Cevert tocava piano, tinha a pele bronzeada e os olhos azuis. As atrizes se jogavam em seus braços: Brigitte bardot, Alexandra Stewart. Afinal, ele era um piloto de F-1. E, não importava por qual razão, foi considerado por Jackie Stewart como seu sucessor. A transição deveria ser suave.
O escocês havia programado deixar as pistas depois de seu centésimo Grande Prêmio, no final da temporada de 1973, com o terceiro título no bolso. E François Cevert, seu companheiro de equipe, quase um irmão, seria promovido a primeiro piloto da Tyrrell. Mas Jackie Stewart jamis chegou a disputar seu centésimo Grande Prêmio. François morreu na véspera, durante os treinos, numa cuva do circuito de Watkings Glen, o mesmo em que ele havia conquistado dois anos antes sua única vitória na F-1.
E ele teria ganhado vários, pois Cevert, nesta temporada de 1973, era mais rápido que seu mestre. Mas Stewart lhe havia ensinado muito para que ele destruísse o ídolo. Ele preferia esperar a sua vez. Em Nurburgring, em 1973, Cevert sabiamente cruzou a linha de chegada logo atrás de Stewart. Ao descer do pódio, Jackie o elogiou: "Se quisesse, François teria me ultrapassado". Mais tarde, a alguns amigos íntimos, Cevert contou sorrindo uma outra versão dos fatos: "Eu tentei ultrapassá-lo uma vez. Com um toque nas rodas, Jackie me recolocou em meu lugar..."
Esse filho de joalheiro parisiense tinha a pureza de um diamante. Se não tivesse se chocado contra o guard rail, teria se tornado, em 1974, o primeiro campeão do mundo francês da história da F-1.
Bela história hein.
ResponderExcluirPelo que pilotava na época e com um mestre como Stewart, com certeza seria o campeão do próximo ano.
Uma grande perda pra categoria.
francês chevette???
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