sexta-feira, 26 de julho de 2013

Felipe Massa admite deixar a F-1 se não estiver em uma equipe forte*

* Por Lívio Oricchio

Para Felipe Massa, a renovação de seu contrato com a Ferrari dependerá dos próximos resultados dele nas corridas. "É isso o que conta na Fórmula 1. Se eu tiver uma corrida normal aqui na Hungria, tenho certeza de que com o meu bom ritmo, tanto de classificação como de corrida, vou obter um bom resultado", afirmou nesta quinta-feira no circuito Hungaroring, em Budapeste. O brasileiro também admitiu que para correr por equipes menores, prefere deixar a F-1.

Ao contrário do que muitos pensam, mesmo dentro da Fórmula 1, Massa dá a entender que Stefano Domenicali, diretor da Ferrari, não se decidiu ainda por substituí-lo, depois de quatro erros comprometedores nas últimas quatro etapas, Mônaco, Canadá, Grã-Bretanha e Alemanha. E o GP da Hungria representa ótima oportunidade para conquistar o que precisa para se manter na escuderia italiana em 2014.

Apesar do retrospecto recente bastante ruim, o piloto brasileiro garante que não levará esse cenário para dentro do cockpit, já a partir do primeiro treino livre, deste sexta, à 5h da manhã, no horário de Brasília. "Se eu tiver um carro competitivo, tenho de ir para cima. Se você pilota com preocupação extra ou com medo, acaba errando." Disse mais: "Nunca corri com medo na minha vida. Não vou entrar no carro com medo de fazer besteira, esse não sou eu".

O histórico de Massa na etapa húngará não é favorável. Ao menos em termos de que mais precisa, resultados. Em 2008, largou espetacularmente e dominou a corrida. A três voltas do fim, porém, o motor quebrou quando a vitória era iminente. Na temporada seguinte, sofreu o pior acidente da carreira, a ponto de voltar a correr apenas no campeonato seguinte. Marcou pontos na pista de Budapeste em quatro oportunidades: nono no ano passado, sexto em 2011, quarto em 2010 e sétimo em 2006.

ATÉ O GP DA ITÁLIA
A Ferrari, assim como os demais times bem estruturados e com vagas em aberto, deve definir seus pilotos até o GP da Itália, no início de setembro. Por essa razão, Massa tem consciência de que a prova do fim de semana e a da volta das férias, dia 25 de agosto, na Bélgica, serão capitais para a direção da Ferrari mantê-lo como companheiro de Fernando Alonso. Ou mesmo substituí-lo. E os candidados seriam, provavelmente, dois: Nico Hulkenberg, da Sauber, e Paul Di Resta, da Force India.

Na realidade, o que está em jogo nos circuitos Hungaroring e Spa-Francorchamps é o seu futuro no Mundial, conforme o piloto diz: "Se for para mudar de equipe, terá de ser por outra competitiva, caso contrário não me interessa permanecer na Fórmula 1". Para se preparar melhor para o GP da Hungria, Massa se propôs a treinar com os novos pneus Pirelli, em Silverstone, na semana passada. "A gente tem tão pouca oportunidade de testar...", comentou. "Os novos pneus são praticamente os mesmos de 2012. Mais constantes e na primeira volta um pouco mais lentos. Não dá para saber quem pode se dar melhor com eles."

Na sua visão, a redução da velocidade nos boxes, de 100 km/h para 80 km/h, é boa por aumentar a segurança, assim como será se estabelecerem um tempo mínimo de pit stop, a fim de evitar o estresse dos mecânicos naqueles pouco mais de dois segundos, o que tem gerado alguns acidentes, como o piloto sair sem a roda estar presa.

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