sexta-feira, 12 de março de 2010

COLUNA DO ROQUE: SP INDY 300

Quando surgiram os primeiros boatos que a Indy teria uma etapa brasileira logo ficamos empolgados com a novidade. Fizemos planos, sonhamos. Porém o anúncio foi sendo postergado até que a empolgação virou descrédito. Qualquer notícia era encarada com mero fator alavancador político da cidade em questão. Não se tinha mais apelo.

O tempo foi passado e a data se aproximando com a vergonhosa expressão de que ainda a etapa precisaria ser confirmada. Já era dezembro e nada. De repente, mudam-se as prosas e uma nova cidade entra na disputa para vencer: São Paulo. Assim feito foi batido o martelo dizendo que a pista tinha que ser na rua, apesar do melhor autodromo brasileiro estar vago neste dia.

Mais uma vez o descrédito entra em cena, como fazer uma corrida de rua em uma cidade que não anda, que é refém de seus congestionamentos monstruosos. Seria apenas um desejo ou uma loucura fazer tudo isso? muitos perguntavam. O fato é que a corrida foi confirmada e pouco se falou no assunto. As obras começaram, e o público não foi informado.

Surgiu uma página na internet, um perfil no twitter e um anúncio de vendas de ingressos. A sensação de novidade estava novamente presente, ainda mais sabendo que os amigos da GGOO também estavam com vontade de assistir a corrida. Como são poucos ingressos logo nos primeiros dias fomos às compras. Com os ingressos garantidos, o problema era a ansiedade de chegar logo o dia. Só que ao mesmo tempo em que a ansiedade aumentava, outros problemas aconteciam.

Novos pontos de vendas foram colocados, o respeito ao consumidor foi deixado de lado, e não tivemos mais acesso à organização. O jeito seria ir e torcer para que o evento fosse bem realizado, bem programado, em que pese toda a correria e a falta de tempo necessária para que isso fosse atingido.

E aí, surge a união das torcidas e mais empolgação a vista, algo nunca antes visto vai se realizar. Os horários são combinados, a ansiedade volta a tomar conta, os amigos ligam perguntando, você se organiza para isso. Faz loucuras para conciliar os horários porque a paixão pelo automobilismo fala mais alto.

Até volta na pista fomos dar e lá vivenciamos todo o drama de quem mora aqui. Transito e pista muito ondulada e a satisfação de se sentir piloto por alguns momentos. A apreensão voltou a tomar conta. O dia está chegando e as obras não terminam. A pista é liberada.

Vai começar mais uma aventura com a GGOO...

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