ESPECIAL GP BRASIL: 2008, O GP DAS EMOÇÕES*

Lewis Hamilton vai descrevendo com naturalidade a ordem dos acontecimentos vividos depois de cruzar a linha de chegada do GP do Brasil do ano passado e se tornar campeão mundial no final mais dramático que a categoria já viveu.

Fala de como soltou o cinto para comemorar na volta de desaceleração, recorda que não conseguia colocar o volante de volta no carro quando desceu do cockpit, nos abraços que deu nos mecânicos, nos familiares, do beijo na namorada, de cruzar o pitlane de Interlagos enrolado na bandeira britânica. "Me lembro de cada segundo daqueles momentos como se fosse hoje", admitiu o inglês em conversa com o Tazio.

Não é à toa que o piloto da McLaren se diz "muito, mas muito animado mesmo" com a perspectiva de voltar ao palco da sua conquista. "A corrida no Brasil é sempre especial. Nos dois últimos anos tive provas muito emocionantes, com espectros finais bem diferentes. Sempre contei com muito apoio dos fãs e é um grande final de semana. Só vai ser um pouco estranho ir para lá sem ser a última corrida do calendário, mas tudo bem. Adoraria vencer em Interlagos um dia, vamos ver como será desta vez", animou-se.

Ainda relembrando a prova de 2008, Hamilton comentou o que sente ao ver as tocantes imagens daquele final, quando acontece a comemoração da família de Massa seguida da sua própria. "Em primeiro lugar, eu tenho um respeito enorme pelo Felipe e sua família e sei como eles queriam ganhar um título. De todos os pilotos, eles são o grupo mais familiar do paddock, o mais parecido com o meu. Acho que é por isso que eles me respeitam também", disse o inglês.

Ele conta que chegou até a enviar flores e uma carta para Massa e seus familiares. "Foi uma corrida de emoções tão intensa que fizemos isso para dizer que havia sido uma grande temporada e o quanto nós apreciamos a competitividade e forma limpa que disputa ocorreu. Não deve ser fácil imaginar que se conquistou algo pelo qual sempre se lutou e ver isso desaparecer em um instante", falou.

* Lewis Hamilton em entrevista a Luis Fernando Ramos.