quinta-feira, 29 de novembro de 2012

FIA garante que ultrapassagem de Vettel sobre Vergne no GP do Brasil foi legítima, diz revista

* Grande Premio

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) afirma que não há dúvidas sobre a legitimidade da ultrapassagem feita por Sebastian Vettel em cima de Jean-Éric Vergne na quarta volta do GP do Brasil. Desde o fim da corrida que marcou a decisão pelo título da temporada 2012, em Interlagos, se discute a legalidade da manobra, uma vez que supostamente esta aconteceu em um trecho sinalizado com bandeira amarela pouco depois da saída da curva do Sol.

Segundo a FIA, não há razões para contestar o resultado de Vettel no Brasil
(Foto: Bruno Terena/Grande Prêmio)

Segundo o site da revista britânica ‘Autosport’, fontes ligadas à FIA garantiram que não haverá qualquer tipo de punição a Vettel por sua manobra no GP do Brasil, onde terminou em sexto lugar, garantindo assim seu terceiro título consecutivo na F1.

De acordo com a publicação, a Ferrari, equipe do vice-campeão Fernando Alonso, reviu as imagens do vídeo que mostra Vettel ultrapassando Vergne sob bandeira amarela na volta 4. E na manhã desta quinta-feira (29), a escuderia de Maranello informou, via Twitter, que pediu à entidade esclarecimentos sobre a manobra do piloto da rival Red Bull.

Fontes da FIA afirmam que o trecho com bandeira amarela foi sinalizado por um painel luminoso antes da curva 3, por um fiscal no setor 3, e terminava 150 metros antes da curva 4, onde um painel de luz verde estava acionado. Entretanto, havia um fiscal entre esses dois painéis, e uma bandeira verde foi acenada por ele. Segundo o regulamento esportivo, se uma bandeira verde é exibida antes da luz verde, prevalece a primeira sinalização verde.

Dessa forma, a FIA entende que não há dúvidas a respeito do assunto, e que a ultrapassagem de Vettel em cima de Vergne foi absolutamente legal. A entidade deve dar um parecer oficial sobre o assunto ainda nesta quinta-feira.

Barrichello na Globo, por que não?*

* Por Felipe Giacomelli


Não sei se foi algum tipo de teste ou apenas uma aparição surpresa, mas Rubens Barrichello foi o grande destaque da abertura da transmissão do GP do Brasil da TV Globo. O brasileiro foi convidado pela trupe de Galvão Bueno para participar da cobertura da corrida, onde participou do pit-walk e comentou de dentro da cabine.

Curiosamente, o que se viu foi um Rubens solto, cheio de confiança e dominando a situação. Tudo começou no pit-walk, quando Barrichello entrevistou Jenson Button, de quem havia sido companheiro de equipe por quatro temporadas, e até contou ao vivo o segredo de ver se a chuva se aproxima de Interlagos na direção do S do Senna.

Depois veio a melhor parte. Ao lado do repórter Carlos Gil, o brasileiro tentou falar com Lewis Hamilton, mas o piloto não estava no carro naquele momento. Aí não sei exatamente o que aconteceu. Alguém pode ter falado no ponto eletrônico para que entrevistassem o pai de Hamilton ou então Rubens tomou a frente da situação e ele mesmo resolveu falar com o empresário britânico.

Após uma entrevista talvez totalmente no improviso, Barrichello se tornou o dono da situação. Com o microfone na mão, o piloto resolveu que queria terminar a transmissão dando um abraço em Michael Schumacher. E lá foram os dois correndo rumo ao carro da Mercedes, enganando até mesmo um fiscal. Nessa hora, coitado do Carlos Gil, que ainda precisou disparar na frente para tentar pegar o heptacampeão fora do carro.

Mesmo com o esforço do repórter, não deu. Barrichello não conseguiu falar com o antigo parceiro da Ferrari, mas foi uma situação curiosa e bastante espontânea. Imagino que se fosse Mariana Becker ou o próprio Gil correndo atrás de um piloto sem conseguir chegar a tempo, os espectadores fariam chacota nas redes sociais. Com Rubens, porém, foi diferente. Embora todo mundo tenha feito a piada óbvia de ele ter chegado atrasado até nisso, a postura do brasileiro foi bastante elogiada.


Com o início da corrida, Rubens subiu à cabine da TV Globo para participar da transmissão. O grande desafio do piloto seria trabalhar junto com Luciano Burti, já que, em tese, os dois fariam a mesma função. Ou seja, assim corria-se o risco de um deles aparecer menos que o outro, pois disputavam o mesmo espaço.

No entanto, os dois até que trabalharam bem juntos. Enquanto Burti manteve o padrão das coberturas das demais etapas do ano, Barrichello teve mais espaço para falar sobre o que acontecia na pista. E ele surpreendeu. O ex-piloto de Ferrari, Brawn e Williams conseguiu dar informações relevantes – como comentar a percepção dos demais pilotos sobre a postura de Kobayashi nas brigas por posições ou analisar a emoção de Massa após a prova – sem tentar se autopromover.

Outro ponto positivo de Barrichello foi deixar o pachequismo de lado. Pode até ser que o piloto estivesse torcendo para que Felipe Massa vencesse a corrida, mas ele não entrou na onda pró-Brasil da transmissão global. Comentou o que acontecia e ponto, dando informações de alguém que sabe muito bem o que acontece dentro da categoria.

Ter aparecido com destaque na transmissão da TV Globo, por fim, pode pesar no futuro do piloto. Se Barrichello precisa convencer patrocinadores para uma nova temporada da Indy, uma opção que pode se abrir é ser comentarista das corridas da F1, enquanto participa da Stock Car, já que não há choque de datas entre as categorias.

Caso isso aconteça, se Rubens conseguir manter a postura confiante e imparcial dessa primeira prova, ele pode alcançar o patamar de nomes como Eddie Jordan e David Coulthard, que são bastante populares como comentaristas de emissoras internacionais.

Até porque a concorrência com Burti é desleal. Enquanto um passou dois anos na F1 – e outros poucos como piloto de testes – cerca de dez anos atrás, o outro competiu na categoria por 19 anos e conhece praticamente todos do grid como velhos amigos. Isso sem falar na carisma de cada um.

Assim, a Globo tem a faca e o queijo na mão nesse momento. Além de contar com uma cobertura mais precisa, a emissora carioca pode aproveitar da popularidade de Barrichello para dar alguma alavancada na audiência.

A SORTE ACOMPANHA QUEM TEM COMPETÊNCIA*

* Por Victor Martins


A sorte acompanha quem tem competência, bem dizem os mongóis, os nascidos na Mongólia, não os que parecem ser, quando estão lá a meditar por seis horas em seus retiros. Durante boa parte do ano, a gente passou dizendo que Alonso era detentor da maior cauda dos mamíferos nascidos na região ibérica diante do infortúnio dos demais. Mas não se pode dizer algo tão diferente de Vettel. E há sempre uma explicação.

Alonso só queria um pequeno caos, uma anarquia generalizada numa corrida de 71 voltas que pudesse colocá-lo em pé de igualdade com seu rival de título. O caos veio numa série de atos que muito lembrou o campeonato de 2008: a chuvinha que chacoalhou o começo da prova e, sobretudo, Senna. Deveras esperto, Fernando teve ter assinado um pacto com Dilma Rousseff, o Bolsa-Piloto Canarinho, vide o que Senna fez ali no Lago e o que Massa lhe fez nestas últimas corridas. O campeonato de Vettel acabaria ali nas primeiras curvas com tamanha pancada e a estrela de Alonso.

Mas a figa tedesca tem escudo em fibra de carbono. Nada destrói.

Enquanto Alonso tentava abrir caminho, às vezes escapando S do Senna adentro, Vettel ainda tinha contra si um Webber um tanto quanto surtado, que o atrapalhou em largada e relargada. Como em Abu Dhabi, o alemão se viu em último tendo simplesmente de passar o mundo todo, com uma avaria na parte traseira esquerda anterior à roda, mas num circuito de verdade e sobre uma pista traiçoeira por conta dos pingos constantes que a France Météo, coitada, não viu.

