unidos de 2003 para encontrar o último dos seis pódios anteriores da equipe.

Sintomas de novas tendências no treino classificatório

Alguns resultados em Melbourne foram surpreendentes, mas na Malásia, uma série de tendências foi observada.

• Lewis Hamilton e a McLaren garantiram duas poles seguidas pela primeira vez desde os GPs da Itália e de Cingapura, em 2009.

• Jenson Button não ocupava a primeira fila de forma consecutiva desde 2009, quando o inglês largou na frente em três provas subsecutivas: Espanha, Mônaco e Turquia.

• Pela primeira vez em cinco anos, a McLaren ocupou a linha de frente em uma sequência de corridas. A última vez em que o time conquistou isso foi em 2007, quando Hamilton e Fernando Alonso fizeram o mesmo em três GPs: Mônaco, Canadá e EUA.

• O terceiro lugar de Michael Schumacher em Sepang foi seu melhor lugar no grid desde que voltou à F1 com a Mercedes, em 2010. Antes, sua melhor posição havia sido uma quarta colocação na Austrália, uma semana antes.

• A Red Bull não ficava fora da primeira fila em sequência desde 2009, quando não se classificou na linha de frente em três GPs: Valência, Spa-Francorchamps e Monza. Esta também é a primeira vez, desde as provas da Bélgica e da Itália, em 2010, que Vettel não se classifica na fila principal em provas sucessivas.

• Alonso ficou a um segundo do pole position em duas provas consecutivas. A primeira vez em que isso aconteceu foi nos GPs da Hungria e da Bélgica, em 2010.

• Felipe Massa ficou fora do Q3 em dois GPs em sequência pela primeira vez desde Cingapura e Japão, em 2010.

Fernando no páreo

A 28ª vitória de Alonso na carreira veio na Malásia, mas o piloto da Ferrari registrou apenas a sétima melhor volta da corrida. Além disso, apenas sete GPs na década passada foram vencidos por um piloto oriundo de uma menor posição no grid. Nenhum deles, no entanto, ficou em uma colocação tão baixa no ranking de voltas mais rápidas.

Nenhum piloto havia vencido na Malásia saindo de uma colocação tão baixa no grid de largada, antes de Alonso. A primeira vitória de Kimi Raikkonen na F1, em 2003, vindo do sétimo lugar, era o recorde anterior. Esta prova, aliás, foi o palco da primeira pole position de Alonso na F1.

Provas vencidas por um piloto classificado abaixo do 8º lugar no grid de 2000 para cá
2012 - Fernando Alonso (Ferrari), em Sepang – 8º no grid e 7º mais rápido
2008 - Fernando Alonso (Renault), em Marina Bay – 15º no grid e 3º mais rápido
2006 - Jenson Button (Honda), em Hungaroring – 13º no grid e 4º mais rápido
2005 - Kimi Raikkonen (McLaren), em Suzuka – 17º no grid e 1º mais rápido
2004 - Kimi Raikkonen (McLaren), em Spa-Francorchamps – 10º no grid e 1º mais rápido
2003 - Giancarlo Fisichella (Jordan), em Interlagos – 8º no grid e 4º mais rápido
2003 - David Coulthard (McLaren), em Melbourne – 11º no grid e 5º mais rápido

Alonso lidera o Mundial pela primeira vez desde o GP do Brasil, em 2010, e garantiu a primeira vitória para a Ferrari em Sepang desde 2008.

Notas da corrida

• Hamilton conquistou seu 44º pódio na F1 e empatou com seu companheiro de equipe Button no 14º lugar do ranking de todos os tempos.

• Kimi Raikkonen assegurou a 36ª volta mais rápida da carreira na F1. Ele permanece terceiro colocado no ranking de todos os tempos, atrás de Michael Schumacher (76) e Alain Prost (41). Kimi marcou a melhor volta em cada ano da F1 entre 2002 e 2009.

• Mark Webber foi o quarto colocado pela quarta vez em cinco provas e pela quinta nas sete últimas corridas.

• Bruno Senna garantiu seu melhor resultado na F1 ao fechar a prova em sexto lugar pela Williams. Também foi a melhor posição da equipe em GPs desde Cingapura-2010. A posição mais elevada de Senna na classificação final havia sido um nono lugar na Itália, no ano passado.

• Paul di Resta esteve próximo de igualar seu melhor resultado na F1. O sétimo lugar em Sepang é apenas uma posição mais baixa do que a conquistada em Cingapura, no ano passado.

• Jean-Éric Vergne marcou os primeiros pontos da carreira na F1 ao chegar na oitava colocação. A última vez em que um francês marcou um ponto na F1 foi no GP de Mônaco de 2009, quando Sébastien Bourdais – também na Toro Rosso – foi oitavo colocado.

• Após chegar em nono lugar, Nico Hulkenberg marcou seu primeiro ponto desde o GP do Brasil, em 2010. Foram também seus primeiros pontos como piloto da Force India.

• Vettel chega a quatro provas sem vitória. Esta é a primeira vez que isto acontece desde um jejum de seis corridas em meados de 2010.

• A Red Bull não liderou uma única volta na Malásia e encerrou a quarta sequência mais longa na história – 24 GPs. A Williams ponteia o ranking neste quesito com uma série de 31 GPs liderados entre França-1995 e San Marino-1997. Ironicamente, a Red Bull liderou todas as voltas – à exceção de duas – no GP da Malásia do ano passado.

• A Malásia encerrou uma sequência de 10 provas consecutivas de Jenson Button na zona de pontuação, além de quatro pódios seguidos do inglês.

• Felipe Massa chega a 50 provas sem vitória e pole position. A contagem estacionou no GP do Brasil de 2008.

• Romain Grosjean completou quatro voltas em corrida neste ano e abandonou três de suas nove provas disputadas na F1. Ele também danificou seu carro em outros dois GPs.

• Não há nada significativo em oito construtores diferentes preenchendo as oito posições finais, embora a situação seja inédita desde o GP da Bélgica de 2005, quando os nove carros na classificação eram de equipes distintas. O recorde é o GP da Inglaterra de 1981, quando 11 construtores diferentes ocuparam as 11 primeiras posições na tabela final.

