sábado, 9 de março de 2013

F1: REGULAMENTO 2013


O regulamento da temporada 2013 do Mundial de F1 tem sua base muito parecida com o do ano passado, mas compreende diferenças cruciais, tanto no aspecto técnico, quanto no desportivo. Visualmente, a categoria adotou o chamado ‘painel de vaidade’, peça que as equipes podem usar para esconder o degrau no bico, que deixava os carros com aparência bastante impopular. Assim, várias equipes fizeram uso do expediente: Ferrari, Force India e Toro Rosso, além da McLaren, que continua sem degrau para 2013.

Outras mudanças relevantes foram a extinção do duplo DRS e o aumento do peso mínimo dos carros. O limite anterior, que era de 640 kg, foi elevado a 642 kg por conta das novas configurações dos pneus, novamente desenvolvidos pela Pirelli, fornecedora exclusiva da F1. A fábrica de Milão, aliás, também traz uma mudança: os compostos duros, outrora com as laterais pintadas na cor cinza, agora passam a receber a cor laranja, justamente para facilitar a identificação por parte do telespectador e de quem acompanha a corrida nos autódromos pelo mundo.

Diferente dos últimos três anos, o grid da F1 não conta com a presença da HRT, que faliu. Assim, serão 22 os carros em 2013. Dessa forma, o número de eliminados no Q1, primeira parte do treino de classificação, caiu para seis.

*** REGULAMENTO ESPORTIVO

* PILOTOS

Cada equipe poderá usar quatro pilotos diferentes em uma mesma temporada, podendo somar pontos com cada um deles. Cada equipe também poderá usar pilotos adicionais em qualquer sessão de treinos livres de sexta-feira, sendo vedada a participação de mais de dois pilotos por equipe na mesma sessão, desde que, obviamente, cada competidor tenha sua Super Licença outorgada junto à FIA.

* SISTEMA DE PONTUAÇÃO

Os pontos serão distribuídos a cada corrida e de acordo com a classificação final dos pilotos e construtores em cada etapa dos respectivos mundiais de F1. A pontuação segue o padrão dos últimos dois anos:

1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18
3º lugar – 15
4º lugar – 12
5º lugar – 10
6º lugar – 8
7º lugar – 6
8º lugar – 4
9º lugar – 2
10º lugar – 1

Caso a corrida tenha duração de menos de duas voltas, não haverá soma de pontos. Se a prova durar mais de duas voltas, mas menos de 75% da distância original prevista, serão computados metade dos prontos previstos no regulamento. Apenas se o líder completar 75% ou mais da distância original, os pontos serão computados em sua totalidade.

* TESTES 

Nenhum piloto poderá percorrer mais de 15 mil km de testes em um mesmo ano. Não é permitida a realização de testes entre o período de fim de semana de GP, durante agosto ou entre a semana que antecede a primeira etapa do Mundial até 31 de dezembro do mesmo ano, com exceção aos testes aerodinâmicos, que são feitos em linha reta. As filmagens promocionais não se incluem neste ínterim, uma vez que não são considerados testes para a FIA, que só permite tal atividade com o uso de pneus de demonstração.
Classificação

A sessão classificatória, responsável por definir o grid de largada, está dividida em três partes: Q1, Q2 e Q3. Durante o Q1, qualquer piloto, cujo tempo exceda os 107% do melhor tempo marcado durante este segmento, ou que não chegue a marcar tempo, não poderá participar da corrida. Entretanto, devido a circunstâncias excepcionais, os comissários podem permitir ao carro começar a prova. Os seis pilotos mais lentos do Q1 são eliminados e não avançam ao Q2. Dos 16 restantes no Q2, apenas dez avançam para o Q3. Nesta fase, os mais rápidos determinarão para determinar o pole e o grid de largada das cinco primeiras filas na corrida.
Carro-reserva, motor e câmbio

Nenhum piloto poderá ter mais de dois carros disponíveis para seu uso em qualquer momento durante a prova. Nenhum competidor poderá usar mais de oito motores em uma mesma temporada. Caso o piloto viole o regulamento, perderá dez lugares no grid.
Nenhum piloto poderá usar mais de uma caixa de câmbio durante cinco etapas consecutivas em que sua equipe participe. Caso algum competidor faça troca da caixa de câmbio, este perderá cinco lugares no grid de largada do GP onde cometeu a infração.

