Amigos leitores, amantes do automobilismo, a Fórmula 1 às vezes nos prega peças. E neste final de ano parece que eles querem fazer absolutamente todo o possível para nos surpreender.
Na semana passada Raikkonen, que era cotado para fazer parte da decadente equipe Williams, foi anunciado pela promissora Lotus Renault. Dias depois foi à vez da mesma equipe surpreender, dispensando o mediano, mas justo, Vitaly Petrov e a incógnita brasileira, Bruno Senna. O escolhido, por méritos, pela bandeira forte que carrega e o apoio de um patrocinador francês, foi o ex-descabelado Roman Grosjean, que, diga-se de passagem, é um exemplo de que na Fórmula 1 existe espaço para a segunda chance. Ele deu a volta por cima e provou por A+B que é uma opção madura e uma promessa real para um futuro próximo.
A Renault tem um histórico interessante nestes últimos anos na F1. Após dois campeonatos de muito sucesso, em 2005 e 2006, amargou maus resultados mesmo com Alonso em 2008 e 2009, e viu uma boa curva de crescimento nos projetos de 2010, com Robert Kubica, e em 2011 provou, no início do campeonato, que haviam feito um ótimo trabalho. Mas regrediu, talvez pela soma de A+B-C=D, sendo A = pilotos limitados como Senna e Petrov, B = pilotos curiosamente desmotivados como Heidfeld, C = piloto promissor Robert Kubica e D uma equipe promissora que demonstrou total desmotivação na segunda metade do campeonato.
A entrada do Iceman e do ex-Sideshow Bob trazem sangue novo e uma grande expectativa em cima da nova Lotus Renault, que curiosamente tem mais cara de Lotus do que a atual Carteham.
Nesta quarta-feira, mais uma equipe decidiu mudar a sua dupla de pilotos, a Toro Rosso. A equipe satélite da Red Bull, conhecida por ser o primeiro degrau de talentos garimpados pela empresa de energéticos, anunciou dois jovens da sua nova safra, pois Buemi decepcionou e parece que Alguersuari melhorou, mas menos que o esperado. Friamente falando, sem nenhum trocadilho, colocando lado a lado o suiço e o espanhol, Buemi leva vantagem, é que a segunda metade da temporada do Jaiminho foi realmente empolgante, digna de renovação. Mas sou um mero mortal que posta neste blog periodicamente e não o dono de uma equipe de Fórmula 1. Particularmente, sou um fã inveterado da Red Bull e, consequentemente, da Toro Rosso.
Não creio que seja uma colocação interessante para uma equipe de um esporte em que o objetivo é vencer, posicionar-se como uma equipe de caça-talentos. É um pensamento muito pequeno para uma equipe que fez bonito em 2008, com Seb Vettel que venceu até corrida, e que normalmente se posiciona entre as médias, querendo ser uma grande. Parece que a superioridade da equipe principal acabou com os sonhos da nanica. Lembro que em 2008 brigavam de igual para igual com a Red Bull. Este posicionamento confuso faz com que haja uma baixa de expectativa em todo um grupo que já entra derrotado para o mundial. Por que não sonhar? Qual o tesão do time? Marcar alguns "pontinhos"?
Gosto do pensamento da Lotus Renault. Entra para brigar, investe, pensa a longo prazo. É pensamento de equipe de gente grande. O mesmo pensamento da Force India, pensamento que a fez perdurar e fazer bonito até aqui na busca de resultados, sempre se superando. Em tudo o que você faz é necessário ter gana, ter ambição, ter um objetivo definido. A Williams perdeu este foco, a Sauber (sem BMW), a Hispania e Marussian nunca tiveram, e hoje, com exceção das 4 grandes, a Force India, a Cartehan e a Lotus, têm!
Portanto, amigos leitores, prefiro sempre a expectativa de quem quer vencer, de quem tem metas bem definidas e realistas para a construção de vitórias, de conquistas. Pensamentos pequenos não levam equipes ao auge. Eu vou de Lotus, afinal de contas, alguém ai vai de Toro Rosso como surpresa do ano?
Eu não!
ResponderExcluirnem eu!!!
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