segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

No caminho do bem*

* Por Luis Fernando Ramos


A reunião dos engenheiros e pilotos da Williams ontem em Jerez se estendeu mais que o previsto, o que é normal de acontecer no time. Enquanto a imprensa mundial em peso o aguardava na parte de fora do motorhome, Massa se levantou e pediu a palavra, agradecendo a todos e se dizendo muito feliz em fazer parte da equipe, além de se mostrar bastante animado para a temporada.

Este sentimento ficou claro nos minutos seguintes. Tranquilo e sorridente, Massa atendeu com paciência as tevês do mundo todo. Depois se sentou com a imprensa escrita para uma longa conversa. Nela, não cansou de reafirmar sua confiança no seu novo time. “A Williams é uma equipe profissional e capaz de fazer um grande trabalho na Fórmula 1. Está claro que ela não está na categoria para andar atrás, mas para brigar pelas primeiras posições”.

Claro que uma parte significativa da alegria está na confirmação de que o motor Mercedes chegou à primeira bateria de testes dos novos V6 como a unidade melhor preparada. Massa foi claro ao dizer que gostou muito do que sentiu dela. Mas apontou também que o time sairá daqui com alguma lição de casa. “Temos muito a fazer de agora até o teste do Bahrein, serão semanas importantes para resolver alguns probleminhas. Mas estamos num bom caminho. Precisamos fazer algumas simulações de corrida no Bahrein e, assim, chegar na primeira corrida com a confiança de que seremos competitivos e de que iremos terminá-la, o que será fundamental pois ali está uma chance de somarmos muito pontos e até de lutar por um pódio”.

Mas há um outro fator importante: a equipe. O agradecimento do brasileiro aos engenheiros no caminhão não foi para inglês ver. Massa está realmente apreciando o trabalho com o pessoal da equipe de Grove. E confiante que também pode trazer ao time lições importantes de Maranello. “É diferente. Há muito para aprender, mas acho que é importante misturar as coisas boas dessa equipe com as coisas boas de outras equipes. Há várias pessoas novas na equipe, boas pessoas. Fico feliz que eles investiram nesse qualidade humana para mudar a situação do ano passado, um dos piores na história da Williams. E fico feliz de ter escolhido uma equipe que está contratando pessoas pensando no futuro, e não uma que está perdendo pessoas”.

Além de Pat Symonds, a Williams trouxe dois aerodinamicistas novos: Dave Wheater da Lotus e Shaun Whitehead, que trabalhava ao lado de Adrian Newey na Red Bull. E quando chegar nos boxes do time na Austrália, Massa encontrará um novo engenheiro-chefe supervisionando o trabalho nos dois carros. Seu velho amigo Rob Smedley.

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