Vettel fez as tais 71 voltas sem ultrapassar os limites da pista e tendo de superar um erro meio tosco da Red Bull de chamá-lo para os pits justamente quando a chuva era a mais forte da tarde de ontem. Nas idas e vindas das posições, o sétimo lugar bastou-lhe para ser campeão. Por mais que Alonso seja este espetáculo de piloto, também um dos maiores de todos os tempos, nada aconteceria com o vencedor Button ali na frente para ajudar Alonso a ganhar a posição de que necessitava. Sorte não derruba outra sorte.

E essa aliança da sorte com a competência, que vale tanto para Alonso quanto para a Vettel, é apenas uma máscara que teima esconder dos olhos menos atentos a história acontecendo, já vestida por outros gigantes deste esporte. Estes dois são a representação atual da qualidade extrema dos pilotos que admiramos ou aprendemos admirar dos anos 50 para cá. E que certamente só vamos dar o devido valor, bestas que somos, quando fizermos o comum exercício de olhar para trás.

Diário de um GP – domingo*

* Por Bruno Vicária


Chegou o grande dia, o dia da corrida. Ah, que felicidade. Na época de torcedor, acordava antes das cinco para chegar lá ainda no escuro e garantir um lugar no começo da fila, assim poderia escolher o melhor lugar no Setor A (e não sair de lá até o fim da corrida). Hoje, trabalhando com o "baguio", deu para chegar em um bom horário, às 8h.

Ao contrário dos dias anteriores, onde as atividades começavam muito cedo, neste domingo a ação se daria às 14 horas, mas já eram 7 da manhã e a Sala de Imprensa já estava tomada. Mais cheio que ali, só no paddock. Hoje, foi infernal, pois todas as emissoras de TV e rádio começaram muito cedo.

Confesso para vocês: fui dormir beeem tarde ontem e aproveitei as corridas da Porsche Cup para tirar um pequeno cochilo. As arquibancadas me impressionaram: os setores populares, lotados; os setores corporativos, esvaziados (só foram tomados na hora da corrida). Mas dava para ouvir a farra da galera do Setor G de longe.

Depois de muito café, chegava a hora mais divertida de todo o fim de semana: zanzar pelo paddock nas horas que antecediam a largada. Todos, absolutamente todos que possuiam algum tipo de credencial que permitiam a entrada no paddock estavam lá. E hoje foi dia de figurões: Guga, Emerson Fittipaldi e seu neto Pietro, Damon Hill, Johnny Herbert, a princesa Martin Brundle, Eddie Jordan, Cesar Ramos, Luiz Razia, Sebastien Buemi, Tarso Marques, Ricardo Rosset, Felipe Nasr, Mika Salo, Marc Gené, o entrevistador Nelson Piquet, Thiago Camilo, Alberto Valério, o repórter Rubens Barrichello, Niki Lauda, Cacá Bueno, o ator Owen Wilson, o coxinha do Gilberto Kassab, o prefeito novo Fernando Haddad… Não vi Jackie Stewart, infelizmente. Ele era presença sempre constante.

A aglomeração era tanta que a Ferrari, que serve almoço aos jornalistas, fez o povo comer em pé do lado de fora, pois não cabia uma alma lá dentro. Cheguei a ver repórter se apoiar em lata de lixo para comer. Cada um fazia o que podia. Eu, infelizmente, passei batido pelo almoço e fiquei a base das porcarias que existem na sala de imprensa (Capuccino, Mokaccino, iogurte de mel e os incomparáveis refrigerantes Schin).

Havia também um grupo de jornalistas feminino que babava e esperava por Fernando Alonso. Enquanto conversava com elas, alguém colocou as mãos nos meus ombros e pediu uma "escusa". Era Alonso. Fui devidamente xingado por todas as quatro que estavam comigo. Eu lá tenho culpa?

Mas a grande dúvida era: choveria ou não? Eu torcia pelo sim, pois meu carro havia ganhado uma decoração vinda de alguma bazuca anal, que não sabia se era de algum ser quadrúpede ou bípede. Ninguém acreditava que choveria, as previsões de todos diziam que não, mas a chuva caprichosamente veio.

Quando Vettel apareceu ao contrário na Descida do Lago, a Sala de Imprensa soltou um sonoro "ooooooooooooooh". E houve uma enorme vibração com cada ultrapassagem que acontecia. Todos estavam vidrados, foi uma corrida que prendeu a respiração e a bexiga de todos (muitos diziam "quero ir ao banheiro mas não consigo!"). O acidente entre Hulkenberg e Hamilton também gerou manifestações, mais de solidariedade com o inglês. No fim, com o título, Vettel arrancou aplausos generalizados.

No fim, foi aquela correria para ouvir a palavra de todos. Assim como Massa, Vettel também quase foi às lágrimas na entrevista coletiva. Alonso falava em satisfação; Massa não escondia a decepção por ter tido de ajudar o parceiro. Button, por sua vez, só celebrou mais uma vitória.

E acabou. Agora as equipes começam a empacotar suas coisas em tempo recorde, pois terça-feira, no máximo, os conteineres estarão dentro dos aviões cargueiros no aeroporto de Viracopos. E a gente, vai observando o circo se desmontando já carregando uma carga de saudade, torcendo para março chegar logo para a montanha russa rolar novamente.

O MELHOR DE TODOS*

* Por Ivan Capelli


Ganhou Sebastian Vettel, ganhou a Red Bull. Mas, acima de tudo, ganhou a Fórmula 1. O tricampeonato do alemão, o mais jovem de todos os tempos, coroa o melhor campeonato da história da categoria. Assim como Fernando Alonso, que bateu na trave do tri, Vettel deu shows de pilotagem na temporada. E o GP do Brasil foi o desfecho perfeito para um merecido título. Uma espécie de resumo de todo o campeonato.

Vejamos: o tempo estava absolutamente maluco. Tão maluco que deu nó na cabeça de todo mundo, inclusive dos meteorologistas contratados da FOM. Era só o monitor mostrar “não chove mais” que começava a despencar um toró. Neste cenário caótico, Vettel decidiu agir com cautela. E, como que representando um microcosmo da temporada, começou mal. Foi cauteloso demais na largada, despencando de quarto para sétimo na primeira curva. Ao final da reta oposta, no afã de se livrar de qualquer confusão, freou cedo demais. Kimi Raikkonen precisou travar seus pneus e escapar para o lado externo da curva do lago para evitar um acidente. Bruno Senna vinha logo atrás e não teve a mesma reação. Arriscou uma ultrapassagem por dentro, não foi feliz e quase definiu o campeonato. Empurrou o alemão, que rodou com sua Red Bull e ficou atravessado na pista. Despencou para o último lugar, com o carro detonado, e ali parecia que tudo tinha terminado.

Como pareceu no decorrer da temporada 2012. Sebastian foi dado como carta fora do baralho na briga pelo título, quando ficou mais de 40 pontos atrás de Fernando Alonso na metade do campeonato, com apenas 3 pódios em 10 corridas. E, como que reproduzindo nas 71 voltas do GP do Brasil o mesmo roteiro do decorrer da temporada, partiu para a reação. E que reação. Me arrisco a dizer que foi uma das maiores recuperações da história em corridas decisivas, perdendo apenas para aquela loucura que foi a atuação de Ayrton Senna no GP do Japão de 1988.

Após o acidente com Bruno, Vettel caiu para 22º. A pista úmida estava um sabão, seu escapamento estava amassado, todos andavam com cautela, e o piloto da Red Bull não queria nem saber. Foi ultrapassando ensandecidamente até que, sete voltas depois, já era sexto. Conseguiu, em muito pouco tempo, tirar todo o atraso que o acidente lhe causou. Ali, praticamente garantiu o título. Porém… seria traído por sua própria equipe.