Notas da classificação

• A McLaren garantiu sua primeira pole no GP da Malásia com Hamilton.

• Pela terceira vez desde seu retorno à F1, a Mercedes colocou um piloto entre os três primeiros no grid de largada. A última vez foi na Turquia, no ano passado.

• Pela primeira vez em 83 provas, Vettel se classificou em quinto lugar. Rosberg largou do sétimo lugar pela quinta vez nas últimas seis corridas, a 20ª na carreira e a 11ª pela Mercedes.

• A nona colocação de Pérez no grid igualou sua melhor colocação de largada na carreira.

• Devido à punição trazida da Austrália, Heikki Kovalainen registrou sua pior posição em grid da carreira, ao largar do 24º lugar.

Sobre o GP da Malásia*

* Por Lívio Oricchio

Vamos começar pelo mais polêmico? Não vi nenhum indício de que o erro de Sergio Perez, na 50.ª volta, a 6 da bandeirada, quando estava a menos de meio segundo de Fernando Alonso, seja algo decorrente de um interesse maior, como uma eventual ordem da Ferrari para a sua cliente, Sauber, a fim de não comprometer a vitória do espanhol.

Percorri o paddock bom tempo, depois da corrida, e conversei com vários profissionais da competição. A opinião foi unânime: não tem nada a ver essa história. Sei que muitos brasileiros, em especial, vão questionar se é isso mesmo, deixando no ar a possibilidade de ter havido um resultado fabricado, com a encenação do mexicano para deixar a Ferrari ganhar o GP da Malásia.
Não é a opinião de Niki Lauda, Jackie Stewart, Franz Tost, da Toro Rosso, Mike Gascoyne e Steve Nielsen, Caterham, Dick Stanford, Williams, dentre outros. Sou da mesma opinião.

Sobre Sergio Perez. Esperava mais dele no ano passado e fiquei em dúvida a respeito se era o que vimos nas categorias de formação. Nesta temporada estamos assistindo a um piloto mais maduro e de impressionante regularidade, além de boa velocidade. Que trabalho notável em Sepang! Aos 22 anos, vai crescer na Fórmula 1.

E ainda com Sérgio destaco outro tema gerador de debates: irá ou não substituir Massa? Penso que é o maior candidato. Mas em 2013, não durante a temporada. O próprio assessor de imprensa da Ferrari, Luca Colajanni, me pediu para não entrar nessa discussão por não haver hipótese de a escuderia trocar de piloto durante o Mundial. Colajanni não me disse. Eu acrescento: a não ser que seja algo muito gritante, performances de Massa como a da Austrália. O que não penso que será o caso na maior parte das provas.

Sobre Massa, ainda. A Ferrari está dando uma enorme mancada. Massa transformou-se, em alguns momentos, em piloto de testes. Como é proibido treino particular, Massa realizou experiências com novos componentes e de acerto nas duas etapas até agora. E alguns desses testes havia tão pouca pressão aerodinâmica no carro que explicam, totalmente, suas dificuldades de condução.
Podemos até tentar compreender que, em função de Alonso ser o piloto com possibilidades muito maiores de resultados, a equipe italiana escale Massa, em alguns treinos, para testar a validade de certas soluções que, se aprovadas, venham a ser aproveitadas pelos dois pilotos. Mas não deixar isso claro, como está ocorrendo, apenas corrobora para a já profundamente desgastada imagem de Massa tornar-se quase insustentável diante da opinião pública.

Agora Alonso. Escrevo e pago por isso: o considero o mais completo em atividade. Hoje fez o que podemos definir como a arte de pilotar. Num exercício onde é exigida habilidade extrema no piso úmido, depois molhado, úmido de novo e seco, dentre outros exames, Alonso não cometeu um único erro.

E essa variação nas condições do clima reduziram a importância geral da máquina no peso do resultado, formando o cenário perfeito para a competência de Alonso se manifestar, mascarando as profundas deficiências do modelo F2012.

Posso imaginar o que vai gerar esta afirmação: a não ser Michael Schumacher nos seus melhores dias, antes de parar de correr, não vejo nenhum dos atuais pilotos em atividade com capacidade para realizar o que fez Alonso hoje no circuito de Sepang. Até o piloto que para mim é o mais talentoso, depois de Alonso, o inglês Lewis Hamilton, conseguiria. Em algum momento provavelmente cometeria algum deslize. Com uma McLaren que é infinitamente mais eficiente que a Ferrari ele não conseguiu…

Sebastian Vettel, aos 24 anos, já faz parte das estatísticas dos mais eficazes da Fórmula 1. Mas a exemplo do que se esperava, ainda lhe falta maior constância quando larga mais para atrás no grid e tem de ganhar posições ao longo da corrida. É um pilotaço, porém tem ainda o que evoluir nesse aspecto. Hoje vimos de novo. Karthikeyan foi punido por tocar no carro da Red Bull. Minha leitura é que o próprio Vettel poderia ter evitado o encostão que gerou o furo no pneu, o pit stop extra e a perda da quarta colocação.

A perda do escapamento aerodinâmico realmente tirou desempenho da Red Bull. Mais do que imaginava. Acredito que a partir do GP da Espanha, depois dos testes de Mugello, de 1.º a 3 de maio, a versão do modelo RB8 da Red Bull será mais rápida que a atual, a ponto de permitir a seus pilotos lutar pelas vitórias. Por enquanto, como afirmou Vettel, o quarto lugar era o máximo que poderia pretender na Malásia.

Está comprovado, para mim, que não teremos uma temporada com um escuderia dominando a maior parte das conquistas. Saudável e necessário para a Fórmula 1.

Que fiasco a performance da Mercedes em corrida, hein? Excelente na classificação com o terceiro lugar de Schumacher, sumida ao longo das 56 voltas da corrida. Independente da rodada de Schumacher no início, depois do toque com Grosjean, ele mesmo reconheceu não possuir ritmo para acompanhar McLaren, Red Bull, Ferrari e, em Sepang, a deliciosa surpresa da Sauber, com Sergio Perez.

