quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PETROV NÃO SE SENTE GARANTIDO...

Embora tenha contrato com a Renault para 2012, Vitaly Petrov não se vê tão seguro assim na equipe para o próximo ano. O russo, talvez por isso, decidiu quebrar o silêncio e manifestou críticas com relação ao desempenho do time nesta temporada. Atualmente, Petrov o ocupa a nona colocação do Mundial, com 36 pontos. O melhor resultado aconteceu ainda no início do campeonato, com o pódio na Austrália, informa o site Grande Premio.

De acordo com Petrov, a equipe não evoluiu o suficiente ao longo da temporada, muito em função do exaustivo desenvolvimento do sistema de escapamento. O piloto também afirmou que a escuderia se perdeu em erros de estratégias e falhas em pit-stops em diversas etapas.

"Por quase dez corridas, não tivemos absolutamente nada de novo no carro, o que, na verdade, significa que pilotamos basicamente o mesmo carro com o qual começamos o ano", afirmou Petrov, em entrevista à emissora russa Rossiya 2.

"Claro que o pódio foi inspirador para mim, para toda a Rússia e para os torcedores. Mas depois disso fiquei bastante desapontando e a única coisa que queria era tentar algo diferente. Infelizmente, não posso dizer nada de ruim sobre a equipe. Isso está escrito no meu contrato", contou o piloto de 27 anos, que reclamou ainda que a cúpula da equipe é altamente crítica com os pilotos.

"Lendo as minhas entrevistas, vai ver que eu nunca critiquei o time nas muitas vezes que perdemos algum resultado. Quantas vezes perdemos colocações com pit-stops? Ou com estratégias erradas? Devido a esse tipo de coisa, eu posso dizer que perdemos em pelo menos umas dez corridas. Infelizmente, ainda não posso falar sobre isso, mas, por outro lado, não posso também me calar. Eu aguentei o bastante, não posso mais manter isso dentro de mim", completou.

A repentina quebra de silêncio do russo pode sinalizar uma mudança nos planos da Renault para 2012, quando passará a atender pelo nome de Lotus. "Isto é a F1, é um negócio. Aos poucos, eles estão trabalhando para conseguir mais. Talvez um preço maior, talvez mais patrocinadores, talvez mais pilotos. Veja o caso da Williams. Acredito que pelo menos 20 pilotos estejam disputando aquela segunda vaga. Ainda bem que não estou um deles", destacou.

"Quanto a mim, acho que é bem claro: eu tenho contrato, mas é como disse antes. Até mesmo um campeão como Kimi Raikkonen teve o contrato quebrado. É um mundo onde tudo é possível, é difícil se opor quando a equipe não deseja mais alguém", finalizou.

A equipe anglo-francesa ainda não se pronunciou sobre a dupla de 2012, principalmente porque aguarda uma definição quanto ao retorno de Robert Kubica, que se recupera do acidente que sofreu no início do ano, durante uma disputa de rali, na Itália. Neste ano, Nick Heidfeld foi escalado como substituto do polonês, mas acabou perdendo a vaga para Bruno Senna.

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