Como foi durante a temporada 2012. Quando Vettel esboçava reação no campeonato, a equipe lhe prejudicava. Quebrou quando liderava fácil em Valencia, quebrou em Monza quando marcaria pontos preciosos. E, quando estava em uma posição relativamente confortável no GP do Brasil, a Red Bull o chamou para os boxes para colocar pneus slick na pior hora possível. Uma volta depois, desabou uma tempestade sobre Interlagos e foi obrigado a parar de novo. A troca para intermediários, ainda, foi um desastre. Mecânicos atrapalhados, pneus ainda no cobertor, uma porcaria de pit stop.

E lá foi Vettel, na chuva, com o rádio quebrado, com o escapamento amassado, ser feliz na vida. Voltou em 10º e tornou a recuperar posições, até chegar em 6º. Nisso, com um rádio que parece ter voltado a funcionar, a equipe lhe avisou que o posto já era seguro e que bastava administrá-lo. E assim foi.

Cruzou a linha de chegada às lágrimas, tricampeão, com justiça. Não que Alonso não merecesse o título, também deu shows de pilotagem na temporada. Qualquer um dos dois seria um honrado detentor do título. Mas, pelo que fez na corrida final, contra tudo e contra todos, Vettel mereceu mais.

Fez no GP do Brasil, a melhor corrida do campeonato, a sua melhor apresentação no ano. E foi assim que terminou o melhor campeonato da história da Fórmula 1. O GP do Brasil representou tudo o que foi a temporada. O melhor do melhor.

VIMOS A HISTÓRIA ACONTECER*

* Por Fábio Seixas


Como se não bastasse ser tricampeão aos 25 anos, Vettel mostrou um baita conhecimento da história. Ontem ele contou um causo divertido que aconteceu assim que ele cruzou a linha de chegada. “O Christian veio no rádio e mencionou os nomes dos pilotos que conquistaram três títulos… E ele esqueceu do Prost!  Ele começou com o Michael, depois falou de Senna, Lauda, Piquet… E então começou um barulho e eu comecei a gritar que ele esqueceu do Prost, que ganhou quatro vezes”. É, este é um garoto especial. No esporte, talento até gera conquistas. Mas para ser verdadeiramente grande, é preciso também ter inteligência. E Vettel une as duas coisas;

Três títulos seguidos aos 25 anos? Acho que este é um recorde que ficará eternizado, sem figura de linguagem;

Ainda sobre Vettel, questionado sobre as chances de algum dia igualar as marcas de Schumacher: “Non sense”. Não, não é. Se nada de errado acontecer, o alemãozinho tem no mínimo mais uns 12 anos de F-1 pela frente. Mesmo se diminuir o ritmo das conquistas, dá pra fazer muita coisa;

Alonso classificou esta temporada de “a melhor da carreira”. E foi mesmo. Se lembrarmos da porcaria que era o carro da Ferrari no começo do ano… Para o caso do espanhol, vale aquele chavão do esporte: ele não perdeu o campeonato, foi Vettel quem ganhou;

Não deu para ficar indiferente à emoção de Massa no pódio e nas entrevistas pós-corrida. Não é que ele chorou. Ele chorou muito. Um choro de desabafo, de peso que escorre dos ombros, de fim de uma temporada de tantas dificuldades e tantos sapos engolidos. Massa vomitou alguns ontem. Ao dizer no pódio, por exemplo, que deveria ter colhido um resultado melhor na prova. Deveria mesmo. Nos últimos dois finais de semana de F-1 do ano, Massa foi melhor que Alonso;

Bruno derrapou nas declarações pós-GP ontem: “Quando se está na briga pelo campeonato, é preciso tomar mais cuidado ao andar no meio do pelotão”. Um recado para Vettel, que, segundo ele, ”estava por fora e veio para dentro com tudo”. Vi algumas vezes o replay. E não entendi assim. Bruno acertou o alemão;

Falando em Bruno, as próximas semanas serão de negociação intensa. Em Interlagos, já houve jornalista que cravasse o acerto de Bottas com a Williams. Não sei, não tenho essa informação e não vou chutar. Mas acho que não vai demorar muito para vir uma notícia sobre o futuro do brasileiro;

Saber perder é uma tarefa difícil. Sei como é… Julia, minha filha, fica louca da vida quando perde em algum jogo. Chora, esperneia, tenta mudar a situação. A Ferrari é parecida. “Estamos orgulhosos de Alonso. Ele é o piloto que realmente merecia este título”, disse Domenicali ontem. A Julia tem 5 anos, espero que ela aprenda. Quanto à Ferrari, é caso perdido;

Raikkonen foi o único piloto da temporada a terminar todos os GPs. E só não marcou pontos em um, Xangai, quando ainda estava se adaptando nesse retorno à F-1. É um pilotaço, e embora não vá comemorar o terceiro lugar, merece aplausos pelo que fez neste ano;

Uma das cenas bizarras da corrida foi o finlandês pegando um trecho da pista auxiliar, ali na Junção. E a explicação dele é sensacional: “Eu fiz aquilo em 2001, e o portão ali estava aberto. Desta vez, alguém fechou. No ano que vem, vou me certificar de que estará aberto”;

Hulkenberg é um baita piloto, estranhamente subvalorizado pela categoria;

Fica, Koba! (E você, já deu sua contribuição?)

Iceman diz: Just GGOO



Amigos da velocidade, amantes do automobilismo, eu nunca escrevi sobre o setor G. Nunca dei meu relato sobre toda essa comunidade que se firmou em algo único. Mas, neste último dia 25 estava eu sentado sobre a primeira arquibancada do setor G quando olhei para baixo e vi uma galera relativamente grande, com as camisetas amarelas e seus respectivos Nicknames descritos nas camisetas.

Foram 6 anos para que eu visse como uma simples ação consegue mobilizar tanta gente. Pode parecer prepotente e desinteressante para alguns, mas me senti extremamente orgulhoso de poder ter feito e dizer ter feito isso. E como um bater de asas de uma borboleta pode movimentar um tornado no Japão, uma simples mensagem foi enviada via “Orkut” (em breve muitos nem saberão o que é isso) e movimentou tantas pessoas para Interlagos.

Nesses seis anos, amizades foram feitas, desfeitas, brigas foram criadas e reconciliadas, e o respeito mútuo entre todos que tinham, em muitas vezes, apenas uma coisa em comum, a paixão pelo automobilismo.Ao estar sentado no topo da arquibancada e vendo rostos que só vemos três dias no ano, me senti orgulhoso de ter gente que nem me conhecia, nem sabia quem eu era, nem sabia que estava sentado ali, olhando aquele mundaréu de gente. Muitos dos quais eu conheci me perguntavam se era o meu primeiro ano com a GGOO, ou seja, se eu era Aspira, logo eu, que no primeiro ano fui achincalhado de perguntas como: “Como é?” “Quando é?” “Que horas eu chego?” “Como eu faço para chegar?” “O que pode ir na mochila?”. E eu, como quase não brinco, disse que sim. E lá, sentado comigo mesmo, no cinismo da minha desenvoltura teatral fiquei feliz em ver como algo anda sozinho e que tudo precisa de um pequeno empurrão.

E em 2007 eu fui ao treino, e em 2008 eu estava fora do Brasil, e em 2009 eu fui ao treino, e em 2010, 2011 e em 2012, eu finalmente estive junto com vocês durante a fila e a corrida. Assim como Felipe Massa, dividindo em dois a minha participação na segunda metade foi sensacional, mas sensacional é ver a mobilização da galera que faz festa até embaixo de chuva.

Lembro que a minha motivação foi ter ido aos GPS de 2000, 2001, 2002, 2004 e 2006 com pessoas que não curtiam tanto a F1, e então decidi enviar uma simples mensagem no Orkut: “Vamos unir a galera do G?”. Deu nisso!

Fico feliz de ter realizado um sonho. Para todos os que me perguntaram e me perguntam, eu sempre disse que tinha apenas um sonho com a GGOO, que fosse um público seleto, que curtisse automobilismo, que estivesse ali pela paixão pelo esporte, que entendesse do esporte, não tecnicamente, mas como apaixonado. Que gostasse de festa, mas com educação e respeito. Que gostasse de conforto, mas não nestes três dias.