Até mais rápido do que se supunha, Kimi Raikkonen vai retomando o seu melhor. “Nunca pilotei com os pneus Pirelli de chuva ou intermediário. Hoje foi a primeira vez e numa corrida”, nos disse. Bom quinto lugar do finlandês de quem sou fã confesso.

Deixei para o fim. Na primeira volta, Bruno Senna caiu para último, depois de tocar em Pastor Maldonado, na curva 5. “Ele não me viu”, afirmou Bruno, defendendo o companheiro de Williams. No fim, Bruno recebeu a bandeirada em sexto, dando 8 pontos à Williams, mais dos 5 que obteve em 2011 em 19 etapas. “Eu me diverti, ultrapassei uma porção de gente”, nos contou Bruno.

O clima na Williams está tão bom que Bruno e Pastor criaram uma competição entre os técnicos: “Quem descobrir alguma coisa que torne o carro mais rápido ganhará os nossos capacetes”, disse Bruno. Depois da prova em Melbourne, em que Maldonado foi bem mais eficaz que Bruno, esse sexto lugar é de extrema importância para ele porque a Williams viu que também Bruno pode conquistar bons resultados.

Quanto às negociações a respeito da extensão do Acordo da Concordia, vamos esperar mais um tempinho. Há problemas e não simples de serem resolvidos. O fato de Ferrari e Red Bull poderem vir a se tornar sócias da CVC, empresa dona dos direitos comerciais da Fórmula 1, como ouvi no circuito de Sepang, me leva a pensar como os outros times encarariam. Seria surpreendente, por exemplo, a Mercedes participar de uma competição onde a Ferrari é adversária e dona do evento.

Tudo é possível, lógico, mas não acredito.

Abraços!

A genialidade de um certo Fernando Alonso*

* Por Felipe Motta

Eu costumo usar a segunda-feira pós-GP para fazer as já tradicionais “Considerações”. Nesta semana, será diferente. Como o Grande Prêmio da Malásia foi repleto de destaques e personagens farei textos diferentes para cada momento. Não posso deixar de começar com o mestre Fernando Alonso.

O espanhol tem o quê nas mãos? Um carro ruim! E o que ele fez? Venceu e assumiu a liderança do Mundial. Sabemos que, se a Ferrari não melhorar, essa liderança durará pouco, mas não podemos ficar sem falar sobre a genialidade que ele apresenta fim de semana sim, fim de semana….sim.

Arrisco-me a dizer que, se a F-1 fosse o tênis, Alonso dominaria o ranking como um Roger Federer no auge. Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Jenson Button poderiam ser chamados de grandes rivais, como “Nadais”, “Djokos” e “Murrays”, e que certamente teriam os seus momentos quando Alonso sentisse o baque ou uma má fase. Mas no melhor da forma, ele é o cara.

Não tem muito mais a ser dito. Alonso tem a incrível a habilidade de ficar vivo na classificação de um campeonato mesmo quando o carro é pior que o dos rivais. Em 2010, somou pontos na primeira metade de forma regular, para na segunda parte crescer, virar e por pouco não ser campeão, mesmo com carro inferior às Red Bull. Ou seja, já é uma lenda do esporte.

Em Sepang, Alonso esteve impecável. Largou bem, atacou quando podia, foi paciente quando necessário e teve a estrela que costuma sempre acompanhar os ídolos.

Na parada coletiva nos boxes, beneficiou-se de Hamilton ficar preso, esperando o tráfego passar (em especial Massa), e soube dar o bote em Sergio Perez na hora certa. Controlou a corrida e venceu de forma mais que merecida.

Hoje, já está em Maranello para tentar de todas as formas ajudar a Ferrari a recuperar-se no Mundial, o que mostra ser obstinado e incansável no que faz. Gostaria muito de ver a Ferrari melhorar um pouco para que ele consiga estar na briga sempre.

O talento de Alonso o coloca em cima de todos. Muitos destacam que ele está destruindo Massa, mas, se pararmos para pensar, ele se projeta acima da própria Ferrari, que não o tem acompanhado em seu talento. E um piloto conseguir se colocar acima da uma equipe como a Ferrari é algo apenas para os mitos, galeria da qual Alonso já faz parte.

O que acharam da corrida de Don Fernando das Asturias?

Ferrari protege Massa, mas italianos voltam a pedir troca por Perez

Depois de chamar Felipe Massa de “inútil” devido ao abandono do GP da Austrália na abertura da temporada, a revista italiana Autosprint foi mais amena ao criticá-lo após o 15º lugar na Malásia, prova que teve o companheiro Fernando Alonso como vencedor. O editor Alberto Sababtini falou em tom de “eu avisei” para destacar o calvário do brasileiro e o pódio de Sergio Perez, cada vez mais cotado à vaga de segundo piloto em Maranello, informa o UOL Esporte.

A Autosprint reconheceu que Massa começou bem, chegou a andar em oitavo enquanto Alonso andava em quinto, mas “entrou em crise” e “arruinou sua corrida” ao errar na estratégia e preservação dos pneus. “E no final, em vez de reconhecer a culpa, reclamou da configuração dos pneus”.

O artigo questiona: “Existe algum fã brasileiro que se atreve a dizer que a Ferrari dá um carro mais poderoso para Alonso?”. E, depois de lembrar a mudança de chassi para o GP da Malásia, conclui: “A contraprova tem demonstrado que o problema de Massa está no homem, e não na máquina”.

Por fim, o editor da Autosprint se gabou por ter indicado Sergio Perez para o lugar de Massa no artigo anterior: “Apenas sete dias depois, o mexicano provou ser a revelação do GP da Malásia. É uma coincidência ou um sinal do destino? Para nós da Autosprint, é prova de que nosso raciocínio foi impecável”.

Sergio Perez, que veio da academia de jovens pilotos da Ferrari, insiste em afastar os rumores.

“Como a equipe fez um grande trabalho, meu comprometimento total é com o meu time, a Sauber. Vou ficar com a Sauber por toda a temporada”, cravou o mexicano. Seu pai, no entanto, já admitiu que a Sauber foi procurada por membros da Ferrari para discutir uma possível troca.

