COLUNA DO ROQUE: BRINCADEIRAS DE CRIANÇAS

Quando era criança costumava brincar de carrinhos. Graças a uma coleção de carrinhos, opções e modelos não faltavam. Entre fuscas, fiats, Ferraris, Fords, calhambeques e protótipos, os favoritos eram os carros de corrida.

Entre a Lotus 97 T, utilizada por Senna em 1985, a Lotus 72 utilizada por Emerson em 1972 e 1973 ou ainda a Brabham BT 44 de Pace, ou ainda o March utilizado por Alex Dias Ribeiro, a equipe ideal era formada por Emerson e Pace, deixando a March para o time adversário.

Montava-se uma pista, no meio da sala de casa, com direito a pastilhas de prédio para fazer o seu contorno e até box. Cada dia, uma pista diferente era montada, de Interlagos (o bom e velho) a pistas imaginárias, todas eram válidas. O resultado, pouco importava...o que valia era a farra.

Mais velhos, desta vez com carrinhos de madeira, as disputas eram com a Lotus de Piquet e a McLaren de Senna que disputavam, as curvas e retas do chão cimentado do parquinho de diversões do prédio.

Enquanto as corridas com carros de madeira ocorriam, com os carrinhos de fricção as alterações eram livres...com uma lixa de unha, mudava-se os aerofólios, lixava o fundo, buscava-se novos conceitos aerodinâmicos...os resultados, bom o que valia era a brincadeira.

E com isso fomos crescendo, acompanhando as corridas com mais atenção e deixando de lado essas brincadeiras...

Porém, este ano a Formula 1 me lembra os velhos tempos...com tantos pilotos jovens (Piquet, Vettel, Sutil, Di Grassi, Hamilton, entre outros), as corridas parecem brincadeira de criança.