- Ao Presidente Marcos obrigado por unir essa galera que sempre parece mais unida! Você merece todos os elogios de um cara com um jeito incrível e uma generosidade ímpar!
- À primeira-dama, muito obrigado pela autenticidade. É divertida por natureza!
- Ao Igor que não tem tempo ruim e que vive intensamente o G!
- Ao Stik, que se empolga por demais e que protagonizou uma das cenas mais engraçadas da minha vida, narrou a corrida com um gravador, em pleno século XXI.
- Ao Roque que levou a brincadeira a sério e que eu lembro que reclamei até hoje sobre o primeiro post no blog sobre Rock, o qual eu disse para adicionar algo de automobilismo para justificar a postagem. Lembra Roque? Hoje é sucesso o Blog e o Roque!
- Ao Leonardo que é gente boa e divertido por demais!

E se me perguntarem hoje qual meu sonho com a GGOO, eu diria apenas uma coisa:

- O sonho foi realizado, continuem assim, sempre inovando, sempre buscando mais seguidores, mas sendo sempre seletos, sempre no caminho que foi traçado, com as coisas das quais acreditamos, prezando qualidade à quantidade e, assim sendo, sendo uma equipe sempre unida. Como os 300 de Esparta, o número não importa, mas sim a qualidade da galera envolvida!

E depois do primeiro ano, deixei as coisas para os demais presidentes, diretores e aspiras, afinal de contas, no primeiro ano foi tudo na minha lomba! Hora de aproveitar privilégios!!!

O sonho foi realizado, Just GO, digo, digo... Just GGOO!

Encerramento do campeonato à altura da temporada*

* Por Lívio Oricchio


Parece coisa pensada: uma temporada como a deste ano, com oito vencedores distintos nas 20 etapas, e corridas inesquecíveis, só poderia terminar mesmo com um espetáculo grandioso, à altura de tudo o que foi apresentado no campeonato. As fortes emoções do eletrizante GP do Brasil, ontem em Interlagos, retrataram com precisão o muito oferecido este ano pela Fórmula 1.

Os dois melhores pilotos do Mundial estavam na final, na última etapa do calendário, também relevante. Na realidade, se o aguerrido e capaz Lewis Hamilton, da McLaren, estivesse entre os candidatos ao título, seria mais representativo. Venceu Vettel. O evento está mais que bem representado. Ninguém conquista três títulos seguidos se não for brilhante.
Mas se fosse Alonso, também seria o caso. Na verdade, considerando-se a média mais alta do carro da Red Bull no ano, se o espanhol fosse o campeão talvez revelasse com ainda maior exatidão o que se assitiu nas pistas. Sem diminuir em nada Vettel, penso que com o carro de Alonso o alemão não chegaria à prova de Interlagos em condição de ser campeão. Com um equipamento na média inferior ao da concorrência Alonso me parece o mais eficiente.

Parte dessa carga de emoção vivida desde Melbourne, em março, se deve à preservação do regulamento, sem mudanças drásticas, à disposição da Pirelli de fornecer pneus concebidos para o show e até certos artificialismos, provavelmente necessários, como o flap móvel (DRS), para facilitar as ultrapassagens. 2012 lança desde já enorme interesse pela próxima temporada.

Uma corrida para a história; um tricampeão para a história*

* Por Rodrigo Mattar




Que corrida, senhoras e senhores!

O Grande Prêmio do Brasil de 2012, o quadragésimo disputado aqui valendo pontos na história da Fórmula 1 foi, na minha opinião, a melhor corrida da categoria máxima disputada em Interlagos. Não é exagero. Nos anos de 1991 e 1993 houve emoção, é verdade, com as duas vitórias de Ayrton Senna. O toró de 2003 foi épico. E o final de 2008 também. Mas o que se viu nesse domingo, 25 de novembro, superou tudo e ainda sobrou troco.

O chove-pára-não chove-não pára de chover fez a corrida virar do avesso. E aconteceu de tudo. Tudo mesmo. Vettel foi abalroado na primeira volta, caiu para último e jamais baixou os braços. Numa pista escorregadia feito sabão, o alemão foi o que eles chamam, na língua deles, um “regenmeister”.

Um mestre.

Pois sua recuperação foi, sim, de mestre. E olha que a Red Bull fez de tudo para que ele perdesse um título que ele foi lá buscar, na raça, no braço. Quando numa parada de box os austríacos mantiveram os pneus slicks e começava a chover, Vettel caiu de novo fora da zona de pontuação, tal como no início da corrida. Ele recuperou o que pôde, chegou em 6º e conquistou um merecido tricampeonato.

Aos 25 anos, Sebastian Vettel iguala monstros como Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda e Nelson Piquet em número de títulos. Torna-se o mais jovem de todos a alcançar este feito, superando Ayrton Senna, o antigo recordista. E agora ele é o terceiro piloto a vencer três campeonatos em sequência. Só Juan Manuel Fangio, que de cinco títulos ganhou quatro seguidos (54/55/56/57) e Michael Schumacher, consecutivamente vitorioso por cinco anos, tinham essa honraria que o piloto da Red Bull acaba de alcançar.

E Vettel mostra que tem muita lenha para queimar. São apenas 101 GPs completados em sete temporadas. Ele tem 26 vitórias e 46 pódios. Já está sem dúvidas entre os grandes da Fórmula 1.

Como grande também é o espanhol Fernando Alonso, que apesar dos pesares, valorizou demais o título de Vettel. Com um carro tido como “ruim”, no começo do ano, fez coisas sobrenaturais, dignas do piloto excepcional que ele é. O representante da Ferrari fez o que deu em Interlagos. Ele não tinha como alcançar as McLaren e muito menos a inacreditável Force India de Nico Hülkenberg. A matemática até chegou a conspirar ao seu favor, mas não deu. Fica para 2013.

Numa corrida excepcional, épica, fantástica, chamaram muito a atenção outros pilotos. Jenson Button pela vitória, ao seu estilo, com finesse, categoria e competência; Lewis Hamilton, por liderar pela primeira vez o GP do Brasil em sua despedida da McLaren; esse impressionante Nico Hülkenberg, fruto da inesgotável fábrica de talentos do automobilismo que se tornou a Alemanha pós-Michael Schumacher (para mim, punido injustamente após o contato entre ele e Lewis Hamilton, porque ele errou sozinho e não de propósito); e Felipe Massa.

Sim, Felipe Massa. Como não? Ele fez uma grande corrida e com o 3º lugar, ajudando Alonso onde deu, emocionou-se porque termina o campeonato com um desempenho sem dúvida muito superior ao do início do ano. Ele mesmo admitou que levou “porrada de tudo quanto é lado” e que depois de agosto, ligou aquela setinha de seis letras com um hífen no meio, e veio pra cima. Acabou o campeonato em sétimo – pode não ser uma grande posição, longe do que o torcedor brasileiro gostaria que fosse, mas é um alento diante de uma primeira metade de campeonato horrorosa.

Massa está de parabéns. Termina o ano fortalecido e se a cabeça estiver no lugar, é alguém a ser levado a sério em 2013. Já Sérgio Perez, aquele que todo mundo queria no lugar do brasileiro, só fez besteira após ser contratado pela McLaren.

O GP do Brasil marcou também a honrosa despedida de Michael Schumacher das pistas. Na beira do caos, num início de corrida simplesmente melancólico, em último ou entre os últimos, poucos deram crédito ao piloto da Mercedes. Mas ele se recuperou com a pista escorregadia, andou muito bem e chegou em 7º lugar. Pelo menos encerrou sua carreira com alguma dignidade, ao contrário de muitos outros que deixaram a Fórmula 1 pela porta dos fundos. Os números fazem de Schumacher um dos maiores pilotos da história, em que pese o caráter duvidoso que maculou algumas de suas conquistas e em igual medida, suas derrotas.