Em Maranello, a Ferrari também insiste em proteger o brasileiro. “Precisamos ficar perto de Felipe neste momento. O problema é que o carro é difícil de pilotar. Você precisa ter o estilo certo de pilotagem, e o carro pode ser muito, muito bom. Mas, em outras condições, você pode destruir os pneus”, argumentou o chefe Stefano Domenicali.

“A minha prioridade é assegurar que Felipe tenha a proteção da equipe em sua volta. Precisamos ter certeza de que ele está confiante para levar o carro ao limite, mas sem ultrapassá-lo”, completou Domenicali. Sem nenhum ponto em 2012, Massa voltará às pistas no dia 15 de abril, para o GP da China.

Fernando Alonso também saiu em defesa do companheiro e defendeu a permanência de Felipe Massa: “Com Felipe, somos uma equipe muito forte, muito unida. Não vejo possibilidade de não correr ao lado dele. Em uma corrida normal, quando o carro melhorar, Felipe estará no pódio, o que é a meta para o restante da temporada.”

CARTA ABERTA AO CANAL SPORTV

Ao canal SporTV, canal de TV a cabo, PAGA!

RESPEITO*
sm (lat respectu) 1 Ação ou efeito de respeitar ou respeitar-se. 2 Aspecto ou lado por onde se encara uma questão; consideração, modo de ver, motivo, razão. 3 Apreço, atenção, consideração. 4 Acatamento, deferência. 5 Obediência, submissão. 6 Referência, relação. 7 Medo, temor. 8 Direito, justiça, razão

CONSIDERAÇÃO*
sf (lat consideratione) 1 Ato de considerar. 2 Raciocínio, reflexão, opinião. 3 Deferência, estima ou importância que se dá a alguém. 4 Atenção. 5 Valimento, importância. 6Circunspeção no que se diz ou no que se faz. sf plPonderações, reflexões.

As definições acima foram extraídas do dicionário Michaelis, cujo exemplar deveria estar presente na mesa dos senhores, diretores da redação, pois mostraram total desconhecimento do significado destas palavras para com os fãs do automobilismo nesse domingo. Não deram a mínima importância a nenhuma dessas definições.

Estava na grade de programação deste canal, as 00:00 hs deste domingo, o evento GP2, etapa de abertura desta categoria de automobilismo, com transmissão ao vivo.
Houve um atraso de 10 minutos, devido ao jogo de vôlei que se estendeu, se não me engano, até o set desempate. Até aí, tudo bem, imaginei que os senhores transmitiriam a GP2, com delay (desculpem minha ignorância, não sei se é possível fazer um delay de 10 ou 15 minutos), ou VT em seguida.
Não, os senhores não o fizeram, entrou no ar o SporTV News, que NÃO estava na programação, enquanto o evento ao vivo, programado na grade do canal, acontecia.
Falta de respeito e consideração!!

Após centenas de reclamações de inúmeros telespectadores, via Twitter, os senhores com certeza perceberam o erro crasso que cometeram, tanto que o apresentador do jornal informou que faria uma pausa para a transmissão da corrida e voltaria em seguida.
Pensei: - “Opa, agora vai!!”
Simplesmente os senhores colocam no ar um bloco GIGANTESCO de comercias, enquanto o evento ao vivo, programado na grade do canal, acontecia.
Falta de respeito e consideração (2)!!!!

Eis que entra a vinheta da GP2 (aleluia) e começa a transmissão.
- “Que legal, vou ver a ultrapassagem do Luiz Razia na largada que lhe rendeu a liderança e as do Felipe Nars (essas informações pipocavam no Twitter, devido a falta de transmissão)
Entra então a transmissão, AO VIVO, com a corrida já na 14ª volta, e os narradores dando bom dia, convidando os telespectadores a acompanha-los em todas as emoções da corrida.
TODAS? E a largada? E as ultrapassagens dos brasileiros? A corrida tinha 30 voltas, e os senhores começaram a transmissão na metade!!
Os narradores (não os culpo, isso deveria ter partido da direção do canal) não se deram ao trabalho sequer de inventar uma desculpa esfarrapada para justificar o atraso, começaram a narração como se nada tivesse acontecido.
Falta de respeito e consideração (3)!!!!

Contente com o resultado da corrida e muito decepcionado com a atitude da emissora, fui dormir, pois havia trabalhado o dia inteiro e ficado acordado até tarde. E em virtude disso, abri mão de assistir a F-1 pela TV Globo, devido o horário, pois estava programado na grade deste canal o VT da F-1 as 08:00 hs.
Pois bem, eram 08:15 hs, os senhores ainda transmitiam o VT da GP2, que estava programado para as 07:00 hs. E quando terminou, começou o VT da segunda corrida da GP2. Até aí, tudo bem, não tinha assistido mesmo. Até imaginei que devido ao atraso da F-1, os senhores também atrasariam o VT
Porém, eram mais de 09:00 hs quando terminou o VT da GP2, entrou o programa Rumo à Londres, que NÃO estava na grade da programação.
Falta de respeito e consideração (4)!!!!

E tome avalanche de reclamações via Twitter, e, de novo, somente depois disso (parece que a coisa só funciona no grito), os senhores soltaram um pedido de “desculpas”, que devido ao atraso da F-1 estavam editando e divulgariam em breve novo horário.
Esse “em breve” se traduziu na exibição do VT somente as 18:00 horas, quando, inevitavelmente, eu já sabia de todos os detalhes da corridas, tirando aquele tesão de não saber o fim.
Entre o horário do término da F-1 e o fim do VT da GP2 se passou muito mais de uma hora.
Editando o que? Cortar o pedaço da interrupção da prova e juntar as outras duas é tão difícil assim? Com todos os recursos de hoje?
E com relação à GP2, qual a desculpa?
Falta de respeito e consideração (5)!!!!

