* Por Lívio Oricchio
Há um consenso na Fórmula 1 de que o já combate, não mais a disputa, entre Felipe Massa, da Ferrari, e Lewis Hamilton, McLaren, entrou numa fase perigosa. Os dois poderão se ferir da próxima vez. Ontem, na 24.ª volta do GP da Índia, ambos se tocaram na pista pela sexta vez este ano, em 17 etapas. “É uma estatística alarmante”, definiu o escocês Jackie Stewart, três vezes campeão do mundo. É possível que, agora, Stefano Domenicali, diretor da Ferrari, e Martin Whitmarsh, McLaren, como deram a entender, ontem, podem liderar a paz entre seus pilotos.
Hamilton ocupava o sexto lugar do GP da Índia e tentava ganhar a quinta colocação de Massa. Ao se aproximarem da curva 5, à esquerda, onde normalmente “ninguém tenta ganhar a posição de ninguém”, na opinião do próprio companheiro de Hamilton, Jenson Button, o inglês colocou sua McLaren por dentro. Chegou a ficar quase lado a lado, um pouco mais atrás da Ferrari, antes da freada, onde se chega em sexta marcha, a 260 km/h.
“Eu brequei depois e comecei a curva. Ele bateu em mim. Rodei. Não concordo de maneira alguma com a punição que recebi. Se é para encontrar um culpado então foi ele, que bateu na minha traseira”, afirmou Massa, um tanto irritado com a punição de drive-through. Massa prosseguiu na prova, sem perder colocações. Hamilton precisou substituir o aerofólio dianteiro e voltou à pista em nono. Na 33.ª passagem Massa abandonou por tocar na parte externa da zebra na curva 9 e quebrar a suspensão esquerda, como fizera na classificação, com a direita, na curva 8.
A história recente de incidentes entre os dois começou este ano no GP de Mônaco. Hamilton tentou ultrapassar de novo num local quase impossível, na saída da lenta curva Loews, bateu na Ferrari e acabou punido. Depois, em Silverstone, na última curva, da última volta do GP da Grã-Bretanha, novo toque, mas desta vez o próprio Massa isentou o inglês.
No GP de Cingapura, Hamilton bateu na traseira da Ferrari, furando o pneu de Massa. Recebeu drive-through. No Japão, não fui punido ao jogar a McLaren para a direita na freada da chicane, onde estava Massa, que teve o carro danificado. Ontem, mais um toque entre ambos. Deve-se acrescentar, ainda, incidentes envolvendo os dois nos treinos classificatórios do GP da Bélgica, Cingapura e Coreia do Sul.
Para a imprensa, Hamilton afirmou, ontem, ter procurado Massa antes da largada. A reportagem do Estadão falava com o piloto da Ferrari, antes da cerimônia de um minuto de silêncio na linha de chegada, antes da largada. Hamilton apenas abraçou Massa e lhe disse “boa corrida”. Para os jornalistas que o ouviram depois da prova, Hamilton falou: “Preciso ver de novo. Estava por dentro e ele não me deixou espaço. Tentei não bater, mas foi tudo muito rápido. Parece que só há um piloto com quem sempre bato. Gostaria que acabasse qualquer raiva que sente por mim.”
O inglês disse mais: “Tenho de me desculpar com minha equipe por toda essa negatividade que me cerca”. Mas o fim do namoro com a pop star Nicole Scherzinger pode lhe ajudar a reequilibrar-se, de acordo com pessoas mais próximas ao piloto da McLaren, pelo desgaste gerado diante impossibilidade de se verem, como afirmou ao Estado, este ano, no GP da China.
Senhores, não acho que seria o caso de punir o Massa nem tampouco o Hamilton. Classificaria como “incidente de corrida”. Agora, se os dois que são adutos, profissionais bem-sucedidos, não pararem para conversar, essa tensão latente que há entre eles quando se encontram na pista pode vir a feri-los. Até agora a coisa ficou no incidentes, em breve atingirá a categoria de acidente. Mas acredito que o episódio aqui da Índia terá desdobramentos nesse sentido, se não por iniciativa de Massa e Hamilton, mas de Domenicali e Whitmarsh.
briguinha besta, valendo migalhas!!!
ResponderExcluirO negócio é fazer como nas antigas, se não acerta na pista, desce do carro e acerta no braço. Assim como o Piquezão fez com o Salazar.
ResponderExcluirAí quem sabe eles põe a energia pra fora e acaba essa babaquice.