segunda-feira, 14 de junho de 2010

PNEUS E ADERÊNCIA*

* Por Celso Miranda

Vimos nessa corrida do Canadá o quanto a aderência dos pneus, os compostos utilizados e, claro, a pista, determinam a qualidade do espetáculo para o público e o desafio técnico para equipes e pilotos. Os pneus sozinhos são capazes de refazer a cara de uma categoria! Por isso as negociações com Michelin, Pirelli e até mesmo a Bridgstone são tão longas e complicadas até.

Toda a discussão que cerca a escolha do novo, ou dos novos fornecedores de pneus da F-1 a partir de 2011 é mais que uma simples questão logística ou comercial e de marketing.

Do ponto de vista de Marketing faz todo sentido fornecer os pneus para a F-1. Mesmo competindo com outro fabricante a exposição planetária que se consegue tem alto valor para a imagem da marca. Somente marcas tradicionais e muito bem estruturadas conseguem encarar o desafio logístico e técnico de fazer pneus para os sofisticados carros da categoria. Como todo o mundo sabe disso, ter sua imagem ligada a esse desafio já diz muito do produto que se fabrica para uso nas ruas.

Para o lado interno da categoria o fabricante de pneus pode fornecer pneus com determinadas características de construção e compostos que valorizem não apenas o equilíbrio entre os carros e equipes , mas também ser um desafio técnico de aderência e durabilidade.

No Canadá, saber o desempenho do carro e a durabilidade que se teria com um ou outro composto fornecido, foi a chave do equilibrio da disputa e mais, da qualidade do espetáculo para o público. Pista abrasiva, na corrida, suja nos treinos e nem precisamos de chuva para ver outra prova interessante na F-1.

Que a FIA use essa prova de exmplo pra escolher e propor a seu novo fornecedor de pneus. Vai ser mais barato que elocubrar motores e pesos, asas e alturas.

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