Mas o fator principal nesses dois episódios, é que faltou uma atitude básica de quem é contratado para prestar um serviço e não pode cumprir esse contrato junto ao seu cliente: uma satisfação.
Sim, afinal de contas, eu tenho que pagar para poder assistir ao canal dos senhores, não é sinal aberto.
Um simples GC durante o programa que estiver passando no momento, informando que devido tal motivo o programa tal não será exibido no horário, uma mensagem nas redes sociais, no site, evitaria todo esse desgaste e essa insatisfação que os senhores provocaram em seus clientes, como pode ser visto principalmente pelos “elogios” que os senhores receberam via Twitter, canal onde também havia um pessoal reclamando que os senhores não exibiram um jogo de futebol feminino, se não me engano, entre Brasil x Canadá, que também estava programado e não foi ao ar. Ou seja, a falta de respeito e consideração não está sendo tão rara assim para com os assinantes do canal.

Os senhores podem achar que sou um idiota perdendo tempo em escrever tudo isso aqui por causa de um simples programa de TV.
Não se trata apenas do programa em si.
O que os senhores precisam entender, é que as pessoas que realmente são fãs de esporte, cada um na sua modalidade, chegam a modificar suas rotinas, seus horários, seus compromissos, para poder, com todo o direito que tem, curtir seu programa predileto naquele horário.
Eu sou um dos “zumbis” que ficam assistindo os treinos de F-1 na madrugada, dando audiência para os senhores, perdendo horas de sono, trabalhando cansado, alterando minha rotina.
Me programo de diversas formas para, naquele horário, conforme a grade de programação anunciada pelos senhores, eu esteja livre e desimpedido para curtir o meu programa favorito.
E tenham a certeza de que eu não sou o único a fazer isso, os senhores sabem pela audiência quantos mais tem.

Não sou tão ignorante a ponto de não entender que imprevistos acontecem, mas da próxima vez, avisem por favor, para que eu e muitas outras pessoas, não fiquem como palhaços na frente da TV, vítimas do descaso dos senhores.

Caso contrário, o slogan do canal corre o sério risco de mudar para “SporTV, o canal campeão em reclamações”!!

POR QUE FELIPE MASSA JÁ ESTÁ SOB PRESSÃO*

* Por Edd Straw, do AUTOSPORT.com

Quando a Ferrari falha, a situação inevitavelmente provoca um frenesi na imprensa italiana. Felipe Massa terá muito tempo para admitir o fato de que, salvo uma milagrosa reviravolta em seu desempenho, ele será deixado de lado no fim da temporada. Sem contrato, ele não poderá se queixar se o nível de sua performance em 2012 refletir o das duas temporadas anteriores. Mas graças ao mau desempenho da Ferrari, as regras do jogo mudaram.

Novamente, o brasileiro se vê sob forte pressão, com a mídia italiana sugerindo todos os tipos de candidato para pegar sua vaga. Como Massa apontou ao enfrentar a imprensa nesta quinta-feira, esta não é uma situação inusitada para ele.

“Quando cheguei aqui em 2008, estava fora da Ferrari porque não terminei o GP da Austrália. Mas foi minha melhor temporada. As coisas mudam muito rapidamente”, disse.

Na verdade, elas mudam, mas é preciso algo realmente extraordinário para tirar Massa do buraco. Com os abutres ao redor e a estressante vida na Ferrari, é difícil afirmar que a pressão não chegará a ele apesar do brasileiro alegar o contrário. No paddock, nesta quinta-feira, ele pareceu uma figura um tanto abandonada apesar de se esforçar em mostrar uma aparência mais confiante. Caso a mudança de chassi não provoque uma virada de jogo no desempenho do brasileiro, ele enfrentará um momento difícil após a corrida.

Inevitavelmente, a Ferrari tenta transparecer uma vibração positiva sobre progresso, mas Fernando Alonso pouco fez para renovar as esperanças, com o que pode ser descrito como uma dose de realismo.

“Testamos em pistas diferentes: Jerez, Barcelona, e então na Austrália, com o mesmo carro e os problemas semelhantes. Os carros serão quase idênticos para todos em comparação com a Austrália, então acho que não haverá nenhuma surpresa aqui.”

Isto só pode ser uma má notícia para Massa, que precisa marcar pontos para garantir que o mau desempenho do time, em vez de sua falta de performance, seja o tema a ser debatido nas duas semanas entre os GPs da Malásia e da China. Não deve ser uma má coisa para a Ferrari que o foco se vire para o segundo piloto em vez do carro problemático, especialmente se Alonso não mostrar um bom desempenho em Sepang, como fez na semana passada.

A única coisa que ele concordou é que um suposto problema de visibilidade para os pilotos da Ferrari – o que explicaria o fato de ambos escaparem para a brita durante o GP da Austrália – é falso.

“Não”, respondeu profundamente Massa, quando questionado sobre isso por Paolo Ianieri, da “La Gazzetta dello Sport”.

Enquanto a má situação da Ferrari e a apertada batalha no pelotão intermediário dominaram as discussões, há pouco mistério sobre a situação na frente. A McLaren teve o melhor carro na Austrália, isso era claro, mas ainda restam algumas dúvidas sobre onde a Red Bull está em comparação com o time de Woking.

“Estamos motivados e ansiosos para garantir que a McLaren não dominará [a temporada]. Por agora, temos que aceitar que eles se prepararam melhor no inverno, um fim de semana muito bom na Austrália, então vamos ver o que acontece neste fim de semana”, disse Sebastian Vettel.

“Não acho que temos um problema com o carro, é só ajustar ali e aqui. Isso pode fazer uma grande diferença se você sabe o que precisa ser ajustado no carro. Não é segredo que, se você se sente à vontade no carro, se você tem confiança, você se permite a alcançar o limite [do carro].”

Se isso soa como uma velada ameaça de Vettel, então é. Enquanto a McLaren tem a vantagem no momento, apenas um idiota poderia descartar a equipe que teve o melhor carro em boa parte das três temporadas anteriores.

O que podemos concluir é que será difícil a Red Bull estabelecer a vantagem desfrutada no passado. É uma boa notícia para a competitividade no Mundial.

