sexta-feira, 7 de março de 2008

COLUNA DO ROQUE: AS REALIDADES...

No último final de semana se iniciaram oficialmente as atividades automobilismo internacional. Em Curitiba, o WTTC deu um show de competência, de disputa e principalmente uma grande lição para os dirigentes daqui.

É possível fazer um campeonato multi-marcas, com carros de verdade e ter disputas equilibradíssimas. Seat, BMW, Chevrolet e até a Lada (para alegria de Flávio Gomes) disputam o campeonato que são disputados palmo a palmo e possuem inúmeras possibilidades para os pilotos. O clima é descontraído, existe uma certa nostalgia no ar. Pilotos de turismo se encontram com ex-pilotos de Fórmula 1 para o que parece ser, além da corrida propriamente dita, uma grande confraternização.

Já pelos lados de cá, na mesma pista de Curitiba ocorreram as provas da F-Brasil (campeonato criado com os restos de Formula Renault) e do Brasileiro de Marcas e Pilotos. Ao todo (nas duas categorias) participaram 14 carros (6 na F-Brasil e 8 no campeonato de "marcas" e pilotos, sendo 3 carros emprestados por uma escola de pilotagem). A culpa para este número enorme de participantes, segundo o nosso inestimável presidente da CBA, é das próprias equipes a quem chama de rídiculas e despreparadas (?!).

Pois é, diante dos olhos do mundo, demonstramos a nossa incapacidade de se fazer algo decente, algo direito e com participação efetiva de todos os públicos (pilotos, equipes, patrocinadores e principalmente o público). Está na hora de alguma coisa mudar. Ou a CBA, enfim realiza sua atividades de fomento ao automobilismo, ou toda a nossa história se resumirá em conquistas e doces lembranças. E isso, para um país 8 vezes campeão do mundo de Formula 1, Campeão da Formula Indy, tantas vezes vencedores das 500 milhas de Indianápolis e de tantas outras corridas importantes, é inaceitável.

No mesmo domingo, a Fórmula Truck levou o seu show para Guaporé e disputou uma corrida ora no seco, ora no molhado que foi emocionante, cheio de toques e enfim, disputada. Porém após a corrida, a Truck perdeu o seu showman, idealizador e promotor que, acima de tudo e todos, superou todas as dificuldades impostas pela CBA, conseguiu fazer com que a Truck chamasse a aatenção e desse show. Espero que este show continue após a perda de seu front man. À família de Aurélio Batista Félix, os sentimentos da família GGOO com muito pesar.

E enquanto isso a vida segue e o show precisa continuar...

Um comentário:

  1. esse é o automobilismo brasileiro hoje, só perdas, vexames... e se nada for feito com urgência, só devemos esperar um futuro ainda mais sombrio!!!

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