Como cereja do bolo de um campeonato tão emocionante e bacana, a entrevista no pódio foi conduzida por ninguém menos que Nelson Piquet Souto Maior, tricampeão de Fórmula 1. Nelsão consolou Alonso. “Já perdi dois campeonatos na última corrida e sei muito bem o que é isso”, e fez um grande afago em Felipe Massa antes de perguntar ao brasileiro como será o ano de 2013.

Como será o ano de 2013? Eu não sei. Só sei que estou – já – com saudade da Fórmula 1. E aí, o que fazer diante da abstinência que começa a tomar conta de mim?

Ah… para encerrar: sr. prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Sabe quando você vai tirar a F-1 de Interlagos? NUNCA.

Interlagos é um templo. Tanto quanto Indianápolis, Suzuka, Spa-Francorchamps, Le Mans, Monza, Nürburgring, Silverstone e Monte-Carlo.

Ponto final.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DICAS PARA QUEM CHEGA!

Olá!
Grandes torcedores e NOBRES apaixonados por Fórmula 1.

Aqui você veio com suas próprias pernas e economias..mesmo que tenha recebido aquela ajuda financeira da família, do chefeda fada madrinha...etc... A você e a todos:

Bem Vindos a Interlagos...2012 no setor "G" com a 'GGOO!!!'.

Veja algumas dicas, vale lembrar...leia com atenção!

1ª - Tenha em mãos o mapa do autódromo e do sistema de transporte (distribuído gratuitamente nas estações de trem e metrô, nas linhas que atende ao evento, é claro), compre o seu bilhete de volta antecipadamente;

2º - Caminhe sempre com outro torcedor, nunca e jamais se aventure andar pelas ruas por onde sequer conhece..faça a amizade, afinal, você torceu em casa durante as outras provas e agora é hora de torcer juntos, espero ter a sua amizade!, torça conosco no 'G', para identificar um torcedor, utilize seu lado oculto da força interior, pequeno Jedai!;

3º - Leve roupas apropriadas para enfrentar a adversidade do clima (chuva = capa, calor = protetor solar/hidrante, sapatos = não combina / use Tênis ou chinelos, é chique no 'G'), toalhas pequenas quando molhadas funciona como alívio no calor de Interlagos, molhe-as nas pias ou no próprio gelo do vendedor vez ou outra aparecerá na sua frente;

4º - O que eu posso levar de alimentos na mochila? Seja esperto...leve biscoitos de recheados a waffer, maças, bananas, peras, barrinhas de cereais e barras de chocolates.  Alimentos salgados é bom evitar mais todavia é bom ter algo com sal. Para beber, caso tenha bolsa térmica PEQUENA, coloque aqueles sucos de caixinha pequena, tipo: Ad%$, K*@o, água de coco e etc.(os caras não nos patrocina..então não digo o nome aqui!). Você é o único que não tem bolsa térmica, vai a dica da 'GGOO!!!': leve na  mochila, coloque o seu alimento e sucos dentro de uma sacola plástica e envolva-a com aquela toalha previamente umedecida...isto vai fazer a diferença...gelado pode não ficar..mais quente te garanto que não!;

5º - Não tente ser esperto, não tente levar: revistas, jornais, garrafas de qualquer tamanho..até squeeze foi barrado na entrada hoje (sexta), bolsas térmicas de mais de 5 litros..nem sonhe!. Sabe aquelas canetas tipo 007..cuidado...dependendo do policial não entra...leve no máximo uma bic!

6º - Como vou enfrentar o calor? Não tem receita..o sol é para todos e todas, se proteja desde cedo...bebida alcoólica é para quem sabe e quer beber (não temos serviços delivery de babá ou de entrega em casa à bêbados)..não tenha vergonha de beber água..na saída ...entorne o caneco;

7º - Ao comer na rua, preste atenção nos alimentos manuseados..alguns podem estar não de boa aparência..te aguardando para ser premiado...então observe!

9º - Chegar cedo! não tem como guardar lugar..no setor 'G', pedimos gentilmente que esteja na fila já após final do treino classificatório...o melhor lugar do 'G' é para quem cedo..chega!;

8º - Faça  Amizades! Sorria! Brinque! Divirta-se! Caso venha com a família, fique tranquilo, torça conosco! Veio acompanhado(a)..não se aborreça com as brincadeiras..afinal...é um momento de apenas alegrias para todos e também para você! Nada que um sorriso não resolva qualquer situação;

Bom! uma ótima corrida a Todos!
Dúvidas, nos procure lá setor 'G'..ali na placa dos 50mt.

AO VIVO: FÓRMULA 1 - GP DO BRASIL 2012 (TREINOS E CORRIDA)

ESPECIAL GP BRASIL F1 2012: Para você que vai para Interlagos, dicas, informações, conselhos, histórias, vídeos e tudo mais. Acompanhe, aqui.

*** PRÓXIMAS TRANSMISSÕES AO VIVO ***
TREINO LIVRE 1 - 23/11/2012 (sexta-feira), 10:00h (horário de Brasília)
TREINO LIVRE 2 - 23/11/2012 (sexta-feira), 14:00h (horário de Brasília)
TREINO LIVRE 3 - 24/11/2012 (sábado), 11:00h (horário de Brasília)
CLASSIFICAÇÃO - 24/11/2012 (sábado), 14:00h (horário de Brasília)
CORRIDA - 25/11/2012 (domingo), 14:00h (horário de Brasília)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

GP BRASIL F1 2012: GALERA GGOO*

Olá meus loucos por F1!

Não tem mais jeito..agora é tarde...já estou a caminho do "Templo Sagrado".

Haja coração!

Aos GGOO!!!loucos e apaixonados..que estão no caminho:
Voando..de busão..pau de arara..canoa..voadeiras..bike..moto...viação canela....se acheguem em Sampa!

Tenham todos uma ótima viagem, uma boa recepção em SP e que tudo ocorra conforme planejado - "nos conformes".

Carregue contigo o espírito esportivo..assim como você..os outros também estão contaminados com este vírus da F1..rs..rs...

Não esquecendo, aos nobres que ficaram ausentes este ano, em suas casas, torça conosco pela telinha.

Comente com amigos, grave a corrida, acompanhe os fatos.. e.. e.. e.. saíba que você faz falta!!! Ao nosso lado na arquibancada!

Vibre muito conosco..com os amigos...e.."innntéééééééééééé"

Sorte ao nosso Brazuca..mais que demais ao Massa, Bruno e ao Barrichello (sim, ele).

Boa Corrida pra Todos, Forte e Grande Abraço e nos vemos segunda-feira de volta.

* Rodrigo Cabral, Augusto Roque, Igor Wilson, Marcos Pinto, Daniel Macarenco, Douglas Viana e Rodrigo Moconauta

GP BRASIL F1 2012: OS CASCOS DOS PILOTOS

1 - Sebastian Vettel
2 - Mark Webber
3 - Jenson Button
4 - Lewis Hamilton
5 - Fernando Alonso
6 - Felipe Massa
7 - Michael Schumacher
8 - Nico Rosberg
9 - Kimi Raikkonen
10 - Romain Grosjean
11 - Paul Di Resta
12 - Nico Hulkenberg
14 - Kamui Kobayashi
15 - Sergio Perez
16 - Daniel Ricciardo
17 - Jean Eric Vergne
18 - Pastor Maldonado
19 - Bruno Senna
20 - Heikki Kovalainen
21 - Vitaly Petrov
22 - Pedro de la Rosa
23 - Narain Karthikeyan
24 - Timo Glock
25 - Charles Pic

GP BRASIL F1 2012: VITÓRIAS BRASILEIRAS - GP BRASIL, 2006

*Por Douglas Vianna.

Desde ao acordar no sábado pela manhã, já senti um arrepio, pensei é o frio... No caminho ao Autódromo, uma parada no Aeroporto de Congonhas em São Paulo, muita desorganização para ingressar nos ônibus circulares que faziam a linha especial Aeroporto e Autódromo, mas cheguei à avenida Senador Teotônio Vilela que dá acesso ao portão do setor A do Autódromo de Interlagos.