* MECÂNICOS 

No chamado toque de recolher, nenhum membro da equipe que esteja associado, de alguma maneira, com o manejo dos carros poderá estar no circuito nos seguintes períodos:
Um período de oito horas — e não mais seis, como era até 2012 —, que começa 11 horas antes do início do primeiro treino livre; com exceção de Mônaco, um segundo período que começa dez horas e meia depois do fim do treino livre 2 e termina três horas antes do início do terceiro treino livre; em Mônaco (cujo P1 é tradicionalmente realizado na quinta), o segundo período começa 32 horas e meia depois do fim do treino livre 2 e termina três horas antes do começo do treino livre 3. Cada escuderia pode quebrar estas diretrizes em até duas ocasiões ao longo do Mundial, enquanto no ano passado o limite era de quatro corridas. Entretanto, essas exceções não podem ser quebradas no mesmo GP.

* PNEUS 

A Pirelli é a única fornecedora de pneus da F1. A fabricante disponibiliza seis tipos de compostos: quatro opções para seco — duro, médio, macio e supermacio —, um para chuva intensa e outro intermediário. Dos quatro para seco, a Pirelli seleciona dois por GP (um que é tecnicamente chamado de prime, o mais duro deles, e o segundo, o option, o mais macio). Os intermediários e os de chuva intensa estão sempre à disposição.

Cada piloto tem à sua disposição um máximo de 11 jogos de pneus para pista seca, sendo que seis são prime e cinco option por GP. Nenhum piloto poderá usar mais de quatro jogos de intermediários e três de chuva intensa em uma etapa da temporada.

* O QUE MUDOU?

DRS — asa móvel: Diferente do que acontecia até a temporada passada, em 2013 o uso da asa móvel só será permitido nas áreas pré-determinadas pela FIA para cada pista do calendário também nos treinos livres e sessões classificatórias. Em condições de baixa visibilidade, o diretor de prova pode decidir pelo veto ao uso da asa móvel até que a situação voltar ao normal.

Taxa de adesão: Cada uma das 11 equipes inscritas para a disputa do Mundial de F1 em 2013 tem de pagar uma taxa padrão de US$ 500 mil além de cada ponto somado na temporada passada. O regulamento, contudo, prevê que a campeã do mundo, no caso, a Red Bull, pague uma taxa de US$ 6 mil maior para cada ponto conquistado — ou seja, 460 pontos x US$ 6 mil = US$ 2,76 milhões. As outras equipes pagam US$ 5 mil por cada ponto conquistado.

*** REGULAMENTO TÉCNICO

* DIMENSÕES

A largura total dos carros da F1 em 2013 não deve exceder 1.800 mm, sem contar os pneus. A altura total não pode ultrapassar 950 cm. Já o peso não pode ser menor que 642 kg, incluindo o piloto e considerando o tanque do carro vazio.
Altura do bico

O regulamento técnico obriga a redução do limite de altura do bico dos carros da categoria de 62,5 para 55 cm, apêndice que proporcionou à boa parte dos projetistas das equipes a concepção de carros com saliências na parte dianteira, o famoso degrau no bico. A intenção da FIA foi garantir que todas as partes do bico estejam abaixo da altura das laterais do cockpit, assegurando assim a segurança dos pilotos no caso de uma batida em ‘T’. Mas as equipes são facultadas a usar um ‘painel de vaidade’ para ocultar o degrau.

* DISTRIBUIÇÃO DE PESO

A F1 mudou um item no regulamento introduzido na temporada passada. A regra compreende uma gama limitada de ajuste para a distribuição de peso, visando assim ajudar os pilotos na adaptação aos pneus Pirelli. Assim, o peso na dianteira e na traseira não poderá ser menor que 292 e 343 kg, respectivamente, durante todas as sessões de classificação.

* TESTE DE FLEXIBILIDADE

A FIA definiu, no regulamento técnico, que os testes para flexão da asa dianteira serão mais rigorosos em 2013. Segundo o documento, a asa não pode flexionar mais do que 10 mm verticalmente ao sofrer um teste de carga. No fim das contas, a ideia é banir qualquer possibilidade de que haja um bico flexível, algo que acarretaria ganho aerodinâmico, como se suspeitou da Red Bull nas últimas temporadas.

* CRASH-TESTS

O regulamento agora prevê mudanças e maior rigor na aplicação dos testes de impacto dos chassis da F1. Todas as células de sobrevivência fabricadas por uma equipe serão submetidas a um crash-test, e não apenas uma, como era antigamente.

* FORÇA MAIOR

Segundo o regulamento técnico, os pilotos devem garantir uma amostra de 1 L de gasolina no carro para serem avaliadas a qualquer momento do fim de semana. Depois de uma sessão de treinos, se um carro não for levado de volta para os boxes pelas suas próprias forças, ele será obrigado a fornecer este 1 L de combustível para análise, mais a quantidade de combustível que seria necessária para o piloto chegar aos boxes. Essa quantidade adicional de combustível será determinada pela FIA. Dessa forma, caso um piloto tenha algum problema no retorno aos boxes depois do fim de uma sessão classificatória, mas tenha quantidade suficiente de combustível, nada lhe implicará punição.

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