* Por Victor Martins
Tô cá pensando aqui com meus botões: e se Hamilton não tivesse abandonado previamente o GP da Austrália, teriam sido quatro de quatro? — sem maldade, pelamor. Seriam 100 pontos contra 72 de Rosberg? Provavelmente. O que Hamilton tá guiando neste ano é coisa de louco. Não há palavras, como diria Luciano do Valle. E pelo jeito, não há muitos estudos que guiem Rosberg, por mais inteligente e eficiente que seja. O que isso quer dizer? Sim, meus caros: só uma hecatombe tira o título de Lewis.
“Como assim, tá dizendo que Hamilton vai ser campeão depois da quarta prova do Mundial?” Então: sim. “Que abusado, que absurdo”. Então: cale-se.
Em Xangai, não deu para o cheiro – que é ruim demais, diga-se; enxofre puro. E aí você olha para o todo e vê que ninguém há de melhorar tanto assim a ponto de alcançar a Mercedes, até porque esta não vai ficar parada no desenvolvimento deste ótimo carro. Dentre os dois pilotos, é consenso geral que Hamilton é melhor e que Rosberg é mais inteligente. A pilotagem está ganhando de longe. E a hecatombe só pode ser uma sequência de abandonos de Lewis para Nico se manter na briga.
Alonso completou o pódio. Até que era esperado, pelo desempenho nos treinos. Aliás, o revezamento no terceiro lugar tem sido interessante: Button, Vettel, Pérez e o espanhol agora. Quatro equipes diferentes. Falta só a Williams ali. Que, vixe maria, tá precisando treinar um pouco mais e estudar o que é esquerda e o que é direita – em termos de pneus.
Sobre o episódio Alonso/Massa na largada, não sei bem a que conclusão chego. A primeira imagem, a geral, me pareceu que o espanhol deveria ser punido, já que essa F1 é rigorosa e opressora; da câmera on-board, não fica claro que há um movimento brusco para jogar o carro à direita. Se houve essa dúvida na cabeça dos comissários, não seria justo aplicar qualquer pena. Felipe reclamou na hora, é claro, mas tinha muito mais a reclamar da equipe depois. Também não foi aquilo que determinou seu resultado.
E Riccardinho, hein? Molecão tá dando aquele suadouro em Vettel. E quase deu em Alonso no fim da prova. Havia uma dúvida leve se a Red Bull tinha escolhido certo e se não fora injusta com Vergne. A quarta prova do ano só traz um asterisco em cima da certeza construída nas anteriores. Hülkenberg fez o que dele se esperava, Räikkönen xingou não sei quem porque foram lhe perguntar sobre motivação, Kvyat foi aos pontos de novo, e a McLaren, deusdocéu, Whitmarsh tá mandando mais lembranças.
Outra coisa: parece mesmo que o GP do Bahrein foi um ponto fora da curva e não sei o quanto a corrida ter sido excelente influi no gosto acre que gerou esta da China. A F1 vai, depois de uma pausa, a Barcelona, uma pista que não é das mais propícias a boas corridas. Se a impressão que fica é a última, o mundo volta a ser como antes: é bom não esperar nada empolgante para a abertura da temporada europeia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário