quarta-feira, 12 de maio de 2010

A. ROQUE: O TEMPLO E EU

No olhar a sensação de que vai acontecer algo. O dia especial se aproximava a cada instante. Ninguém acreditava se isso mesmo podia ser verdade. Tinha que ser um domingo, pela manhã, como em muitas vezes acompanhamos pela TV e vibramos.

Estar em interlagos, entrar nos boxes, de certo modo, para quem é de São Paulo e é apaixonado por corridas é até normal. Mas faltava um algo mais, faltava andar na pista, descobrir cada detalhe, ver aquilo que as teves não mostram, ver o que víamos lá de longe do setor G. Faltava sentir o asfalto sobre os nossos pés e relembrar cada curva, cada história, cada lembrança. Era mais um sonho que muitos de nós tem (ou tinham), dar uma volta na pista.

Este sonho conseguimos realizar na F-Truck, durante as atividades promocionais da categoria, onde alguns sortudos tiveram a chance de andar em um caminhão. Mas como todo sonho que vira realidade, só fomos acreditar quando fomos efetivamente chamados para tal feito.

Os primeiros passos, ao descer o S do Senna, fizeram a perna tremer. O olhar fixo para o asfalto foram desfocados para uma breve vista das arquibancadas lotadas. O som que ecoava, fazia com que se sentíssemos na lua, na nossa lua, no nosso lar.

A fila era grande, mas não tão grande como a emoção de estar presenciando tudo, como foi presenciar a vitória de Massa em 2006 e 2008, como ver a arquibancada tremer em 1999 por Rubens Barrichello, lembrar de 1990 no GP que teve Ayrton Senna e Alain Prost. Boas lembranças que vinham a cada passo.

Ao entrarmos no caminhão, a surpresa, nosso percurso seria feito no sentido horário, ou seja, no sentido contrário ao que estamos acostumados. Dificil estava conter a animação...a ansiedade estava a mil, o coração disparado.

Logo nos primeiros metros, a única lembrança triste, a curva do café, onde presenciamos o mais terrível acidente da stok, logo em seguida o S feito para o pessoal do motociclismo (naquela época ainda eram 500cc) correr. Morro abaixo, a junção e sua curva de 90 graus.

O tempo foi passando, e, como num grande sinal, uma chuva começava a cair, como acontecera em 1991 com Ayrton Senna. Da descida para uma mini subida, "entramos pela saída" do bico de pato. Dentro do caminhão não sabíamos se falávamos, se brincavamos, se tirávamos fotos, se filvávamos ou se apenas apreciaríamos este momento, único para muitos. O jeito foi curtir tudo, cada instante, cada detalhe e, a cada curva e reta que foram se passando, tenho a certeza, que um pouquinho de nós foi ficando a cada metro de asfalto percorrido.

Desta história, das cruvas, das marcas de freada, do cheiro de gasolina jamais esqueceremos. Um dia onde pudemos ter o nosso sonho realizado. E melhor do que isso, ter o nosso sonho realizado em conjunto com grandes amigos que não mediram esforços para estar junto neste momento (seja presencialmente e até mentalmente). Tenho certeza de quem não vivenciou a nossa emoção, poderá sentir um pouco do que passamos, através deste vídeo.

O Templo, eu e a GGOO. Todos nós, numa só órbita.

3 comentários:

  1. Agora sim ...

    muito legal...pena q esse cabelo atrapalha um pouco ...hihihi

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  2. O TEMPLO E NÓS!!!
    esse dia é inesquecível...
    viajei revendo o vídeo aqui...

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