quinta-feira, 24 de maio de 2012

Maldonado, especialista em Monaco, é candidato a lutar pela vitoria novamente*

* Por Lívio Oricchio


A vitória no GP da Espanha, dia 13, somada ao seu impressionante currículo nos 3.340 metros do charmoso circuito de rua de Mônaco, faz de Pastor Maldonado, da ascendente equipe Williams, sério candidato a lutar pela vitória na sexta etapa do campeonato. “Meu país deverá acompanhar cada segundo da próxima corrida”, afirmou o venezuelano depois do pódio, em Barcelona. Os treinos livres começam já amanhã. Tudo é diferente no principado.

Já ontem os 24 pilotos que vão disputar o GP de Mônaco tiveram uma boa notícia: o tempo melhorou. Havia quatro dias que não parava de chover e a temperatura não passava dos 14 graus. O sol começou a reaparecer, timidamente, é verdade, no sul da França, onde se encontra essa nação, uma das menores do mundo, com apenas 1,8 km quadrado. A previsão meteorológica é de melhora para os próximos dias.

Maldonado prefere pista seca. Foi o que disse, em entrevista ao Estado, ainda no ano passado, na temporada de estreia na Fórmula 1. E não é para menos. Já no seu primeiro ano na concorrida e veloz GP2, em 2007, Maldonado venceu o GP de Mônaco, com a modesta Trident, a quinta corrida desse venezuelano, hoje de 27 anos, na GP2. No campeonato seguinte, foi segundo para, em 2009, voltar a vencer a mais difícil prova da competição.

“Adoro circuitos de rua. Este em particular. A minha forma de pilotar se encaixa muito bem em Mônaco. E me sinto preparado para conseguir um grande resultado.” Essa foi sua declaração ainda em 2011, depois dos treinos. Na primeira experiência em Mônaco na Fórmula 1, com um carro que foi um dos piores da história da Williams, ocupava a sexta colocação na 73.ª volta da corrida, de um total de 78, quando literalmente foi jogado contra a grade de proteção por Lewis Hamilton, da McLaren, que acabou punido.

Para se ter uma ideia do desempenho de Maldonado em 2011, seu companheiro, Rubens Barrichello, segundo em Mônaco em 1997, 2000, 2001 e 2009, ocupava o décimo lugar quando Hamilton dividiu a freada da Saint Devote com o venezuelano. “Ele anda muito bem nessa pista”, afirmou Rubinho, sobre Maldonado.

O momento bastante positivo do piloto da Williams e, claro, as qualidades do modelo FW34-Renault, levaram muita gente a apostar em um novo sucesso na etapa monegasca. Segundo o famoso bookmaker inglês William Hill, para cada libra investida em Maldonado o apostador receberia, até ontem, 16. Explicou que antes da prova de Barcelona, era 500 para 1. Os poucos que apostaram nele se deram muito bem.

Agora transformado numa das estrelas da competição, Maldonado é um dos escolhidos da FIA para conversar com a imprensa internacional, hoje, no circuito de Mônaco. Inevitavelmente será questionado a respeito do presidente da Venezuela, Hugo Chaves, padrinho de sua carreira, sempre próximo à TV para acompanhar as corridas. Vão desejar saber também o que ouviu de Chaves após a conquista na Espanha.

Mas Maldonado pode enfrentar resistência não apenas dos líderes do campeonato, Sebastian Vettel, da Red Bull, Fernando Alonso, Ferrari, Lewis Hamilton, McLaren, dentre outros. Dentro de casa mesmo a concorrência pode ser grande. Bruno Senna, parceiro de Williams, costuma se apresentar, da mesma forma, muito bem em Mônaco. “Gosto da pista. Já venci na GP2 e no trecho mais lento, aqui em Barcelona, a parte final do circuito, meus tempos eram muito bons. Estou animado”, disse Bruno ao Estado, na Espanha. Ele ganhou na GP2 em 2008, com Maldonado em segundo.

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