Como foi a primeira vez que fiquei no setor A, o primeiro contato com a arquibancada, fora como uma descoberta, fiquei uns 3 minutos olhando para a visão que eu teria dos carros quando eles deixassem os boxes do Autódromo de Interlagos.

Carros na pista... Uma sensação indescritível, foi o terceiro GP BRASIL que acompanho direto das arquibancadas de Interlagos e a cada ano a sensação é ainda melhor.

Felipe Massa conquista a pole position do GP BRASIL, não há como segurar o grito de alegria é o momento de extravasar, mesmo sabendo das dificuldades que o nosso brasileiro enfrentaria no domingo com o Michael Schumacher que ainda “brigaria” pelo título. Bem brigaria, só não buscou a vitória porque Deus é brasileiro e pude constatar isso neste final de semana, não há como explicar tantos azares do alemão durante os três dias na pista brasileira, me perguntei... É um aviso?

Domingo é dia de madrugar e acordar cedo, acordar cedo? Que nada eu nem consegui dormir, de meia em meia hora eu acordava, resolvi levantar de vez e me preparar pra as surpresas deste domingo que poderia ser especial...

O mesmo trajeto do dia anterior, Aeroporto e Autódromo, chegando próximo as imediações do Autódromo, eu já via a movimentação das pessoas aguardando os portões se abrirem para entrar nas arquibancadas e fora neste momento que não entendi o que se passava comigo, um “nó” na garganta, uma lágrima preste a cair de meus olhos o filme de 2004 passando em minha mente com Rubinho Barrichello na pole, com Schumacher largando lá atrás com o campeonato já decidido a favor do alemão e Rubinho quebrando recorde atrás de recorde em todo fim de semana, pensei, será que é hoje?

A duvida pairava no ar, não havia resposta, já presenciamos de tudo nesses treze anos de puro azar, alias, treze não é o número do azar?

O domingo estava perfeito, o sol raiava desde os primeiros minutos do amanhecer, a corrida seria com pista seca, dificilmente o fator sorte definirá o resultado aqui em Interlagos, nada além da competência da equipe e do piloto mudará o resultado final desta corrida...

Foram oito horas de espera até o início do trigésimo quinto Grande Premio Brasil de Fórmula 1, a ansiedade aumentava ao aproximar o horário da prova. A cantora Ivete Sangalo em entrevista a Rádio Bandeirantes levantou a arquibancada com a seguinte frase: “POEIRAAAAAAAA, POEIRAAAAAAAAA, POEIRAAAAAAAAA O MASSA VAI LEVANTAR POEIRAAAAAAAAAA” E volta o “nó” na garganta...

13 horas e quarenta e cinco minutos, agora não há mais volta, box fechado, estou aqui em frente ao carro de Robert Doornbos parado na última posição do grid, fiquei numa posição até que privilegiada, já que todos os pilotos ao chegarem no grid de largada desligam os seus motores e seguem empurrados por seus mecânicos até a sua posição de largada. Bom momento para tirar fotos dos carros e ver o brasileiro Rubens Barrichello animado antes da prova saudando os torcedores presentes na reta dos boxes.

Volta de aquecimento o giro dos motores lá em cima, está chegando à hora, o coração bate mais forte com Felipe Massa jogando sua Ferrari de um lado para o outro na reta buscando a sua posição de honra, a pole position. Carros alinhados, as cinco luzes se apagam, todos olham para os telões, momento crucial, S do Senna, quem aponta como líder?????????? FELIPE MASSA DO BRASILLLLLLLLLLL... Fora como um alívio, foi solto o grito há oito horas preso na garganta, agora é só abrir vantagem pra ficar sossegado, vamos Felipe, acelera moleque...

Mas a entrada do safety car fora como um balde de água fria, não acredito, tudo de novo, relargada em movimento, sempre quem larga em segundo em Interlagos leva uma pequena vantagem, pelo fato de conseguir pegar o vácuo, mas agora é tudo ou tudo vai ter que dar... Sai o safety car e Felipe Massa continua na ponta, a cada volta ele abre vantagem sobre Kimi Raikkonen, vai abrindo, abrindo eu não acreditava no que estava vendo, uma corrida perfeita do Felipe, confesso que nem me importava com a reação do Schumacher, mas me preocupei quando ele fez a ultrapassagem no Fisichella, pensei, meu Deus só tem o espanhol, desse jeito o Alonso vai deixar o Schumacher passar para não se envolver em nenhum problema e o Felipe correrá riscos de............ Foi isso mesmo que pensei na hora, era melhor não dar sopa para o azar já que estávamos em INTERLAGOS.

Para a sorte de nós brasileiros o Schumacher teve o pneu traseiro estourado, agora não havia como perder esta corrida. Vendo pela tv até haveria, mas o Felipe abria vantagem a cada volta parecia um sonho, mas... Cadê o Raikkonen? Foi para os box antes que Felipe. Kimi estava mais leve que o brasileiro e fazendo volta mais lentas que o Felipe, era o nosso dia, ta chegando a hora...

Ao terminar a primeira rodada de pit stop, todos os pensamentos fora se encaixando, era só relaxar e curtir, na pista ele não perderia, sobrou o carro da Ferrari, Michael Schumacher deu show, valeu alemão, terminou sua carreira em grande estilo, merecia o pódio, mas está de parabéns por superar praticamente todas as adversidades neste fim de semana em Interlagos, ele se recuperou e obteve mais uma vitória pessoal de sua vitoriosa carreira.

Contagem regressiva dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três voltas para o fim do GP BRASIL de Fórmula 1, agora era levar com carinho, nas pontas dos dedos, foram as três voltas mais silenciosas do setor A, uns ficavam de pé, outros sentados, outros com as mãos postas, outros com as mãos erguidas agradecendo pelo momento que estavam preste a vivenciar.

Felipe Massa passa abrindo a última volta, a cada metro percorrido era como um alívio, nas últimas dez voltas passou o filme de 1993 em minha mente. Eu sempre imaginei estar ali um dia, viver um momento parecido como foi aquele em 1993 com a vitória de Ayrton Senna. Pensava comigo mesmo, ele vai chegar, e estava se aproximando, na saída do bico de pato as lágrimas já não eram contidas, agora era só contornar o mergulho e a junção, cuidado com as ondulações da junção Felipe, olha o que eu fui pensar naquele momento, mas cautela ali era preciso, já vimos de tudo em Interlagos, chuva que cai na hora errada, carro que fica sem combustível, Nakajima que era retardatário e não olhava no retrovisor... Meus Deus era só subir a reta dos boxes, vem Felipe, na ponta dos dedos, Essa ninguém tira... As lágrimas presas desde as primeiras horas do dia rolam sobre o meu rosto, era o meu momento, era a hora de extravasar, de soltar o grito preso na garganta e de agradecer pela realização de um sonho, tantas e tantas vezes namoramos com essa vitória. Mas o vencedor continua sua luta, perde a batalha mas jamais perde a guerra, era esse o sentimento de alívio, foram noites e noites sem dormir a espera da realização deste sonho. Semana de GP BRASIL é especial, a cada dia a emoção aumenta, o dia da busca do ingresso no autódromo, os treinos livres, tudo ficará em minha mente pro resto de minha vida e ontem foi um dia inesquecível...

FELIPE MASSA... EM NOME DA TORCIDA BRASILEIRA PRESENTE EM INTERLAGOS, OBRIGADO PELA EMOÇÃO... Que você consiga carregar toda esta energia pro resto de sua carreira, você é um iluminado Felipe, liderou pela primeira vez na F1 em 2004 pela Sauber aqui mesmo em Interlagos, e agora nos dá o prazer de sentir esta emoção com sua vitória... PARABÉNS FELIPE MASSA, PARABÉNS BRASILLLLLLLLLLL!!!


