* Por Lívio Oricchio
Pouco antes do GP do Canadá, em junho, o cenário para o Brasil ter até mesmo dois representantes na Fórmula 1 era bom. Felipe Massa fazia boa temporada na Ferrari e Felipe Nasr, da Carlin, na GP2. Hoje, dois meses apenas depois, a possibilidade de o País ter representante na competição ficou menor.
Massa não disputou ontem um GP da Bélgica dos sonhos, como seria importante para impressionar a direção da Ferrari. Ele mesmo já disse estar sob exame. E Nasr cometeu erro importante sábado, em Spa-Francorchamps, ao tentar ultrapassar o companheiro, o inglês Jolyon Palmer.
Seu desempenho na corrida de ontem, contudo, segunda da GP2 no fim de semana, impressionou a todos. Largou em último e chegou num fantástico oitavo lugar. Mas ao não marcar pontos, sábado, jogou fora a possibilidade de assumir a liderança do campeonato. O seu adversário principal, até então, o monegasco Stefano Coletti, da Rapax, também não ficou entre os dez primeiros.
Agora, segundo com 130 pontos, Nasr terá de enfrentar não apenas Coletti, ainda líder, com 135 pontos, como dois outros concorrentes, o suíço Fabio Leimer, da Racing, com 128, e o inglês Sam Bird, da Russian, com 121. Os dois aproveitaram-se das dificuldades de Coletti e Nasr no circuito de Spa-Francorchamps e de suas belas performances para entrar na luta pelo título.
Diante de como o mercado da Fórmula 1 está se definindo, ser campeão da GP2 parece ser pré-requisito sine qua non para ascender à competição maior.
Nos próximos dois meses Massa e Nasr têm de recuperar o terreno perdido para o Brasil voltar a pensar em ter piloto no grid da Fórmula 1 em 2014. Massa voltar a ser o piloto veloz, combativo e regular que o levou a quase ser campeão em 2008 e Nasr conquistar o título da GP2. São desafios grandes.
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