quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Barrichello busca mais de R$ 5 mi no Brasil para correr com n° 8 na KV

A decisão de Rubens Barrichello de ir correr na Indy em 2012 está cada vez mais próxima. Assim que concluiu os testes com a KV em Sebring na semana passada, o piloto retornou ao Brasil e iniciou uma série de reuniões para levantar o montante que precisa para levar ao time de copropriedade de Jimmy Vasser, informa o site Grande Premio.

A pouco mais de um mês e meio do início da temporada, Barrichello ouviu da KV de que precisa de US$ 3 milhões (cerca de R$ 5 mi) para correr — situação semelhante à vivida por Tony Kanaan no ano passado, no afã da quebra do acordo com a equipe de Gil de Ferran; aliás, Tony ainda precisa fechar seu orçamento, com cerca de metade das cifras antes mencionadas.


Tão logo terminou de experimentar o DW12 na Flórida, Rubens se viu engajado nesta meta porque quer a Indy para sua vida — como confirmou ontem no programa ‘Jogo Aberto’, da TV Bandeirantes. Na emissora paulista, aliás, o piloto foi conversar com a cúpula e os diretores responsáveis pela parte esportiva para entender como se dá a divulgação e o que pode oferecer nas empresas com as quais conversa para convencê-las a apoiá-lo em sua nova jornada.

Fosse na F1, Barrichello teria o apoio da BMC (Brasil Máquinas), representante da Hyundai. Não é o caso na Indy. A empresa não tem interesse no mercado americano e havia crescido os olhos no principal campeonato do mundo principalmente por causa do GP da Coreia do Sul. Mas Rubens tem seus contatos bem feitos com Nestlé e Itaipava — que copatrocinaram a etapa do Anhembi no ano passado — e a Locaweb, que o apoiou nas últimas provas que fez pela Williams.

Se a conta fechar, Barrichello já pode se apresentar a Jimmy Vasser como novo membro do time, e aí todo um procedimento começa a ser (re)feito: o de avisar à Dallara para que um novo chassi seja construído, tal como a Chevrolet para encomenda de um novo motor, algo que deve consumir uns 20 dias. Como a KV já tinha três carros no ano passado — além de Kanaan, Ernesto Viso, que segue na equipe, e Takuma Sato, que foi para a Rahal-Letterman —, a tarefa de formar um novo grupo de mecânicos e engenheiros não é das mais complicadas.

Grande responsável pela guinada na carreira do ex-piloto da Williams na F1, Kanaan só não vai abrir mão de uma coisa para o amigo: o número do carro. Já estava definido há algum tempo que Tony vai voltar usar o número 11, coincidentemente o de sorte de Barrichello, que vai correr com o número 8 se as negociações forem consolidadas.

Nesta quarta-feira (8), por meio de seu perfil no Twitter, o brasileiro admitiu que ainda enfrenta um dilema em casa. É de conhecimento público a resistência da esposa, Silvana, com relação à decisão do piloto de correr na Indy, em função dos muitos acidentes e das pistas ovais. Barrichello também confirmou a busca por patrocinadores. "Nenhuma decisão até o momento. Pequeno dilema em casa, além da tentativa de encontrar patrocinadores para fechar o orçamento. Ainda espero por algo bom", escreveu.

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