terça-feira, 22 de abril de 2008

A MÍSTICA DO Nº 13


Dentre as muitas manias e superstições, talvez a mais comum seja a crença de que o número 13 é uma espécie de emissário do infortúnio e do mal. Algumas pessoas chegam a se convencer tanto disso que desenvolvem uma verdadeira aversão a este número. A definição médica deste problema é Triscaidecafobia, e significa pavor ao número 13. Segundo alguns historiadores, esta nefasta fama do 13 teve sua origem no principio do século XIV, quando o rei francês Felipe IV e o papa Clemente V, muito preocupados pelo enorme poder alcançado pelos templários, se unem para urdir um plano para acabar com a ordem do templo.

O plano é levado a cabo em outubro de 1307, quando os principais membros da ordem são capturados de surpresa em diversas cidades, acabando, de repente, com a organização que haviam desenvolvido desde as Cruzadas. Apenas alguns monges logram escapar e, desde então, aquele fatídico dia é tido como maldito entre seus descendentes, seguidores e o povo em geral. Aquilo aconteceu numa sexta feira dia 13. Esta associação do número 13 com o azar está presente em nossa cultura e tradição e o automobilismo não esta isento dela, sendo o 13 um número praticamente proscrito das pistas.

As fatalidades associadas ao número 13 começam em 1926. Nesse ano, durante o GP da Espanha, o piloto francês Paul Turchy sofreria um grave acidente que lhe custaria a vida. Apenas duas semanas depois, durante a famosa Targa Florio, na ilha da Sicília, o conde Giulio Masetti também perde a vida em outro terrível acidente. Ambos participavam com o número 13 em seus carros e, desde então, o 13 tem sido associado à desgraça.
Na Fórmula 1, o número 13 apareceu em apenas duas ocasiões: a primeira delas em 1963, quando o mexicano Moisés Solana decidiu usá-lo no GP do seu país, terminado a prova em 11ª posição. A segunda vez foi em 1974 no Surtees da britânica Divina Galica. Galica tentava se classificar para o GP da Inglaterra, coisa que não conseguiria. A britânica, talvez decidiu usar esse número porque ela mesmo tinha nascido um dia 13. Como vemos, o mais habitual em todos estes anos tem sido evitar o número 13 e um dos pilotos mais famosos por sua aversão a este número, era Alberto Ascari. Dizia-se que o italiano tinha um verdadeiro pavor ao 13, o que resulta muito curioso, pois ele mesmo, como Galica, tinha nascido um dia 13. Mais curioso ainda é que, ao longo de sua carreira, Ascari conseguiria a vitória na Fórmula 1 em 13 ocasiões. Em forma de inciso, posso citar que Angel Nieto, o grande campeão espanhol de motociclismo dos anos 60 e 70, sempre prefere se referir aos seus 13 títulos mundiais conquistados dizendo que foi campeao em 12 + 1 vezes.

Do outro lado do Atlântico, o número 13 tampouco desfrutava de muito apreço e em apenas uma ocasião foi usado por um piloto nas 500 milhas de Indianápolis. Foi o piloto Greg Mason quem o exibiu em seu carro e não conseguiu acabar a prova. Entrementes, o 13 seguia aumentando a sua negra fama no automobilismo.
Nas 24 horas de Le Mans, se não me engano, o número 13 nunca foi usado, porém esta prova registra o acidente mais mortífero da história do automobilismo. Durante a prova disputada em 1955, quando Juan Manuel Fangio liderava perseguido por Hawthorn, Macklin e Levegh, na volta 29, durante uma disputa de posições, o Mercedes de Levegh golpeia o Austin-Healey de Macklin e sai voando pelos ares até bater violentamente nas barreiras de proteção das arquibancadas. A violência do impacto destroça o carro e a parte dianteira, inclusive o motor, se precipita sobre o público, causando grande quantidade de feridos e 77 vítimas mortais. Era o dia 13 de junho. Voltando à Fórmula 1, temos 1970 como um dos anos mais tristes da categoria.
Durante o GP da Holanda, o britânico Piers Courage falece em conseqüência das graves queimaduras sofridas no incêndio após arrebentar o seu De Tomaso da equipe de Frank Williams. Pouco depois, outro acidente reclamaria a vida do austríaco Jochen Rindt em Monza, durante o GP da Itália. Rindt perde os freios de seu Lotus na temida Parabólica porém ainda seria proclamado campeão mundial, o único em caráter póstumo da historia.

Curiosamente, Colin Chapman, o patrão da Lotus, era outro dos que tinha aversão ao número 13, tanto que este número foi omitido dos códigos de referência de seus modelos, pulando do 12 ao 14. Pouco antes do acidente de Rindt, outro grande piloto havia perdido a vida quando provava o seu carro para o campeonato Can-Am no circuito de Goodwood: Bruce McLaren, o fundador da equipe que leva seu nome. Pois bem: 1970 tem a peculiaridade de haver sido a única temporada de Fórmula 1 que contou com 13 GPs.
Infelizmente, como vemos, evitar o número 13 não parece ter servido de muita ajuda, quem sabe? O caso é que a morte reclamou seu tributo, inclusive, quando o número usado era outro. Um caso destacável é o do número 16. Peter Revson resultaria morto no acidente que sofreu em 1974 levando este número em seu carro e, em 1977, o piloto que ocupou seu lugar na equipe, herdando o 16, também resultaria morto em outro acidente... no mesmo circuito: Kyalami. Finalmente, em 1973, durante o GP da Holanda, fomos testemunhas de um dos mais dramáticos acidentes da história da Fórmula 1. Ali, perderia a vida o britânico Roger Williamson, em cujo March 731 figurava o número 14 porém, ordinalmente, lhe correspondia o número 13. Tratavam de burlar o 13 pulando ao 14 mas... não serviu de nada.

Fonte: Manuel Blanco (GP Total)

2 comentários:

  1. Eu particularmente, gosto do nº 13!!

    "Blog da GGOO é o Ó!!!" - 13 letras

    "GGOO detona a F-1!!!" - 13 letras

    "Roque aloprado" - 13 letras

    "Fer Fake lesada" - 13 letras

    "Igor é 2ª divisão" - 13 letras

    e por aí vai...

    ResponderExcluir
  2. São Paulo Bambi - 13 letras

    sei porque gosta

    ResponderExcluir