Não que o líder do Mundial Jenson Button esteja muito preocupado com isso. Ele simplesmente está feliz por saber que a McLaren, pela primeira vez desde sua entrada no time, não precisará correr atrás do prejuízo. Não admira que ele tenha parecido ultrarrelaxado nesta quinta-feira. Já o seu derrotado companheiro de equipe, Lewis Hamilton, quer refutar os rumores de que o que aconteceu na semana passada representou uma continuação do mau desempenho no ano passado.

“Não tem nada a ver com o ano passado. Apenas não foi um bom início de temporada”, disse Hamilton.

E você pode apostar que, se a McLaren garantir sua segunda vitória consecutiva neste domingo, Hamilton estará determinado a ser o piloto no degrau mais alto do pódio. Se isso não acontecer, Felipe Massa não será o único piloto a ter de lidar com a pressão.

VOLTA LANÇADA: GP DA MALÁSIA, 2012

Bom dia amigos do Blog da GGOO, sou o A. ROQUE e estamos aqui reunidos em mais uma madrugada para fazer este que é a maior enganação dos blogs de automobilismo mundial, o Volta Lançada, falando do final de semana do automobilismo. Estão presentes o presidente são paulino Marcos, o palmeirense Duff e o nosso nobre Iceman, que mandou um sorvete para todos saborearem enquanto rolava o GP da Malásia. Sejam bem vindos!
Guilherme Gomes diz
Hahaha muito obrigado pela oportunidade e infelizmente neste ano não pude degustar um belo sorvete para alegria dos críticos e de quem curte essa que é uma das melhores personalidades da F1 atual!!!
marcos pinto diz
Boa noite à todos, hoje porque eu tô morrendo de sono, esse fim de semana cheio na madrugada acabou comigo, me desculpem se eu falar besteira!!
Vagner diz
Fala, cambada. É uma honra, como sempre. Infelizmente o sorvete derreteu antes de chegar aqui. É o fuso.
A. ROQUE diz
Final de semana cheio de corridas, cheio de expectativas. Vamos começar com a F-1. Malásia, chuva, corrida interrompida, vitória do Alonso. Mágica?
Vagner diz
A chuva já era meio que esperada, assim como os xiliques do Galvão em relação a isso. Mas o que o Alonso fez hoje é digno de entrar pra história da categoria. Novas gerações, daqui 10 - 20 anos vão rever essa corrida com a mesma sensação que acabos de ter: de que foi algo histórico.
marcos pinto diz
Sim, mágica, muito bem expressada pelo mecânico na placa do pit wall.
Há de se considerar que o resultado do Alonso foi totalmente inesperado até pelo mais fanático dos "tifosi", pois foi uma corrida atípica devido à chuva, muitas nuances e surpresas, mas é nas condições adversas que os grandes aparecem. Não gosto do Alonso, mas tenho que reconhecer que foi "a great job"!!
Guilherme Gomes diz
Oportunismo! Mágica ele faria se fosse com a pista seca. Ele se destaca dos demais exatamente por aproveitar essas oportunidades sempre! Isso mostra a qualidade de piloto que ele é, demonstra sempre que pode isso, o carro é desastroso, o normal é a posição de Massa, mas Alonso é Alonso.
A. ROQUE diz
Sim, Alonso é Alonso. E com ele, sempre polêmicas acontecem. O que acharam do desempenho do Perez. E aquele rádio no final?
marcos pinto diz
Aquele rádio eu traduzo assim; "Perez, não faz a cagada que vc está pensando, senão vc fica sem a vaga na Ferrari em 2013 e a gente sem motores!"
Simples assim
Guilherme Gomes diz
Perez demonstrou muito talento com pista molhada, é um piloto extremamente rápido e capaz de aproveitar as oportunidades, mas tem que aprender muito, mas na posição dele, ele precisa mostrar apenas uma coisa "Tenho talento."
marcos pinto diz
Mas o desempenho dele vem sendo excelente há tempos, merece vaga em equipe grande na próxima temporada.
Vagner diz
Vale para o Perez o que eu disse sobre o Alonso. Foi antológico também. Existe sim a ressalva das condições de pista para "nivelar por baixo" os carros. Mas é aí que pode mostrar habilidade pra se sobressair em relação aos outros. Só que o Perez fez uma coisa que o Alonso não fez: errou. O erro, creio eu, pode ter como uma das causas a mensagem do rádio. Desconcentra. Porém definitivamente não acredito em 'manobra de equipes', até porque a mensagem pareceu normal. A equipe pediu pra ele ter cuidado, que a segunda colocação era muito importante pra equipe, e não era pra estragar tudo. Entenda-se por estragar tudo, partir pra cima do Alonso como um Hamilton recém-chifrado e sair da corrida. Mensagem, ao meu ver, mais do que normal e necessária.
Guilherme Gomes diz
Agora o rádio eu acho que é extremamente exagerado o que todo mundo está falando. Não é porque temos um contrato de fornecimento de equipe que eu vou deixar de me vangloriar com uma vitória. O chicano errou mesmo e quando você tem uma opção dessas você escolhe: 1. Arriscar tudo e poder errar em um dia em que o erro é o mais provável ou ser consciente e obter um resultado extremamente positivo!
Eles ficaram com a segunda posição: Coisa de suiço, eu diria! Ficaram em cima do muro. É a velha história de que mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
marcos pinto diz
Mas na minha opinião, foi ridícula aquela mensagem, concordo com você, Ice, mas a mensagem contraria esse pensamento.
Como pode o engenheiro passar uma mensagem dessas, vendo que o seu piloto chegava a tirar 1 segundo por volta e tinha todas as condições de tomar a ponta? Acho que o piloto pensou isso que você disse, mas o engenheiro pensou o que eu escrevi lá em cima.
Guilherme Gomes diz
