* Por Julianne Cerasoli
O encontro inédito de seis campeões mundiais em uma única temporada diz muito sobre o atual momento da Fórmula 1. Após os anos de domínio absoluto de Schumacher, de 2000 a 2004, os dois títulos seguidos de Alonso, nas temporadas seguintes, deram a impressão de que uma nova dinastia se iniciava. No entanto, a partir daí, tivemos não apenas 4 campeões diferentes, como também vindos de equipes distintas.
Depois do último título do espanhol, de Renault, Raikkonen ganhou pela Ferrari, Hamilton pela McLaren, Button pela Brawn e Vettel de Red Bull. Isso indica que as constantes mudanças de regras pela qual o esporte passou a partir de 2005, se não serviram para aumentar a emoção nas corridas na proporção esperada até o ano passado, ao menos chacoalharam o equilíbrio de forças entre as equipes. Quem imaginaria que Ferrari e McLaren, que haviam dominado os mundiais de 2007 e 2008, estariam tão longe da Brawn, nascida das cinzas da “ex-lanterna” Honda, no ano seguinte?
É claro que, por este mesmo motivo, não se pode esperar uma nova revolução em 2012, já que as regras vêm se mantendo relativamente estáveis. Antes das mudanças acertadas para 2014, é muito provável que a atual relação de forças, com Red Bull à frente após se adaptar melhor às alterações de 2009, se mantenha. E isso abriria um precedente para uma nova dinastia alemã, pelo menos para as próximas duas temporadas.
O material humano também não pode ser menosprezado. Além de um Schumacher já consagrado, dá para imaginar, daqui 20, 30 anos, listas dos grandes pilotos de todos os tempos com alguns dos astros de hoje. E essa boa safra de pilotos também não é coincidência. O período anterior ao domínio de Schumacher marcou, não somente um continuísmo nas regras, como também a decadência de alguns campeonatos de F3 e, principalmente, da F3000.
A partir de 2005, com o nascimento da GP2, além de uma F3 Euroseries forte – hoje superada pela World Series –, começaram a pipocar nomes como Nico Rosberg, Lewis Hamilton, Robert Kubica, Sebastian Vettel, entre outros. Bem preparados e aportados por grandes empresas (Mercedes, McLaren, Renault/BMW, Red Bull), esses pilotos não demoraram para dar conta do recado na categoria máxima do automobilismo.
Com a exceção de Vettel e talvez de Alonso, que há dois anos vem fazendo o que pode a bordo de uma Ferrari apenas com lapsos de competitividade, os demais campeões chegam em 2012 com algo a provar. Schumacher, dois anos após o retorno, já não tem faz tempo a desculpa da readaptação para levar tempo de Rosberg. Raikkonen certamente passará o ano todo respondendo sobre seu comprometimento, colocado em dúvida após o título de 2007. Button, após um 2011 irrepreensível, precisa provar que anda na frente de Hamilton mesmo sem contar com os erros do companheiro que, por sua vez, é o mais pressionado de todos: de gênio a trapalhão, Lewis passou por tudo em seus cinco anos de F-1 e vive o desafio de colocar sua vida profissional e particular nos (mesmos) trilhos para voltar à consistência impressionante de seu ano de estreia.
A boa notícia é que não se trata de um momento de transição entre duas gerações. Excetuando-se Schumacher, que tem, a princípio, mais este ano de contrato, essa é uma turma que deve lutar por campeonatos pelo menos pelos próximos 5 ou 6 anos – no caso de Button, Alonso e Raikkonen – e 10 anos – Vettel e Hamilton.
Mas quem levará a melhor? Como pensar na Mercedes de Schumacher lutando pelo título após ficar longe até dos pódios em 2011 parece um exagero, dá para limitar as apostas a três: ao final do ano, teremos mais um tricampeão, outro bi ou aumentaremos ainda mais o recorde de campeões no grid?
e quem não apareceu na foto dessa matéria é apenas coadjuvante... só completa o grid!!!
ResponderExcluirIgor,o B.Senna não apareceu e NÃO É COADJUVANTE.Alias quem não apareceu é PORQUE FOI CHUTADO E SAI PELAS PORTAS DOS FUNDOS INDO CORRER EM UMA CATEGORIA CAFONA. HSUAHSUAHUS
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