sexta-feira, 7 de junho de 2013

Uma corrida para a F-1 se reerguer*

* Por Luis Fernando Ramos


Nas últimas semanas a Fórmula 1 ocupou as manchetes pelos motivos errados. A polêmica sobre o teste que a Mercedes realizou com o carro deste ano para ajudar no desenvolvimento dos pneus Pirelli misturou política com o esporte e desanimou até mesmo os mais fervorosos fãs da categoria. Para complicar, o episódio envolveu a equipe vencedora da última corrida realizada. Um GP de Mônaco que foi até movimentado mas, pelas características do circuito, nunca é uma prova de tirar o fôlego.

Sorte da F-1 que a próxima etapa é o GP do Canadá em Montreal. Não há um lugar melhor para promover a categoria. A começar pelo incrível clima de festa que envolve a cidade, a que mais abraça o evento em todo o calendário com suas festas de rua com a corrida como tema, desfile de carros esportivos e a habitual agitação da maior cidade da região de Quebec.

O traçado do circuito Gilles Villeneuve também ajuda. A proximidade do muro com o asfalto pune mesmo o menor erro. Mas, ao contrário de Mônaco, é possível se ultrapassar na longa reta que antecede os boxes com certa facilidade. Trocas de posição serão uma constante ao longo de toda a prova. E a probabilidade de entrada do Safety Car também é grande, o que embaralha as estratégias e abre a chance de sucesso para pilotos que arriscam.

Para completar, a previsão para o final de semana no Canadá é de clima instável e baixas temperaturas, um fator que complica ainda mais a vida dos pilotos na hora de manter o carro na pista e de controlar o desgaste dos pneus. Há boas chances de chover tanto nos treinos livres de sexta-feira como na classificação no sábado. Isto acontecendo, os pilotos iriam para uma corrida seca no domingo sem a menor noção do comportamento dos pneus nestas condições.

Seria um cenário de sonho. Vale lembrar que há dois anos a corrida no Canadá foi uma das mais eletrizantes da história da categoria, com Jenson Button partindo para uma reação espetacular e assumindo a liderança na última volta depois de chegar a andar na última colocação.

Num momento delicado como este, a F-1 precisa justamente de uma corrida assim.

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