* Por Leonardo Felix
Em 17 de abril de 1994, portanto há exatos 18 anos, Rubens Barrichello conquistava o primeiro de seus 68 pódios na F1. Foi no GP do Pacífico, segunda etapa da temporada, que teve vitória de Michael Schumacher e Gerhard Berger na segunda posição. O brasileiro chegou em terceiro com a Jordan e, além de tomar champanhe, sorrir para fotos e dar sambadinhas, comemorou também a surpreendente vice-liderança do campeonato, com sete pontos marcados.
Sim, Barrichello constou na segunda posição do certame após essa etapa, porque teve também um quarto lugar no GP do Brasil. Enquanto Ayrton Senna vivia um inferno astral e Williams, Ferrari e McLaren capengavam por falta de confiabilidade, Rubens era o único piloto fora Schumacher a pontuar nas duas provas.
Para aqueles que assistem à F1 só por causa dos brasileiros, o bom início de campanha do paulista foi um alento contra os resultados decepcionantes de Senna. Amplo favorito ao título, o tricampeão sofria com a sina de não conseguir terminar um GP sequer em sua nova equipe, ao mesmo tempo em que via um Schumacher mais consistente e veloz do que nunca.
Com o grande nome do Brasil fora da corrida sem conseguir completar uma curva (tomou um toque de Mika Hakkinen logo após a largada), as atenções da transmissão brasileira se voltaram às boas atuações de Rubens e também de Christian Fittipaldi, que terminou logo atrás, em quarto, a bordo de uma Footwork que esbanjava uma pintura de causar inveja aos criadores do logotipo do Windows 95.
É importante ressaltar que, se ambos fizeram uma corrida consistente, também contaram com uma porção de abandonos para chegarem onde chegaram: Senna, Larini, Hill, Hakkinen, Martin Brundle e Jos Verstappen estavam na frente dos dois, ou pelo menos de um deles, quando deixaram a prova.
O otimismo era latente: Senna já estava deixando seu legado e o Brasil formava um sem-número de novos talentos, que em breve dominariam o mundo e criariam uma supremacia nunca vista antes na história do automobilismo mundial.
Só de cabeça, dá para lembrar de Gil de Ferran, Pedro Diniz e Tarso Marques na F3000; Ricardo Rosset, Guarter Salles e Luiz Garcia Jr na F3 Inglesa; Marco Campos (que faleceria em um acidente terrível na F3000, em Magny-Cours, no ano seguinte) na F-Opel Europeia; André Ribeiro na Indy Lights. Reginaldo Leme chega a citar outros nomes no decorrer da transmissão.
Duas semanas depois, iniciou-se uma sucessão de hecatombes que levaram a situação ao estado periclitante dos atuais dias: a tragédia de Ayrton na Tamburello, a pressão em cima de Rubens, o fracasso de outras promessas que nunca se concretizaram (exceto Gil, bicampeão da Champ Car), a decepção com uma "geração perdida" e o sucesso efêmero de Felipe Massa, hoje convertido em uma agonizante decrepitação.
Há 18 anos, o Brasil se colocava em um patamar de grande formador de pilotos de ponta. Atualmente, com exceção aos sucessos esporádicos de Bruno Senna e ao bom início de temporada de Luiz Razia e Felipe Nasr na GP2, não há nenhum novo "fenômeno" nacional assombrando a Europa. Em menos de duas décadas, o automobilismo brasileiro saiu de um sonho fantástico de hegemonia para a dura realidade atual, que está mais para um pesadelo elegíaco.
nessa época o André de Itu ainda torcia (e muito) pelo Barrichello... amor não correspondido??? hehe...
ResponderExcluirÉ nada, só birrinha.
ResponderExcluirSai do armário, André!!
O Barrica te ama!!!!!!!
errado Marcão. o Igor esta certo(TORCIA E MUITO PELO BARRICA).mas a minha cara de bosta segurando a champanhe na frente da minha familia em pleno dia das mães esperando ele cruzar a linha de chegada foi brochante demais...tenta imaginar a zuação do meu ex-cunhado que odiava F-1 em cima de mim. esse F.D.P. morreu pra mim no G.P. DA AUSTRIA EM 2002.
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