GP BRASIL F1 2012: 5 ANOS DE GGOO EM VÍDEO

Como amanhã logo cedo já estaremos em Interlagos, o nosso especial GP Brasil se encerrará com um resumão de tudo o que a GGOO vivenciou durante as cinco corridas em que esteve presente, sempre no setor G, amarelando tudo e fortalecendo os laços de amizade e companheirismo:




GP BRASIL F1 2012: A CAMISETA NÃO É ABADÁ!*

* Marcos Pinto

Quem já foi, sabe como é.

Os aspiras desse ano, fiquem espertos.

O fato de ter a nossa camiseta, não garante seu lugar junto a galera, não te isenta de dormir na fila e chegar só as 9 da manhã, porque sabe que vai ter a galera lá e que o lugar está garantido.

Ano passado, a P7 fez descer dois caras da torcida deles que chegaram lá depois das 9h no domingo. Tiveram personalidade, a galera (deles mesmo) chiou e eles desceram.

Isso já foi motivo de discórdia entre alguns de nossos membros que lá estiveram nos anos anteriores e espero que não aconteça de novo.

Desde 2007, quando esse bando de loucos desocupados e degenerados resolveu se reunir, todos se sacrificam, e não é justo alguém tirar proveito disso.

Portanto, se você quer ficar no melhor lugar do setor, lá na placa dos 50 metros, no alto, curtindo a zona com as torcidas, ter visão privilegiada, então faça sua parte também, chegue cedo no sábado (os portões abrem as 07:00 hs), saia do treino e vá pra fila pra pegar lugar com todos os outros.

Vamos fazer o revezamento, dividir a galera em duas turmas, pra todos irem pra hotel, motel, casa de parente, amigo etc, pra tomar um banho, comer, descansar um pouco e depois voltar pra liberar a outra turma.

Tem que ficar na fila a noite inteira?? Tem sim, pode deitar lá e dormir a noite toda, sem problemas (não tem ninguém pra gritar, não tem megafones, sussa), mas volte, fique lá e seja solidário com os demais.

Não se preocupem, na realidade não é sacrificio nenhum, muitos acham que o melhor é a fila. Tem até comunidade com esse nome.

Portanto, BANDO DE FDP, se liguem, A CAMISETA NÃO É ABADÁ!!!

GP BRASIL F1 2012: COMO CHEGAR AO SETOR G

Depois das dicas expostas por Cabral, é hora de você saber como chegar ao autódromo, partindo da estação Autódromo do Trem. O filme é de 2008, mas o trajeto continua o mesmo (e o banheiro também). Lembrando que para estacionar nas redondezas você pagará em torno de R$100,00 por dia. Se você for de carro os três dias, prepare o bolso, também.

GP BRASIL F1 2012: O DESFILE DE PILOTOS


É no desfile de pilotos que todo mundo acorda. Está chegando a hora de mais um GP Brasil. E o clima, nas arquibancadas de Interlagos, geralmente é este:





GP BRASIL F1 2012: ONDE ESTACIONAR

As regras gerais de trânsito devem ser estritamente respeitadas, (não estacione próximo às esquinas, defronte a guias rebaixadas ou em locais proibidos) evitando transtornos ao fluxo de passagem e aos moradores da região.

Nas proximidades do Autódromo há duas regiões onde é possível estacionar veículos. Veja o mapa.

1) Área para estacionamento na região entre a Av. Atlântica e Av. Interlagos: com acesso somente pela Ponte do Socorro e Avenida Atlântica, com capacidade para 9.000 veículos, funcionando sábado e domingo - dias 24 e 25/11.

2) Área para estacionamento na região entre a Av. Jair Ribeiro da Silva e Av. Interlagos: com acesso pela ponte Vitorino Goulart da Silva e Av. Jair Ribeiro da Silva,  com capacidade para 16.000 veículos particulares, funcionando sábado e domingo (dias 24 e 25/11).

Estacionamentos em Shoppings com linha circular expressa de ônibus com destino ao Autódromo, funcionando sábado e domingo, dias 24 e 25/11:
- Shopping SP Marketing, localizado na Av. Das Nações Unidas n° 22.540, com capacidade para 3.500 veículos;
- Shopping Interlagos, localizado na Av. Interlagos n° 2.225, com capacidade para 2.500 veículos;

Estacionamentos para ônibus fretados funcionarão sábado e domingo, nos dias 24 e 25/11, nos seguintes locais:
- Avenida José Carlos Pace e Avenida Mahatma Gandhi com acesso somente pela Ponte do Socorro, Avenida Atlântica e Avenida Berta Waitman;
- Rua Quinto L. Colato e Rua Djalma Pessolato, com acessos pela Ponte Vitorino Goulart da Silva e Avenida Atlântica.

GP BRASIL F1 2012: Como chegar e sair do Autódromo domingo - 25/11

COMO CHEGAR

No domingo dia 25/11/2011, dia do Grande Prêmio Petrobrás do Brasil de Fórmula 1, a operação chegada está prevista a partir de 00:00 horas.

A Avenida Interlagos entre a Rua João Paulo da Silva e Praça Batista Botelho terá sentido único de circulação em direção ao bairro. A pista da Avenida Interlagos, junto ao autódromo, no trecho entre a Avenida Senador Teotônio Vilela e a Rua Adib Casseb, será dividida com obstáculos físicos (cones e cavaletes), em três faixas assim destinadas:
• Faixa n.º 1 (junto ao passeio): destinada a aumentar a segurança e capacidade de circulação de pedestres;
• Faixa n.º 2 (central): destinada ao atendimento de eventuais emergências (SOS);
• Faixa n.º 3 (junto ao canteiro central da avenida): destinada à circulação de veículos com credenciais para entrada nos Portões 7 e 8 do Autódromo.

A mesma pista da Avenida Interlagos, no trecho entre a Rua Adib Casseb e Avenida João Paulo da Silva, também será dividida, porém apenas para duas finalidades:
• Faixas n.º 1 e 2 (junto ao passeio e central): destinada ao atendimento de eventuais emergências (SOS);
• Faixa n.º 3 (junto ao canteiro central da avenida): destinada à circulação de veículos com credenciais para entrada no Portão 7/8 do Autódromo.
A circulação na Av. Interlagos sentido centro, no trecho entre Av. João Paulo da Silva e Avenida das Nações Unidas, permanecerá inalterada.
A Avenida Senador Teotônio Vilela, entre a Avenida do Jangadeiro e Avenida Interlagos estará bloqueada ao trânsito devido à grande quantidade de pedestres que circula pelo local.
A Ponte Vitorino Goulart da Silva permanecerá com sentido duplo de circulação.
Os veículos provenientes da Avenida Senador Teotônio Vilela, com destino ao centro, poderão utilizar:
• Avenida Atlântica e Ponte do Socorro.
• Avenida Pres. João Goulart, Avenida Lourenço Cabreira, Avenida Gregório Bezerra, Avenida Jair Ribeiro da Silva, Ponte Vitorino Goulart da Silva.
• Avenida Aurélio Lopes Takano, Rua Pedro Roschel Gottzfritz, Praça João Beiçola da Silva, Avenida Lourenço Cabreira, Avenida Gregório Bezerra, Avenida Jair Ribeiro da Silva e Ponte Vitorino Goulart da Silva.

PARA SAIR

Para a operação saída, logo após o início do GP Petrobras do Brasil, haverá implantação de sentido único de direção para o Centro nas seguintes vias:
- Avenida Interlagos, entre Avenida do Jangadeiro e Avenida das Nações Unidas;
- Avenida das Nações Unidas, entre Avenida Interlagos e Ponte Transamérica;

Obs: Para os veículos que se dirigem para a região de Interlagos, os acessos se darão através:
• Ponte João Dias, Marginal Pinheiros adentrando na Avenida Guido Caloi, Guarapiranga e Avenida Atlântica;
• Avenida Washington Luis, Ponte do Socorro e Avenida Atlântica,
• Av. Nossa Senhora do Sabará, Rua Miguel Yunes, Ponte Vitorino Goulart da Silva, Av. Jair Ribeiro da Silva, Av. Lourenço Cabreira e Av. Pres. João Goulart.