Vou colocar uma questão, há uma semana Maldonado foi muito bem visto e arriscou tudo para cima do mesmo Alonso, não se ouviu rádio de F. Williams falando para ele se conter, resultado, muro!!! Perez também é muito novo, se fosse um Raikkonen na Sauber, a mensagem não existiria!
marcos pinto diz
Como disse o Igor, seria o efeito Alonso??
A. ROQUE diz
Ai que está...vários já tremeram, foi o caso?
Guilherme Gomes diz
Se eu fosse o mesmo Peter Sauber, falaria, Chico, easy! Estamos muito, mas muito acima do previsto, vamos com calma. Agora, também culpar o rádio pelo erro é bizarro, eles se falam o tempo todo!!!
Vagner diz
Boa comparação, Ice. Acho que Peter Sauber levou em conta o acontecimento com Maldonaldo. Afinal, não era um Rosberg na frente, mas sim o Alonso - que costuma vender caro posições. Pra mim foi bem clara a mensagem: "ultrapasse com segurança".
marcos pinto diz
Isso é verdade, mas o tipo da mensagem é a questão!
A. ROQUE diz
e no momento em que isso aconteceu...
marcos pinto diz
exato!!
Vagner diz
Acredito, sim, que essa mensagem pode ter desestabilizado o Perez. Mas daí é um problema da equipe e dele também. Pois o piloto se comunica direto com seu engenheiro durante as corridas... qualquer conversinha em momentos mais agudos vai desconcentrar o cara então? Isso é um ponto a se evoluir... tanto no piloto, quanto na equipe. Um piloto não pode perder a concentração tão fácil... e a equipe precisa saber o momento de passar a mensagem.
Guilherme Gomes diz
Eu voto em coincidência. Segurar um foguete é preciso conversa, Perez estava um foguete, vocês já andaram de kart e viram que quando estamos rápidos, queremos sempre andar mais e mais no limite. Imagine estar em condições de vencer uma corrida no seu segundo ano na F1???
Vagner diz
Além do mais, uma fator é muito importante de ressaltar: o momento em que a mensagem é passada na transmissão NÃO É o exato momento que a conversa aconteceu!!! Há um filtro pra isso, o controle de TV ouve as mensagens, selecionam e só depois retransmitem. Não dá pra saber o exato momento que foi passada. Pode ter sido no meio de uma reta.
Guilherme Gomes diz
Exato Vagner!!!
A. ROQUE diz
Muitos dizem que o Perez saiu de lá com contrato assinado com a Ferrari para o lugar do Massa. O que acham disso e o que falar do desempenho de Felipe Massa?
marcos pinto diz
Essas especulações vão sempre existir, essa é uma das diversões da F-1, veja o quanto já discutimos aqui!
E o Massa, infelizmente, vamos vê-lo se arrastar pelas pistas até o contrato terminar. Se terminar....
Efeito mola??
Vagner diz
Não diria que saiu com contrato assinado, até porque acho que existem outras opções de mercado - Kubica, por ex. Mas certamente despertou a atenção de Maranello. Perez passa a ser visto com outros olhos.
Guilherme Gomes diz
Perez é um nome que, ainda mais depois de hoje, vai ser sim levado em consideração, mas tem que evoluir e está na equipe certa para isso (curiosamente, assim como Massa)
marcos pinto diz
O Perez já faz parte da escola de talentos da Ferrari, tá com meio caminho andado!
E dependendo do seu desempenho daqui pra frente, já assina no meio do ano.
Guilherme Gomes diz
Mas parece que Massa perdeu o mojo, o prazer de dirigir, de correr. Nos próprios discursos pré-temporada ele não fala mais em disputar o campeonato, ele fala em fazer o melhor. Fazer o melhor é o mínimo, mas sem objetivos tudo fica difícil, Parafraseando Lewis Carroll, se não sabe onde chegar, vai chegar a qualquer lugar.
Vagner diz
Sobre o Massa, eu me permiti dar uma 'tolerância' até o Bahrain. Os resultados desse começo são decepcionantes, ainda mais comparados com seu companheiro. Eu acredito que uma posição aceitável do Brasileiro seria ficar 3 décimos do espanhol. Conseguir ficar na faixa entre 8.º e 12.º. Acho que esse é o limite da Ferrari
marcos pinto diz
é o limite do Massa, não do Alonso!
Guilherme Gomes diz
Parece que Massa chegou ao limite dele, é isso que ele tem a oferecer. O carro não corre e ele não responde.
Alonso não, é um cara com objetivo claro: ser campeão!
A. ROQUE diz
E o Bruno Senna, boa corrida não?
marcos pinto diz
Belíssima corrida, se considerarmos que quando relargou, ele estava em último. Tem braço pra andar na chuva e já mostrou isso em Spa ano passado.
entendo que ele também passa a ser visto com outros olhos pela equipe, mas ainda tem muito chão pela frente, e muita pista seca, onde ele precisa melhorar em relação ao Chavito.
Guilherme Gomes diz
Sim Roque, o Bruno fez uma corrida de recuperação muito boa, e o resultado, até voltando ao caso Perez, é que ele marca os primeiros pontos da Williams que perdeu na semana passada. Fez uma corrida agressiva e ele tem um estilo de pilotagem mais tranquilo do que a vacaloucaMaldonado.
Vagner diz
Grande corrida do Bruno! Apesar do problema na largada, teve uma corrida muito constante, veloz e sem erros daí pra frente. Fez o que se espera dele e, surpreendentemente, do carro! Acho que a missão dele será essa: pontuar. E fazendo isso À frente de seu companheiro, suas chances de continuar em 2013 são enormes. Começo a levar fé nele, pois Maldonado - que também é muito veloz, talvez até mais que o Bruno - é muito inconstante. Meio Montoya... meio Hamilton.
Guilherme Gomes diz
O Maldonado estava, também, em uma boa décima colocação. Mas o motor abriu o bico.
marcos pinto diz
Os anos parados do Bruno estão fazendo falta, senão ele estaria em outro estágio. Ele é focado, centrado, tem boa cabeça, estilo de pilotagem mais inteligente. Precisamos dar tempo ao tempo. Apesar de na F-1 não aceitar muito isso.
Guilherme Gomes diz
