terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Iceman: "Na Contramão da História"

Gilles Villeneuve e Rene Arnoux

Amigos leitores, amantes do automobilismo, a F1 está em constante movimento. Após o GP de Abu Dabhi, muitos fatos vieram à tona. Fofocas se transformaram em verdades, aposentados garantiram o seu futuro, campeões mundiais dividindo o mesmo cockpit, enfim, a F1 está irreconhecível.
Em 2009 a grande novidade eram os carros horríveis que remetiam ao design antiquado e sem charme dos modelos de outras épocas. Carros “limpos”, sem aparatos que garantiam o bom andamento das equipes e, apesar de termos 6 vencedores em neste ano, duas equipe dominaram o campeonato, duas equipes independentes. E é ai que a F1 entra contramão da história.
A partir do ano 2000 as montadoras viram na F1 um sinônimo de sucesso, estilo e marketing esportivo de alta divulgação. O GP Brasil de 2008 foi o evento mais assistido do mundo depois da final do futebol americano. Jaguar Ford, Honda, Toyota, BMW, Renault, entraram na categoria com esse intuito. Sem êxito. O fato é que as montadoras, com exceção da Renault. A Toyota possuía um dom natural de gastar dinheiro sem retorno. A Honda desandou depois de um vice-campeonato, o mesmo acontecendo com a BMW, e a Jaguar nunca esteve em um lugar de destaque. Curiosamente a única equipe que continua na competição é a mesma que todo ano coloca em risco a sua participação no mundial e coloca em xeque a importância da F1. As demais, sempre juraram fidelidade e compromisso com o esporte, até que o bolso dos acionistas pesou com a falta de bônus e etc. A crise mundial foi a desculpa que faltava para que as multinacionais produtoras de veículos se retirassem da F1. O efeito dominó começou com a Honda, que virou Brawn, ou seja, virou uma equipe independente.
2010 vai contar com Mercedes, Ferrari e Renault de montadoras. As demais são equipes independentes lideradas pela Williams e pela própria McLaren. E com esse novo cenário não haverá espaço para Nelsinhos, Grojeans e Kovalainens, o fator piloto será cada vez mais importante. Por isso a Ferrari busca Alonso, a McLaren, Button e Hamilton, a Renault, Kubica, e a Williams, Barrichello.
É isso ai amigos leitores, a F1 está andando na contramão e quem sabe não consegue retomar os tempos de romantismo onde tudo o que os pilotos tinham era o arrojo, o braço forte e o pé pesado?!

3 comentários:

  1. Boa Ice, bem vindo de volta!!
    Estávamos com saudades, sua e de seus textos.
    E que belo retorno, com excelente texto.
    Muito bem observado, não tinha me atentado à esse fato.
    Meu grande sonho (e de muitos aqui) e que muito já falamos, é que pelo menos, um pouco dessa época volte.
    Essa foto já diz tudo (se não me engano, é daquele pega de 1979, em Dijon).
    Seja bem vindo e boa empreitada nesse novo retorno.
    Valeu!

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  2. enquanto todos noticiam que o iceman deixou a F1 para ir correr de rally, só nós aqui sabemos que seu futuro será escrevendo novamente no blog da GGOO!!!

    ótimo texto... seja bem-vindo de volta, sr. culpado de tudo isso!!!

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  3. Welcome Back, Mr. Ice!

    Parabéns pelo texto, muito bom!

    A questão da grana e do investimento segue um modelo de gestão em que as novidades que as montadoras poderiam aplicar foram banidas, soma-se a isso a falta de interesse no "esporte", dá tudo isso.

    Só sei que o ano que vem promete bons duelos internos com os melhores pilotos nos melhores carros: Ferrari, Mclaren e Williams.

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