Críticas justas?*

* Por Luis Fernando Ramos




Tomei um susto quando cheguei na Ferrari de número 6 ao final de uma divertida caminhada pelo grid do Circuito das Américas. Vi Felipe Massa já colocando a balaclava e em processo de vestir o capacete, o que impediria qualquer chance de entrevistá-lo. Vi ele também com uma expressão séria, sobrancelhas cerradas, cara de poucos amigos.

Me lembrei na hora do Felipe Massa que costumo encontrar nos outros grids da vida. Concentrado sim, mas tranquilo e pronto para abrir uma risada numa entrevista ou na conversa com seus engenheiros. Em Austin, era claro que ele estava incensado pela decisão da Ferrari em quebrar o lacre do câmbio de seu carro. Entrei no seu campo de visão e fiz um sinal assertivo com a cabeça. Ele respondeu batendo no peito. Como havia feito no pódio em Interlagos/2008. Era um sujeito indo para a guerra.

O que se seguiu foi a melhor pilotagem de Felipe Massa em muito tempo. Uma prova em que teve de trabalhar duro para recuperar terreno. E em que terminou muito perto do favorecido Fernando Alonso - que contou com pista livre a maior parte do tempo. A ultrapassagem de Massa sobre Kimi, por fora na curva 2, foi um exemplo claro do espírito de luta do brasileiro.

Depois da corrida, ficou claro que o que eu tinha visto antes e durante dela eram sinais de um dia de extrema tensão entre o piloto e a equipe. Enquanto Massa dava entrevistas, seu empresário e grande amigo pessoal Nicolas Todt apareceu na área reservada para isso, o que nunca acontece. Com os olhos marejados. Os dois se deram um forte abraço, não tinha sido um dia fácil para ninguém.

É importante que os torcedores entendam qual era o estado de espírito do piloto no domingo. Porque a frustração de muita gente com a falta de “fair play” (embora não de legalidade) da decisão estratégica da Ferrari acaba recaindo sobre o brasileiro e não sobre a equipe. Capacho e submisso são alguns dos adjetivos que os torcedores lhe imputam. Como se ele tivesse algum controle sobre a situação. Como se pudesse simplesmente não aceitar a ideia da equipe e receber um “então tá bom, continua como está” como resposta. Desculpe tirá-los do mundo da fantasia, mas a Fórmula 1 não funciona assim.

O que os torcedores poderiam cobrar de Massa era sua saída do time no final deste ano para não ter que se submeter à este tipo de situação. Pergunto: o saguão do aeroporto ficaria lotado para receber o herói nacional que deu um basta às politicagens da Ferrari? A audiência da categoria menor que ele iria correr explodiria com sua presença, enquanto a da Fórmula 1, este esporte vil, se reduziria à minúsculos traços? Sabemos que não.

O que este tipo de pensamento não percebe é que ninguém na Fórmula 1 corre por amor à pátria nem em primeira e nem em segunda instância. Nem Ayrton Senna, com toda sua apoteose da bandeira, corria. Mesmo que eles valorizem muito sua nacionalidade, se emocionam com o hino ou com a vibração da torcida em Interlagos. Mas correm, em primeira linha, por si mesmos, são esportistas, competitivos e têm o maior prazer em se sentar no carro de corrida mais avançado que existe.

O torcedor está certo em se irritar com Massa por algumas corridas péssimas que ele fez no início do ano, andando num ritmo infinitamente inferior ao do companheiro de equipe. Mas o que ele poderia fazer além de ficar absolutamente puto e tentar argumentar com o time até onde foi possível que não seria justa a decisão tomada em Austin? Era mesmo o máximo. Pelo menos, ele deixou claro que ficou chateado, mas acatou (teve de acatar) a ideia da Ferrari. Fazer um escândalo público ou pedir as contas e ir para casa não eram alternativas. Qualquer uma das duas deixaria o piloto sem fazer o que mais gosta na vida, andar de Fórmula 1. E aí, a decisão é só dele.

“Ah, mas o Senna, o Schumacher, o Alonso, etc, jamais se sujeitariam a isso”, alguém vai argumentar. Não se sujeitariam pois eram mais velozes que seus companheiros de equipe. O único “pecado” do Massa, no fundo, é não conseguir superar o espanhol do outro lado da garagem - justamente aquele considerado o mais completo do grid hoje em dia. Mas talvez o episódio de Austin tenha incendiado o brasileiro. Lá, ele andou num ritmo até melhor que o de Alonso. Foi mal?

Meus 50 cents.

GP BRASIL F1 2012: Como chegar e sair do Autódromo sábado - 24/11

MAPA DOS ACESSSOS E ÁREAS DE ESTACIONAMENTO

No mapa você visualiza a melhor área de estacionamento de acordo com o setor ou portão que você usará e também sugestões de rotas para chegar a essas áreas de estacionamento.

Para visualizar o mapa, clique aqui.


COMO CHEGAR

No sábado dia 24/11/11, com início às 5 horas da manhã, serão montados bloqueios fixos na Avenida Interlagos, entre a Avenida das Nações Unidas e a Praça Moscou, com o objetivo de isolar totalmente as vias de chegada e saída da Avenida Interlagos. Portanto, o acesso dos moradores com residência ao longo das Ruas à direita da Avenida Interlagos (sentido Bairro) deverá ser feito pela Avenida Atlântica e Avenida do Rio Bonito; e os moradores com residências ao longo das Ruas à esquerda da Avenida Interlagos e lado direito da Avenida do Jangadeiro (lado oposto ao Autódromo) deverá ser feito pela Rua Miguel Yunes e Ponte Vitorino Goulart da Silva.

A Avenida Interlagos no trecho entre a Avenida João Paulo da Silva e Praça Moscou terá sentido único de circulação em direção ao bairro.

Assim, os ônibus das linhas que servem a região, com destino ao Centro, serão desviados no cruzamento da Avenida Senador Teotônio Vilela com a Rua Padre José Garzotti, seguindo pela Rua Juan Gonzales Vila, Rua Mangaratiba, Rua Suape, Av. Jacinto Julio até a Avenida João Paulo da Silva, retornando para a Avenida Interlagos.

A SPTrans estará implementando itinerário especial para o atendimento da Av. Rio Bonito, estes ônibus acessarão pela  faixa da direita da Avenida Atlântica a Praça Nicolau Aranha Pacheco, seguindo pela Avenida Inácio Cunha Leme, Av. Antonio Barbosa da Silva Sandoval e Av. do Rio Bonito, retornando ao itinerário normal.

Ainda no sábado será implantada mão única de direção na Avenida do Jangadeiro, Avenida Jacinto Júlio, Rua Manoel de Teffé e Avenida João Paulo da Silva, no sentido Bairro/Centro.

A Avenida Senador Teotônio Vilela, entre a Avenida do Jangadeiro e Avenida Interlagos estará bloqueada ao trânsito devido à grande quantidade de pedestres que circula pelo local.

A Ponte Vitorino Goulart da Silva terá sentido duplo de circulação para o acesso dos bairros - Cidade Dutra e Grajaú, e os Portões Z, S, V, G, 9, N, R, F, E e H do Autódromo.

O acesso de veículos aos Portões 7 e 8 do Autódromo será feito pela faixa adicional do contra fluxo da Avenida Interlagos, ou seja, pela pista Bairro/Centro, com acesso junto à Avenida João Paulo da Silva e Avenida Rio Bonito. Esse acesso estará sinalizado com banner com a inscrição "Portão 7/8".

PARA SAIR

As áreas de bloqueio permanecem ativadas. As Pontes Jurubatuba e Vitorino Goulart da Silva bem como a Rua Miguel Yunes serão operacionalizadas com sentido duplo de circulação. A Avenida Jacinto Júlio, Rua Manoel de Teffé e Avenida João Paulo da Silva manterão o sentido único em direção ao Centro.