Mas aí é que está Vagner e fica até uma pergunta: É mais fácil domar um piloto rápido ou nao se preocupar com um piloto constante, mas que depende do carro?
Vagner diz
Aí vai da necessidade da equipe, Ice! Acho que a Williams, HOJE, precisa de algo menos 'vacalouca'. Ela precisa, primeiro, se reafirmar como potência.
Guilherme Gomes diz
Concordo! Assim como fez a Red Bull com Couthard e Webber! Concordo mesmo!
Coulthard*!
A. ROQUE diz
E teve GP2 também com vitória de Luiz Razia, podio de Felipe Nars. Alguém viu? Se entusiasmou?
Guilherme Gomes diz
Eu vi, Roque! Realmente achei sensacional a atuação do Razia, ainda mais na segunda prova. Ele é extremamente sangue frio e sabe conduzir o carro muito bem ao extremo e levar o adversário ao erro. Poupou equipamento no começo da corrida e depois se defendeu de duas ultrapassagens com meio carro de desvantagem (sim, desvantagem) e fez ultrapassagens geniais, também.
Me parece ser o piloto mais completo da GP2 hoje. O Nasr também guiou muito ontem e hoje, mas está em fase de adaptação (que está sendo rápida por sinal).
marcos pinto diz
Eu vi as duas corridas. Confesso que nunca me emploguei com o Luiz Razia, mas ele fez chover esse fim de semana (culpa dele então??)
Excelente primeira corrida, foi oportunista na primeira curva, tomou a ponta e não perdeu mais.
Na segunda corrida, com grid invertido e largando em 8º, deu um show de pilotagem, principalmente de como defender uma posição, forçou alguns pilotos ao erro e chegou em 
Vagner diz
Ver, eu não ví. A Sportv me 'trollou'. Mas companhei pelo Live Timing da GP2 a segunda corrida. Acho que o desempenho do Nasr foi mais surpreendente do que do Razia. Este já está há tempos na categoria e tem um carro de ponta, natural que se sobressaia e ganhe provas durante o ano. O Naser, que também possui um ótimo carro, está em sua primeira temporada e conta com um companheiro mais experiente e veloz. Ele correu Sepang sem conhecer a pista, deu 12 voltas antes da classificação, usou um acerto padrão da equipe e tomou só 4 décimos do companheiro! Conseguiu um podio - terceiro lugar - na segunda corrida e chegou em sexto na primeiro. Começo muito promissor para o Brasil nesta categoria. OREMOS!!!
Guilherme Gomes diz
Para quem tem medo do futuro do automobilismo brasileiro, e eu sou um deles, temos nesses dois, bons representantes, é só conciliar este talento junto a boas escolhas. Eu adorava o estilo de pilotagem cerebral do Di Grassi, por exemplo, e não vingou, infelizmente!
marcos pinto diz
chegou em 5º. òtimo resultado na soma final, liderando o campeonato.
Felipe Nars se mostrou forte na estréia, demonstrou que realmente mereceu o título da F-3 e nos deixou com vontade de acompanhar mais de perto a categoria esse ano.
Guilherme Gomes diz
E o vencedor da prova 2 também fez uma corrida impecável. James Calado que superou o Estaben Gutierrez (companheiro de equipe), que é tido como o sucessor do Perez!
Vagner diz
Podemos dizer que James Calado "comeu quieto" na prova, Ice? hahahaha
A. ROQUE diz
E para encerrarmos, talvez o que todo mundo esperava era a estreia de Rubens Barrichello na Indy. O que acharam da corrida, da vitória de Helio Castroneves e do desempenho do próprio Rubinho?
marcos pinto diz
A vitória do Helinho foi linda, poupou equipamento e deu um sprint no quarto final da corrida, foi agressivo até tomar a ponta, abriu vantagem não dando chances ao segundo colocado.
Não podemos cobrar nada ainda do Rubinho, esse primeiro ano será de aprendizado. E o engenheiro deixar acabar o combustível na última volta, foi algo tosco.
Vagner diz
Não esperava muita coisa do Rubens nesse começo. Apesar de experiente, F-Indy é realmente outro mundo e ainda vai levar um tempo pra ele se acostumar. Mas acredito que ele fará excelentes provas ao decorrer da temporada. O Helio é o melhor piloto brasileiro disparado da Indy e o que tem mais possíbilidades de vencer. Acho que Indy é mais senso de oportunidade, de saber dar o pulo do gato na hora certa. Hoje foi o dia do Helio!
Pois é, Presidente.
Dejavu... seja na F1, seja na Indy... sempre dão um jeito de deixar o Barrica sem gasopa!
Guilherme Gomes diz
Foi boa a vitória do Helio, e até porque quem é mais ufanista não tem outra opção para torcer por título, o carro do Helio é o melhor ao lado da Ganassi, mas eu vejo o Power bem mais piloto. Tony também fez um bom início de corrida mas acabou cedo. Já o Barrichello, ledo engano quem quis vê-lo no pódio na primeira corrida, é tudo muito novo e o carro é mediano! Aliás, a equipe é mediana!
A. ROQUE diz
Assim, gostaria de agradecer vocês pela paciência e pelo papo. Valeu gente. Até a próxima!
marcos pinto diz
Vai ter próxima?? Tem gente lendo essa papagaiada nossa??
Não creio....
Guilherme Gomes diz
Hahaha, o velho trocadalho!!!
Vagner diz
Agradeço ao convite e boa semana a todos! Tenho certeza que pra mim e pro Ice será uma ótima semana. Até a China!
marcos pinto diz
Ó, cuidado com o que vocês escrevem depois de terminar aqui,  o Roque fica postando os "offs"
Guilherme Gomes diz
Caros, muito obrigado, adorei participar de verdade, ainda mais com gente que realmente entendo do que fala e que fala com propriedade. Na China estaremos juntos torcendo pelo Don Alonso!!!
Vagner diz
Amaury Jr. agora? Mostra os offs da conversa e coloca KC and Sunshine Band de fundo?
Guilherme Gomes diz
Gente só mais uma coisa! Vettel who?
Cade o Vettel???
marcos pinto diz
Só pra registro, não deixem de ler "Carta aberta à Sportv" que será postada logo mais aqui.