terça-feira, 7 de maio de 2013

SP INDY 300 2013: Sensacional*

* Por Bruno Vicária


Foi um corridão. Daqueles de encher os olhos. A São Paulo Indy 300 hipnotizou tanto os espectadores que o público não arredou o pé até a bandeirada, mesmo seus candidatos tendo ficado para trás.

Desde a primeira prova, em 2010, nenhum outro piloto diferente de Will Power havia vencido. Isso não contribuía muito para a popularidade do evento. Mas 2013 tirou todas as dúvidas sobre a qualidade do Circuito do Anhembi, que paraliza por três dias parte da faixa local da Marginal Tietê.

Cinco pilotos brigando pela vitória até a bandeirada, com uma diferença inferior a dois segundos entre eles. Sem chuva, sem problemas, nada que desse arsenal aos críticos de plantão. E sem Penske. Nem Ganassi. A má fase das (até o ano passado) potências contribuiu também para este espetáculo. Power quebrou. Helio Castroneves só se envolveu em enrascadas, enquanto Dario Franchitti e Scott Dixon sequer foram notados na corrida.

Takuma Sato foi brilhante. Aproveitou o azar de Tony Kanaan, cuja equipe KV vacilou ao deixá-lo sem etanol, mostrou ter encaixado de vez no modelo DW12, mas acabou perdendo rendimento e, sob pressão, errou. Exagerou na freada e deixou o traçado ideal livre para James Hinchcliffe, que tracionou melhor e chegou 0s3 à frente.

Outro dado impressionante: apenas 30 segundos separaram os 18 primeiros. Foi uma prova que começou morna e pegou fogo após um período repleto de acidentes. Isso sem falar no evento em si, com padrão de F-1, mas com o estilo "caseiro" da Indy, o que cria um ambiente único. Antes desacreditada, a São Paulo Indy 300 conseguiu mostrar que merece ser perpetuada no calendário da Indy. O final abaixo merece bis.

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