quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

GP da Áustria – realista?*

* Por Luis Fernando Ramos


Muitos indícios apontam que a misteriosa décima etapa do Mundial do ano que vem, marcada para o dia 21 de julho, uma semana antes do GP da Hungria, acontecerá na Áustria. Tirar o GP da Alemanha dessa vaga passando-a para o início do mês aponta que a corrida será mais perto de Budapeste do que é Hockenheim. Traça-se uma linha reta - e larga - entre os dois pontos e a lista de opções é restritíssima: Salzburgring, Adria, Brno, Pannoniaring - todas sem a homologação máxima exigida pela FIA para a Fórmula 1 - e Red Bull Ring - que possui esse requisito. É lógico, é óbvio e é inteligente.
Eu estive na reinauguração da pista em Spielberg em maio do ano passado. É preciso trabalhar apenas em duas frentes para deixar o circuito pronto para um eventual GP da Áustria: a construção de mais arquibancadas para aumentar a capacidade, algo facilmente contornável com a opção de estruturas móveis; e ampliar a sala de imprensa, pequena demais para o número de profissionais que vai cobrir uma corrida de F-1. Seriam obras baratas para abrigar um evento deste porte, no mais estaria tudo pronto.

A grande questão é a da taxa a ser paga a Formula One Management de Bernie Ecclestone. É como eu escrevi depois de visitar a pista em 2011. O dono da Red Bull, Didi Mateschitz, tem muito dinheiro porque não gosta de jogá-lo fora. A corrida só aconteceria se houvesse um “precinho camarada”.
Como este eventual GP da Áustria teria um efeito “tampão” no calendário, sem a necessidade daqueles contratos de cinco anos e com aumentos anuais substanciais da maneira que Ecclestone gosta, podemos ter aí as condições para o tal “precinho camarada”. Um único GP da Áustria para a Red Bull celebrar o país de origem da empresa na esteira de tanto sucesso nas pistas, enquanto Nova Jersey (ou Sotchi ou qualquer outro lugar) termina seu projeto para 2014. A hora para que o evento aconteça é perfeita.
Fã que sou da lindíssima região da Estíria e da beleza do circuito encravado na encosta de uma montanha, bato os tambores para que as duas partes entrem em acordo. Uma corrida de F-1 tão pertinho de casa seria uma espécie de Natal no mês de julho para mim.



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