* Por Livio Oricchio
Hoje é um dia decisivo para o futuro de Felipe Massa na Ferrari. Em entrevista à RAI Radio, da Itália, o presidente da empresa, Luca di Montezemolo, primeiro descartou a possibilidade de Sebastian Vettel, atual bicampeão do mundo e líder do campeonato, correr ao lado de Fernando Alonso a partir de 2014, conforme divulgado pela rede de TV britânica BBC, ontem. E depois disse sobre o brasileiro: “Não há dúvida de que seria impensável confirmar Massa no meio da temporada, mas agora está fazendo o que esperamos dele.”
O dirigente estendeu sua análise: “Massa foi muito bem em Monza (quarto colocado) e no Japão (segundo). Ele está de volta. Eu o chamei para vir a Maranello amanhã (hoje) e teremos uma longa conversa.” Seu discurso é de que deve renovar o contrato do piloto por pelo menos mais um ano. “Penso que Massa sempre deu muito à Ferrari e tem bom relacionamento com Alonso. Conto com ele para tirar pontos de nossos rivais.”
Defendeu Massa, ainda, dos ataques na primeira parte do Mundial, quando ficou muito distante do espanhol. “Nosso carro tinha características que faziam com que Massa não pudesse pilotá-lo. Ele sempre teve todo nosso apoio e disse-lhe que precisava da sua reação. A partir da prova de Spa (dia 2 de setembro) Massa evolui.”
Seria surpreendente se depois de Montezemolo elogiar Massa de repente dispensá-lo. Mas na F-1 os exemplos de reações dessa natureza são muitos, como a inesperada transferência de Lewis Hamilton da McLaren para a Mercedes. O mais provável é que Massa forme com Alonso a dupla da Ferrari em 2013, ganhando menos que no último contrato.
Um só galo
O compromisso de Alonso com a Ferrari vai até o fim de 2016. Se Vettel for para a Ferrari a partir de 2014, será companheiro do espanhol. Montezemolo viu-se obrigado a comentar a notícia: “Não quero dois galos no mesmo galinheiro. É melhor contar com dois pilotos que corram pela Ferrari e não para eles mesmos.
Amigos de Vettel riem quando a imprensa o coloca na Ferrari. A escuderia italiana não lhe pagaria mais que os US$ 20 milhões recebidos na Red Bull e teria de enfrentar o espanhol no seu feudo. Mais: se perdesse a disputa, o mais provável, reduziria a importância do brilhante trabalho realizado até agora. Não há vantagem para Vettel trocar a Red Bull do projetista Adrian Newey pela Ferrari do temido Alonso.
Fator pneu
Muito se tem falado da evolução do modelo RB8 da Red Bull, uma das razões de Vettel ter vencido as três últimas etapas. Paul Hembery, diretor da Pirelli, aponta outra: “Sebastian venceu mais corridas que qualquer outro piloto (quatro) este ano também por causa da sua habilidade em administrar o uso dos pneus.”
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