Foi menos agitado do que eu imaginava.
Mas foi um bom GP da Austrália.
Vitória de Rosberg, a quarta da carreira, uma a menos que o pai.
Com uma vantagem para o segundo colocado, Ricciardo, que diz muito sobre este início de temporada: 24s500.
Magnussen completou o pódio. O primeiro estreante a conseguir tal honra desde Hamilton, em 2007. E um feito que o pai, Jan, nunca obteve.
O cataclismo não se confirmou: 15 carros cruzaram a linha de chegada.
Melbourne teve um dia de clima ameno, 17°C no ar, 21°C na pista.
A primeira tentativa de largada foi abortada: Chilton e Bianchi não conseguiram sair e foram levados para o pit lane.
Quando valeu, Rosberg foi sensacional. Costurou pela direita e tomou a liderança antes que Hamilton e Ricciardo entendessem o que estava acontecendo. Um show.
Massa se deu mal. Kobayashi veio freando pela reta como uma vaca louca e acertou com tudo a traseira do Williams. Ambos abandonaram.
É aquele velho ditado das pistas: você não ganha uma corrida na primeira curva, mas você pode perdê-la. O japonês foi mal nessa...
“Primeira corrida do ano, eu não tenho a menor ideia do que ele tentou fazer. É perigoso, uma porrada na traseira... É até difícil achar palavras. Ele não usou a cabeça”, disse Massa ao repórter Marcelo Courrege, da TV Globo.
Na terceira volta, Vettel parou nos boxes. Na quarta volta, foi a vez de Hamilton abandonar. Ambos com problemas no motor.
“É um saco. Tivemos uma pré-temporada difícil”, afirmou o alemão.
Na oitava volta, Bottas passou Raikkonen e assumiu a sexta posição. Pelo rádio, a Ferrari alertou Alonso de que o Williams estava chegando.
Durou pouco. Na décima volta, Bottas carimbou o muro e perdeu a o pneu traseiro direito. Safety car.
O top 10 à esta altura: Rosberg, Ricciardo, Magnussen, Hulkenberg, Alonso, Raikkonen, Vergne, Kvyat, Button e Sutil. A vantagem do alemão, 7s530.
Começou, então, um corre-corre para os boxes. E quem se deu bem foi Button, que pulou de nono para sexto.
A relargada veio na 16ª volta.
O top 10, Rosberg, Ricciardo, Magnussen, Hulkenberg, Alonso, Button, Vergne, Raikkonen, Sutil e Kvyat.
Forte na ponta, o alemão logo tratou de recuperar sua vantagem. Na 20ª volta, já tinha novamente 5s842 sobre Ricciardo. Na 27ª, rompeu a barreira dos 10s: abriu 10s843.
Na 28ª, Ericsson parou. Restavam 17.
Na 31ª, foi a vez de Maldonado. Restavam 16.
Na 32ª, Gutierrez inaugurou a segunda janela de pits. Button e Pérez entraram na sequência, e o inglês perdeu a ponta do bico quando o carro foi colocado no chão.
Bottas continuava bem, mesmo após a batida no muro. Na 35ª, aproveitou-se de um erro de Raikkonen e subiu para quinto.
Logo depois, Alonso parou. Ricciardo, Bottas, Raikkonen e Kvyat fizeram o mesmo.
Magnussen entrou na 37ª. Rosberg, na 38ª, voltando na liderança mesmo após uma problema na troca do pneu dianteiro esquerdo.
E Button se deu bem de novo, ganhando mais duas posições: pulou pra quarto.
O top 10 após a segunda janela de pits: Rosberg, Ricciardo, Magnussen, Button, Alonso, Hulkenberg, Vergne, Bottas, Raikkonen e Kvyat.
Na 44ª volta, o alemão já tinha 18s219 sobre o australiano, que já começava a tomar pressão de Magnussen.
Na volta seguinte, Grosjean abandonou, 15 continuaram.
Bottas, lembram dele? Continuava sendo o showman da corrida. Aproveitou uma bobeada do Vergne na 47ª volta e assumiu o sétimo posto.
Veio então um rádio para Magnussen: “Vá para cima do Ricciardo. Ele está com problemas”. Coincidência ou não, o australiano reagiu: fez sua melhor volta na prova.
Bottas mantinha o pé embaixo. Na 52ª, deixou Hulkenberg para trás: P6.
E assim ficou.
O top 10 na linha de chegada, Rosberg, Ricciardo (depois desclassificado), Magnussen, Button, Alonso, Bottas, Hulkenberg, Raikkonen, Vergne e Kvyat (e Perez).
“Vocês me deram um carro perfeito”, disse Rosberg, pelo rádio.
Uma frase que talvez precise ser relativizada. Talvez não seja perfeito. Mas certamente é muito, muito melhor do que todos os outros.
A Mercedes é favorita ao título. E Rosberg começa a luta interna um passo à frente.
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